casos
da Redação DiárioZonaNorte
- Sem alarde, os moradores devem cuidar dos prováveis focos do mosquito;
- No ano passado e em março deste ano já houve outros casos na mesma região; e
- Em suspeitas com focos de dengue, ligue para 156, e peça vistoria.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde informou ao DiárioZonaNorte ter realizado seis vistorias na região do Tucuruvi (Zona Norte) para ações de bloqueio de criadouro do mosquito aedes aegypti para combate à dengue. Equipes da base de Santana da Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) percorreram várias ruas do distrito do Tucuruvi, envolvendo os bairros da Parada Inglesa, Vila Dom Pedro II e Izolina Mazzei.
Segundo moradores — e confirmados por agentes da Uvis, que percorriam a região — , foram detectados três novos casos de dengue na Parada Inglesa, junto à Vila Dom Pedro II: prédio 203 da Rua Dona Gabriela, uma casa da Rua Vicenza e outra na Rua São João Cássio (próximo da Rua Luisa Scarpini). No mês passado, foi constatado outro caso na Rua Vicenza.
Os casos registrados na região da Zona Norte alertam para os cuidados que os moradores devam tomar para evitar a proliferação do mosquito. Por outro lado, a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS Norte) da Secretaria Municipal da Saúde está monitorando com mais atenção.
As providências nos alertas e no combate
Nesta 2ª.feira (24/04/2023), em ação imediata, o veiculado preparado para nebulização (conhecido como ´´fumacê´´) percorria as ruas citadas da Vila Dom Pedro II/Parada Inglesa. O mesmo procedimento foi utilizado em casos anteriores na mesma região.
Com as novas ocorrências, as equipes da Uvis reforçaram as visitas às residências das ruas na Parada Inglesa e toda a região. Ao abordar o morador, o agente pergunta se há pessoas com problemas de saúde com sintomas consequentes da dengue, além de dar orientações sobre a doença – seus sintomas e riscos. Explicam como age o agente transmissor e medidas de prevenção, que podem ter as variantes do chikungunya e zika.
Em alguns casos, os agentes solicitam autorização para vistoriar a parte interna das residências — ou até prédios comerciais. Dentre de suas responsabilidades, o agente deve encaminhar os casos suspeitos de dengue e suas variantes à Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), responsável pelo território, de acordo com as orientações da Secretaria Municipal de Saúde.
O coordenador de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira, destaca que as ações de prevenção e combate à dengue ocorrem de forma contínua em todas as regiões da cidade e são realizadas pelas 28 Uvis. Segundo ele, “essa é mais uma das estratégias da prefeitura para combater a dengue. As equipes estão comprometidas em intensificar o bloqueio nesses bairros onde a incidência de casos novos da doença mostram maior risco de proliferação do mosquito”.
Os casos de dengue na Zona Norte
Em dados da Secretaria Municipal da Saúde, neste ano e até o momento, foram realizadas cerca de 1,6 milhão de ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na capital. Ao todo, foram 339.460 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 13.798 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, com aproximadamente 1,1 milhão de ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações.
No último Boletim Epidemiológica (até 17/04/2023), que é realizado semanalmente pela Secretaria Municipal da Saúde, demonstrado no quadro abaixo e mostra os casos confirmados de dengue na Zona Norte, nos distritos de Santana / Tucuruvi / Mandaqui, Jaçanã / Tremembé e Vila Maria / Vila Guilherme / Vila Medeiros.
No Estado de São Paulo, os casos de dengue caíram 16,4% até o mês passado, na comparação com o mesmo período do ano passado — segundo dados do governo.
Abaixo, uma das peças da campanha do Governo de São Paulo. Clique na imagem para assistir ao vídeo:
Os cuidados com a dengue
Confira nove dicas para combater o Aedes aegypti e não contrair a doença:
- Mantenha a caixa d’água sempre tampada, sem nenhum tipo de abertura. Verifique se há acúmulo de água sobre a tampa.
- Cuidado com o armazenamento de água em baldes, galões, bacias, tanques, cisternas e outros. Mantenha os recipientes totalmente fechados ou com tela. Quando vazios, mantê-los virados para baixo, de preferência em local coberto.
- Elimine os pratos dos vasos de plantas. Substitua a água por terra ou troque a água uma vez por semana, esfregando a superfície do vaso.
- Cuidado com os cacos de vidros em muros, não tenha pontos com acúmulo de água. Quebre os gargalos e fundos de garrafas e/ou coloque massa de cimento nos locais que acumulem água.
- Guarde garrafas e pneus virados com a boca para baixo ou tampadas, de preferência em locais secos e com cobertura.
- Nos bebedouros de animais é importante trocar a água diariamente, lavar e esfregar o recipiente, no mínimo, duas vezes por semana.
- Ralos e canaletas que não têm uso diário devem ser cobertos com telas que impeçam a entrada de mosquitos ou adicione água sanitária (1/2 copo) ou qualquer desinfetante semanalmente. Na hora da escolha, dê preferência para ralos com tampa abre e fecha.
- Não acumule entulho de obras, ferragens ou materiais inservíveis, principalmente em áreas abertas, expostos à água da chuva. Mesmo quando cobertos com lonas, verificar se não formaram bolsões que possam acumular água.
- Mantenha as calhas e lajes sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água. Sempre desentupa as calhas e as mantenha bem niveladas para não acumularem água. É importante criar pontos de saída de água da laje.
Transmissão e sintomas
A transmissão da dengue acontece exclusivamente pela picada do mosquito Aedes aegypti. A fêmea pica o doente e se infecta com o vírus. Depois, pica uma pessoa saudável e inocula o vírus junto com a saliva. Uma vez infectado, o mosquito transmitirá o vírus até o final de sua vida, que dura de 6 a 8 semanas.
Existem quatro tipos de vírus da dengue. Isso significa que uma pessoa pode pegar a doença até quatro vezes. O paciente precisa ser monitorado, pois pode apresentar agravamento do quadro clínico. Se apresentar um dos sintomas abaixo, deve procurar atendimento médico imediatamente, pois indicam risco de agravamento:
- Dor abdominal intensa e contínua;
• Vômitos persistentes;
• Tontura, principalmente quando está em pé;
• Sangramentos de mucosa;
• Sonolência ou muita irritabilidade.
<Com apoio de informações/fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal da Saúde e Secom/PMSP>>