Home Destaque Será? Prefeitura promete acabar com as enchentes em São Paulo até 2036

Será? Prefeitura promete acabar com as enchentes em São Paulo até 2036

enchentes
Tempo de Leitura: 4 minutos

enchentes

da redação DiárioZonaNorte

  • Estudo teve início em 2014 e percorreu as gestões Haddad, Dória, Covas e Nunes
  • Na Zona Norte, bacias do Cabuçu de Baixo e Mandaqui receberão intervenção
  • Além de reservatórios serão construídos parques lineares
  • Inicialmente, a cidade investirá R$ 4,6 bilhões

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), lançou em 25 de agosto de 2022, as 56 ações prioritárias do Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo. A iniciativa conta com a colaboração da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo (USP) e terá investimento estimado de R$ 4,6 bilhões.

Na marra

O anúncio aconteceu depois da Prefeitura ser alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP), julgada em abril de 2022, onde juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi da 13ª Vara de Fazenda Pública, deu 90 dias para que a Prefeitura apresentasse os projetos de enfrentamento às enchentes realizados desde 2014, data de início do processo.

Cadernos de Bacias Hidrográficas

O Plano de Ações reúne 56 obras de drenagem propostas nos Cadernos de Bacias Hidrográficas (CBH) – um instrumento de planejamento e gestão que trata exclusivamente da questão da drenagem urbana, de autoria da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH).

Os estudos foram realizados entre os anos de 2016 e 2021 (Gestões Fernando Haddad – PT,  João Dória – PSDB, Bruno Covas – PSDB e  Ricardo Nunes – MDB).

O investimento estimado de R$ 4,6 bilhões, já inclui desapropriações, estudos e as compensações ambientais. As análises e projetos para início das obras elencadas começam a ser desenvolvidos já em 2022. A previsão para conclusão das intervenções é 2036.

As ações prioritárias representam uma redução de 4,6 km² na mancha de alagamento da cidade e uma capacidade de reservação de mais de 4 milhões de m³ de água. Estima-se que, com as obras selecionadas, a Prefeitura implante mais 13 mil metros de novas canalizações no município.

enchentes
Bacia Hidrográfica do Cabuçu de Baixo
Zona Norte

Nesta primeira etapa, na Zona Norte serão contempladas as bacias hidrográficas do Córrego Cabuçu de Baixo e do Córrego Mandaqui. Já na segunda etapa, entra a bacia do Córrego do  Tremembé – cujo o estudo está em andamento.

Tanto na região da bacia do Cabuçu de Baixo, como na do Rio Mandaqui, os estudos prevêem a construção de  reservatórios (piscinões) e parques lineares.

enchentes
Bacia Hidrográfica do Córrego Mandaqui

No restante da cidade, receberão intervenções as seguintes bacias hidrográficas: Água Espraiada, Jacu, Jaguaré,  Morro do S, Verde-Pinheiros, Uberaba, Pirajuçara, Aricanduva, Anhangabaú, Água Preta e Sumaré. Também foram contemplados os dados presentes nos cadernos que serão publicados este ano (Sapateiro, Tiquatira, Vila Leopoldina, Cordeiro e Itaquera).

enchentes
Proposta paisagística para o Parque Linear – Afluente do Lauzane
Plano de Ações

De acordo com a Prefeitura, o Plano de Ações tem um sistema de hierarquização de projetos e propostas existentes para a drenagem de águas pluviais, que permite realocar os recursos disponíveis de forma mais eficiente, funcionando como uma ferramenta para programação e elaboração de um cronograma de obras, além de fornecer suporte à decisão de priorizar determinada intervenção, e postergar a execução de outras.

A hierarquização das obras é feita aplicando-se as ferramentas de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), com base em premissas técnicas diminuindo, assim, a aplicação de critérios subjetivos.

As 56 intervenções foram selecionadas a partir da análise dos seguintes aspectos: construtivo, econômico, social, ambiental, danos evitados, repercussão da intervenção, vulnerabilidade técnica e impactos na infraestrutura urbana. É importante destacar que, durante o desenvolvimento dos trabalhos, cada aspecto técnico recebeu um peso diferente, conforme seu grau de relevância.

Meio Ambiente

Além das obras convencionais de macrodrenagem como reservatórios, alteamento de pontes, canalizações e galerias, destacam-se as intervenções focadas no meio-ambiente.

Neste aspecto, o Plano de Ações contempla revitalizações e aberturas de córregos, bacia de sedimentações, lâmina de retenção, controle de poluição difusa com fitorremediação (controle de poluição por meio de plantas), biovaletas, terraceamento, poços de infiltração e canteiros pluviais.

2036

As 56 obras que fazem parte do Plano de Ações contam com um investimento estimado de R$ 4,6 bilhões, já incluídas as desapropriações, estudos e as compensações ambientais. As análises e projetos para início das obras elencadas começam a ser desenvolvidos já em 2022. A previsão para conclusão das intervenções é 2036.

As ações prioritárias representam uma redução de 4,6 km² na mancha de alagamento da cidade e uma capacidade de reservação de mais de 4 milhões de m³ de água. Estima-se que, com as obras selecionadas, a Prefeitura implante mais 13 mil metros de novas canalizações no município.

<com apoio de informações: Secom/Prefeitura de São Paulo>

enchentes enchentes enchentes enchentes enchentes

d