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Universidade Zumbi dos Palmares e Ministério do Meio Ambiente debatem racismo ambiental

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racismo ambiental

A Universidade Zumbi dos Palmares, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e com o apoio das Secretarias Municipais de Mudanças Climáticas e de Educação, lançou em 26 de junho de 2024,  na cidade de São Paulo, o Fórum SuperCidades Educadoras, Ambientais, Climáticas e Antirracistas.

A iniciativa inédita tem como objetivo ampliar a educação ambiental e empoderar a sociedade civil para prevenir e minimizar os impactos climáticos e erradicar o racismo ambiental.

O lançamento foi realizado na Universidade Zumbi dos Palmares e reuniu a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; o reitor da UniPalmares Dr. José Vicente; o coordenador da Secretaria Municipal de Mudanças Climáticas, André Previato; a secretária Executiva da Secretaria Municipal de Educação, Malde Vilas Bôas; especialistas, representantes de entidades e lideranças comunitárias.

A ministra Marina Silva foi recepcionada com uma apresentação especial do coral de alunos da escola pública EMEF Ibrahim Nobre.

Para iluminar os desafios e as estratégias do atual contexto climático, o Fórum SuperCidades apresentou o painel A Justiça Climática como Ferramenta de Desconstrução do Racismo Ambiental. “O Fórum é uma ação inovadora e histórica construída de modo integrado com os mais diversos parceiros e aliados. O meio ambiente precisa ser de todos. Estamos completando 25 anos do programa nacional de educação ambiental com muitas conquistas, mas agora os desafios são ainda maiores”, destacou José Vicente.

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Marina Silva
Fazer com a sociedade

Marina reforçou que os governos não tem que fazer para a sociedade, e sim com a sociedade. E alertou: “Não podemos deixar os negacionistas comprometerem o nosso futuro. Se tivermos uma sociedade consciente e preparada para cobrar dos governos e das empresas, vamos conseguir fazer esse enfrentamento que já deveríamos ter feito há 40 anos, como nos alertou a ciência. Não podemos ignorar o que as universidades estão produzindo nas mais diversas áreas. Temos que chegar a desmatamento zero para que a terra não continue aquecendo e termos um futuro de esperança e prosperidade. O nosso maior ativo é o clima. Temos que fazer a gestão do risco, não do desastre”.

Brigada Climáticos

Em sua primeira edição, o Fórum SuperCidades Educadoras, Ambientais, Climáticas e Antirracistas lançou o programa Brigada Climáticos, que conecta um conjunto de medidas práticas para empoderar as comunidades no enfrentamento das mudanças do clima.

A comunidade Parque do Gato, na região central norte da cidade, é a primeira a integrar o projeto que conta com uma Estação de Monitoramento e Prevenção Ambiental e Climática, canais de comunicação direta, distribuição de coletes salva-vidas para os moradores, um automóvel, um jet-sky, um barco e um triciclo identificados para serem utilizados durante as emergências no local.

A primeira equipe da Brigada Climáticos é formada por 10 jovens da comunidade Parque do Gato, 3 enfermeiras e 10 bombeiros profissionais voluntários responsáveis pelas ações e capacitação dos jovens para realizarem os primeiros socorros durante uma emergência, como resgates de pessoas e animais, aferição de pressão durante calor extremo, identificação de pontos sensíveis na comunidade e de pessoas vulneráveis. “Queremos replicar esse modelo em outras cidades, nas escolas”, pontuou José Vicente.

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Ministra Marina Silva e Reitor José Vicente
Simulação

Para mostrar na prática a importância da capacitação e a resposta rápida durante uma emergência, o Fórum SuperCidades apresentou uma Simulação de Intervenção do grupo de Bombeiros voluntários que integram a Brigada Climáticos.

A ministra Marina Silva e o reitor José Vicente participaram de uma demonstração passo a passo de como socorrer bebês engasgados com leite materno, uma emergência que acontece com bastante frequência. “A comunidade negra agora é protagonista das transformações e precisa estar na mesa debatendo as mudanças do país. Hoje estamos dando um passo rumo à justiça climática”, enfatizou o reitor José Vicente.

 <com apoio de informações: Luciana Frei – LGF Press>