da Redação DiárioZonaNorte
- Unidade da Casa Verde já está sendo reformada e deve abrir no segundo semestre;
- O prédio do antigo Mappin será unidade com a área administrativa do SESC; e
- Prédio da Fecomércio será a unidade do SESC-14 Bis na Av. 9 de Julho
O Serviço Social do Comércio – SESC – uma instituição brasileira privada, mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo – de uma só vez, anuncia oficialmente mais 12 unidades em São Paulo, nos próximos 10 anos – além de reformar e ampliar outras sete unidades em todo o estado de São Paulo.
Com apoio das empresas, o SESC tem atuação em todo âmbito nacional, voltada principalmente para o bem-estar social dos seus empregados e familiares, mas aberto ao público em geral. Com essas novas unidades busca proporcionar mais bem-estar e qualidade a um número maior de pessoas.
Já na cidade de São Paulo, a verdadeira Zona Norte tem 257 bairros e vilas com uma população que deve estar ultrapassando os quatro milhões de habitantes, mas é servido somente pela unidade SESC-Santana/Jardim São Paulo. Segundo os próprios moradores, a região já é esquecida pelo poder público e está renegada ao passar dos dias, sem grandes obras e investimentos e tão pouco qualidade de vida.
São quatro subprefeituras com seus distritos sem as atividades do SESC, que não tiveram a sorte de receber os benefícios da entidade, como Jaçanã, Tremembé, Vila Maria, Vila Guilherme, Vila Medeiros, Tucuruvi, Mandaqui, Cachoeirinha e Limão. Somente agora a região da Casa Verde entra no anúncio das novas unidades.
Há alguns meses já tinha sido definida como segunda unidade na Zona Norte: o Sesc Casa Verde, que está sendo instalado na Avenida Leão XII, onde funcionou por alguns anos a sede paulista das lojas. Riachuelo – ver detalhes na reportagem do DiárioZonaNorte – clique aqui.
Moradores pedem o SESC
Os moradores da região das Vilas Maria / Guilherme / Medeiros, que se mostram extremamente carentes de locais de lazer, cultura, esportes, saúde e social, chegaram até reivindicar um SESC para a região – e até foi cogitado um abaixo-assinado. Um dos terrenos indicados é o do antigo Mart Center, que faz divisa com o Parque Vila Guilherme-Trote (PVGT) – com os seus 187 mil metros quadrados de área verde e com problemas de manutenção e zeladoria.
Em 31 de janeiro deste ano, Beto Freire – articulista do DiárioZonaNorte, nascido na Zona Norte e ativista social, já mostrou essa preocupação dos moradores, com o título: ´´Uma ideia para ter o SESC-Vila Guilherme no MartCenter beneficiando toda a região´´<<Mais detalhes no link: https://is.gd/CZyVSp >>. É um terreno que poderia ser extremamente útil ao SESC, que serviu até em vários anos com apresentações do Festival de Cultura Popular Paulista Revelando São Paulo e hoje está praticamente abandonado, servindo de estacionamento. e rodoviária da Buser. <<ver reportagem clique aqui>>
Vários moradores sugerem que a Prefeitura da Cidade de São Paulo poderia levantar a situação do imóvel e do terreno do MartCenter para agregar com o imenso parque ao lado, até em acordo operacional com o SESC — que reformaria a parte construída e teria o PVGT como extensão às suas várias atividades.
O terreno possui 80 mil metros de área construída e 90 mil metros de circulação/estacionamento. Pelo espaço, a Zona Norte poderia receber um Centro Cultural e Esportivo da Vila Guilherme, com a chancela operacional do SESC, destinada às crianças, jovens, famílias e a grande proporção de pessoas da terceira idade.
As novas unidades
A direção do SESC-SP anunciou a inauguração de 12 novas unidades nos próximos 10 anos. Três endereços da lista já abrem ao público no segundo semestre de 2023, com funcionamento parcial ou em instalações provisórias: Casa Verde no prédio da antiga Riachuelo, 14 Bis (Av.Nove de Julho) no prédio da Federação do Comércio (Fecomércio) e o edifício que será a nova sede do Sesc São Paulo –– que hoje tem a área administrativa no SESC Balenzinho — , será no prédio do antigo Mappin – em frente ao Theatro Municipal.
As outras unidades estão previstas para a Zona Noroeste com a unidade de Pirituba (região que não é Zona Norte) na centenária Casa de Nassau com 47 mil metros quadrados; na Zona Leste, nas regiões de Sapopemba e São Miguel Paulista; na Zona Sul, a de Campo Limpo, que já está em funcionamento nos seus 38 mil metros quadrados; e na Bela Vista/Bexiga, a unidade ocupará o prédio do antigo Teatro Brasileiro de Comédia-TBC.
Além destes novos endereços, o Sesc segue com as obras para a construção da unidade definitiva da Unidade SESC-Parque Dom Pedro II, localizada em frente ao Mercado Municipal, no Brás, e que terá 30 mil metros quadrados. Já na região metropolitana vai ter unidade do Sesc em São Bernardo do Campo, em área de mais de 28 mil metros quadrados; em Mogi das Cruzes, na área do antigo Centro Esportivo do Socorro, onde já funciona há dois anos nas instalações provisórias; e Osasco, município em que o Sesc já se faz presente com programação em espaços provisórios e de parceiros e que irá contar com um novo centro cultural e desportivo.
No interior, mais três cidades do interior irão ingressar na rede Sesc: Franca, Marília e Limeira. Outras quatro unidades do interior irão passar por projetos de melhoria e ampliação do espaço físico, a de Ribeirão Preto, Taubaté, Registro e Presidente Prudente.
Espaços que valorizam as pessoas
Segundo comunicado do SESC, as unidades projetadas com a finalidade de estimularem a convivência criativa e democrática, as instalações do Sesc são uma extensão dos espaços públicos das cidades ou mesmo uma ruptura, revelando outras possibilidades de convívio social. A expansão visa ocupar regiões que passam por transformações, na qual a presença de uma unidade Sesc possa trazer benefícios para a população que ali vive e circula.
A abertura de novos endereços do Sesc também tem outro papel importante do ponto de vista de manutenção da memória: a recuperação e reabertura de prédios tombados por órgãos de preservação do patrimônio histórico e artístico para que o público, atraído pelas manifestações culturais, atividades físicas e esportivas e as demais áreas de atuação do Sesc, tenha a oportunidade de reocupar e utilizar novamente esses espaços.
“O plano de expansão da rede resulta de uma ação estratégica para alcançar novos públicos e oferecer a oportunidade de crescimento pessoal, de maior participação social e acesso aos bens culturais. Por isso, o Sesc responde de forma coerente com os anseios de uma sociedade em transformação, que percebe e valoriza a importância da atuação e presença da Instituição em suas comunidades”, afirma o diretor do Sesc SP, Danilo Santos de Miranda.
Mais empregos e renda
A presença do Sesc em mais municípios e regiões da capital vai impactar diretamente na geração de empregos e renda locais, de acordo com a entidade. A instituição estima criar milhares de novas vagas de trabalho, direto e indireto, para atuarem em toda a cadeia de operação para seu funcionamento. No último balanço da instituição, de dezembro de 2022, o Sesc São Paulo registrava quase 8 mil empregados efetivos em seu quadro.
<<Com apoio de informações/fonte: Comunicado / Imprensa do SESC-SP >>