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Testamos os azeites e o aceto balsâmico da italiana Filippo Berio. E tem receita!

azeite
Tempo de Leitura: 5 minutos

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da Redação DiárioZonaNorte

As primeiras garrafas dos azeites  da italiana Filippo Berio aportaram no Brasil em 2019. Presente em 75 países, a marca conquistou o paladar do público brasileiro e ganhou espaço nas prateleiras do país. A expansão da marca em nosso território e o acréscimo de outros produtos no portfólio é reflexo da importância do mercado brasileiro. De acordo com os números do Conselho Oleícola Internacional (COI), somos o quarto mercado mundial no consumo de azeites.

Desde que o mundo é mundo

A história do azeite remonta a antiguidade, muito antes da Era Cristã, quando fenícios, gregos e romanos começaram a cultivar oliveiras e extrair o óleo da azeitona.  Séculos depois, em 1829 na cidade de Oneglia – na região da Ligúria, o produtor Filippo Berio fundou a empresa que leva o seu nome.  Hoje, o Grupo SALOV – cuja a filha de Filippo Berio é uma das fundadoras, continua honrando a tradição o legado do produtor.

Se na Mesopotâmia o azeite era usado para perfumar os cabelos, hoje ele é indispensável na mesa.

Degustamos dois dos cinco azeites da Filippo Berio – o premiado Azeite de Oliva Extra Virgem Riserva Oro e o Azeite de Oliva Extra Virgem Seleção Especial – e ainda, o surpreendente Aceto Balsâmico de Modena IGP, que dá um up em qualquer preparo. Juntos, transformam uma refeição frugal em um banquete dos deuses.

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Formação de Preços do Azeite

Antes das nossas impressões sobre os produtos degustados, se faz necessário esclarecer um assunto que preocupa os consumidores: o preço. No Brasil, chegou a 50% entre o período de 2022 a 2024.

Esclarecemos que a alta de preços do azeite é ditada pelo mercado internacional, sobretudo o europeu – onde cerca de 80% da produção mundial está concentrada e é um reflexo do aquecimento global. O ano de 2022 registrou uma queda expressiva na produção de azeitonas. Uma quebra de 26% da safra. Em 2023, o cenário também não foi favorável e houve uma redução de 40% na produção do azeite.

Dependendo da variedade da azeitona, sua qualidade e ponto de maturação – para a extração de um litro de azeite são necessários entre 5 e 10 quilos de azeitonas.  Se levarmos em consideração, em um cenário climático favorável, uma oliveira produz de 15 a 50 quilos de azeitonas anualmente ou de três a cinco litros de azeite.

O aquecimento global afeta brutalmente a forma como a azeitona é colhida. Para evitar que o fruto (sim azeitona é fruta – por ter caroço pertence ao grupo das drupas) entre em processo de oxidação, elas são colhidas cada vez mais cedo – muitas vezes de madrugada quando a temperatura é mais amena.

Entendeu por que o preço não vai cair tão cedo? E outra, desconfie de azeites baratos, com preços muito abaixo do mercado. Usando um trocadilho para não sair do universo da gastronomia: “batata que é batizado… falso… fake”.  Um outro ponto precisa ficar muito claro: azeite de qualidade não é gasto. É investimento em prazer, sabor e saúde.

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O primeiro azeite degustado foi o Extra Virgem Seleção Especial Filippo Berio.  Em boca, apresentou frescor,  sabor marcante, amargor e picância equilibrados. Baixa acidez –  no máximo 0,3%, por ser elaborado com azeitonas jovens, prensadas logo após a colheita. – No nariz apresentou um aroma levemente frutado.  Preço médio R$ 70,00.

O segundo foi o espetacular Extra Virgem Riserva Oro Filippo Berio – Medalha de Prata na International Olive Oil Competition –  IOOC Brasil 2021. Confessamos que há muito tempo não ficávamos tão empolgados com um azeite.

Elaborado com azeitonas italianas,  apresenta sabor intenso e equilibrado com notas de azeitonas maduras.  No nariz, aromas de folhas frescas, alcachofras, tomates e amêndoas doces com ligeiro picante. Preço médio R$ 85,00.

Il vero aceto balsâmico
A grande surpresa foi o Aceto Balsâmico de Modena IGP – Indicação Geográfica Protegida, denominação que identifica produtos agrícolas originários de uma região ou país específicos.
Muito versátil, tem uma capacidade fora do comum para realçar o sabor dos mais diversos pratos. Da salada, aos queijos curados, presuntos crús, carnes brancas e vermelhas. Vai bem também com morangos e sorvete de baunilha.
Ao contrário do aceto legítimo de Modena IGP, o genérico (vamos chamá-lo assim) denominado apenas “aceto balsâmico” sem denominação de origem –  na maioria das vezes recebe açúcar para simular a doçura do original, além de não respeitar o tempo necessário de maturação do produto. 
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Processo artesanal e certificação

O vinagre balsâmico de Modena IGP deve ser produzido exclusivamente nas adegas de vinagre das províncias de Modena e Reggio Emilia, de onde são originários, no norte da Itália, com mostos, que são como sucos, obtidos de sete variedades de uva: Lambrusco, Sangiovese, Trebbiano, Albana, Ancellotta, Fortana e Montuni – que garantem acidez e açúcares perfeitos.

Nestes mostos são adicionados vinagre de vinho e uma porcentagem de vinagre de vinho envelhecido. O Vinagre de vinho envelhecido, utilizado para fazer o Vinagre Balsamico di Modena IGP, amadurece em barris de madeira, com temperatura e ventilação especiais, por pelo menos 10 anos.

Durante este período, o produto é transferido de um barril maior (usado para a acetificação) para um cada vez menor, isso é feito porque o conteúdo diminui devido à evaporação natural, até chegar ao produto final. O objetivo do envelhecimento é obter um produto cada vez mais concentrado, evaporando o supérfluo e condensando aromas e sabores.

Esta particular técnica de produção confere ao vinagre características olfativas e gustativas extraordinárias, às quais se associa um leve teor alcoólico, e apresenta cor castanha intensa, com notas amadeiradas.

De acordo com Leonardo Scandola, Diretor Comercial da Filippo Berio na América Latina, no Brasil ainda é comum encontrar produtos com o mesmo nome, mas que apresentam grandes diferenças em termos de qualidade e sabor.

A principal forma de reconhecer um produto original é verificar se possui o selo IGP (Indicação Geográfica Protegida), este rótulo demonstra que o item possui características de um território específico, além de ser uma garantia de padrões de qualidade sobre o processo e escolha das matérias-primas. O selo também fornece rastreabilidade ao consumidor, trazendo transparência total”, afirma Scandola.

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Toast  Caprese
E tem receita….

Nossa sugestão é uma Toast Caprese maravilhosamente simples e saborosa, onde todo o vigor dos azeites e do aceto balsâmico são potencializados.  Pena que o vídeo não tem aroma.

<com apoio de informações: PR Consulting Global – jornalista Gabriela Gomes >

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