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Vila Guilherme completa 112 anos e seu fundador está no Cemitério da Consolação

Cemitério da Consolação, onde foi sepultado Guilherme Praun da Silva - Foto: Divulgação/Consolare
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  • O fundador da Vila Guilherme era devoto de São Sebastião, tendo nascido no mesmo dia do santo, em 20 de janeiro;
  • Já a primeira obra construída na Vila Guilherme foi a Capela São Sebastião, que já tem mais de um século; e
  • Guilherme Praun da Silva faleceu em 1938, com 85 anos.

O empresário carioca Guilherme Praun da Silva, fundador do bairro Vila Guilherme, foi um dos pioneiros no desenvolvimento da Zona Norte de São Paulo.

No início do século XX, ele adquiriu algumas terras na região e implementou um projeto de urbanização que deu origem ao bairro em 12 de setembro de 1912, que leva seu nome. Nesta 6a.feira (12/09/2024), Vila Guilherme completa 112 anos.

Capela/Paróquia de São Sebastião, a primeira obra no bairro.

A sua iniciativa foi fundamental para o crescimento urbano na região, com a implantação de escola, igreja, farmácia, padaria, posto de saúde para que os moradores tivessem tudo que precisavam sem sair do bairro.

Além disso, muitas ruas foram nomeadas em homenagem a familiares e amigos. Inclusive, uma das principais via pública é a Av. Guilherme, que não recebeu o nome completo (Guilherme Praun da Silva) e a observação na placa: ´´fundador do bairro Vila Guilherme ( 1853 /1938 )´´ — veja link da matéria abaixo.

cemitério da consolação
Mausoléu de Guilherme Praun da Silva, que não está em bom estado de conservação – Foto: Divulgação/Consolares
Mausoléu no cemitério da Consolação

O fundador da Vila Guilherme faleceu em 14 de agosto de 1938 (há 86 anos), mas poucas pessoas sabem que ele está sepultado no Cemitério da Consolação. Seu mausoléu é uma capela simples localizada na Rua 34, número 9, com uma placa em seu nome e um portão de ferro, porém não está em bom estado de conservação — o que mostra a falta de ´´olhar da Prefeitura para a história da cidade e dos bairros´´.

Francivaldo Gomes, conhecido como Popó, mediador das visitas guiadas ao Cemitério da Consolação há mais de 20 anos, ressalta a importância de Praun da Silva para a história da região. “Ele foi fundamental para o desenvolvimento da Zona Norte. Ele adquiriu uma área de terra de uma baronesa, que mais tarde se tornou um dos grandes bairros de São Paulo, a Vila Guilherme. Seu túmulo pode ser visitado no Cemitério da Consolação”, afirma Popó.

cemitério da consolação
O mediador Popó (Francivaldo Gomes) durante uma visita. Foto: Divulgação/Consolare

O Cemitério da Consolação, inaugurado em 15 de agosto de 1858 (há 166 anos),  como Cemitério Municipal  de São Paulo — era o único, na época — com uma área de 76 340 m², sendo a mais antiga necrópole em funcionamento no município de São Paulo. É uma das principais referências do Brasil na área da arte nos jazigos, ao lado do Cemitério de São João Batista-RJ (fundado em 1851, há 173 anos, com 192 mil m2).

E conhecido por abrigar túmulos de figuras ilustres da história paulistana, é um ponto de referência para aqueles que desejam conhecer mais sobre as personalidades que marcaram tanto a história da cidade como também do país. Lá foram sepultados: Tarsila do Amaral (artista plástica), Luís Gama, Marquesa de Santos (amante de D.Pedro I) , Ramos de Azevedo (engenheiro e arquiteto), Antoninho da Rocha Marmo (milafreiro),  Mário e Oswald de Andrade (escritores), Monteiro Lobato (escritor) Antoninho da Rocha Marmo, milagreiro, – Carvalho Pinto ( governador de São Paulo),  Conde Francisco Matarazzo (industrial),  Líbero Badaró, (médico e jornalista), Washington Luís, ex-presidente da República, entre outros —  além de obras de importantes escultores, tais como Victor Brecheret, Nicola Rolo e Luigi Brizzolara.

Um grupo de visitantes com as explicações do mediador. Foto: Divulgação/Consolare
Visitação mediada

As pessoas interessadas em conhecer mais sobre o jazigo de Guilherme Praun da Silva e outros túmulos históricos, o Cemitério da Consolação oferece visitas mediadas todas as 2ªs feiras do mês, das 14 às 16 horas. Novos dias da semana estão sendo organizados e serão disponibilizados em breve. Em 2023, mais de 2200 pessoas participaram das visitas mediadas. Já neste ano, mais de 1000 pessoas já fizeram a visita.

No passeio, as pessoas irão aprender e conhecer mais sobre as personalidades que fizeram parte da história de São Paulo e do país que estão sepultadas no cemitério, com muita história e informação.


Cemitério da Consolação

  • Visitas mediadas: às 2ªs. feiras
  • Horário: 14 às 16 horas
  • Endereço: Rua da Consolação, 1660 – Consolação, SP
  • Ingresso: GRÁTIS
  • Reservas:  clique aqui
  • Telefone: (11) 5197.4889
  • Administração: Consolare
  • Site/empresa: www.consolare.com.br

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É a concessionária responsável pela gestão dos cemitérios da Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana, no município de São Paulo, pelos próximos 25 anos. Reunindo uma visão nacional e grande expertise nos setores funerário e de engenharia, a concessionária tem sua atuação pautada na melhoria dos serviços funerários e da infraestrutura cemiterial da cidade. Além das necrópoles, sua estrutura é composta por mais de 500 colaboradores diretos e indiretos, sete agências funerárias, mais de 120 mil jazigos/covas e 60 salas de velório.


<<Com apoio de informações/fonte: FSB Comunicação / Agatha Alves >>