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- O motivo maior agora é proteger a sede do Sindicato dos Metroviários
- O Sindicato comemora 40 anos e a sede tem 31 anos
da Redação DiárioZonaNorte
Em defesa da sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, as linhas do Metrô da cidade podem ficar inoperantes no próximo dia 9 de setembro (5ª feira) — que provavelmente a partir da meia-noite. No dia anterior (08 de setembro), no começo da noite, está marcada a assembleia para decisão da greve.
É o que ficou decidido como indicativo de greve, na semana passada. Segundo os metroviários, há pendências de acertos com a Companhia do Metropolitano de São Paulo. Em nota publicada no site da entidade, o principal fator é a questão da posse do terreno e do prédio do Sindicato dos Metroviários, localizado no bairro do Tatuapé (Zona Leste).
“Apesar da sinalização do governo do estado em não fazer a reintegração de posse, a empresa e o Secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, não se movimentam para evitar a reintegração de posse violenta da sede do sindicato”, acrescenta a nota. Ao mesmo tempo, os metroviários permanecem em alerta e mobilizados na campanha salarial.
A última paralisação dos metroviários ocorreu no dia 19 de maio passado. Houve também tentativas de outras greves, que foram canceladas em assembleias. Com os acertos diante do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o que não entrou nas negociações foi o caso da retirada da sede, um caso à parte. Houve várias manifestações dos metroviários, com apoio de sindicalistas e politicos.
O Caso da sede do Sindicato dos Metroviários
Com o slogan “A sede é dos metroviários”, os funcionários do Metrô de SP estão mobilizados na resistência ao despejo. Por outro lado, o governo de São Paulo tenta desalojar os metroviários interrompendo o contrato de comodato dos terrenos com a entidade sindical vigente há mais de 30 anos.
No dia 24 de junho, os metroviários tomaram conhecimento através da Imprensa que a Companhia do Metroplitano de São Paulo obteve uma ordem judicial de reintegração de posse da sede do Sindicato da categoria, com arrombamento e uma força policial.
O Sindicato dos Metroviários não foi notificado, o que considera a ação autoritária, truculenta e antidemocrática. Não houve conversações e nada foi negociado.
Em comunidado, o Sindicato dos Metroviários lembra que a sede da Rua do Japi, nº 31, no bairro do Tatuapé, foi inaugurada em 8 de dezembro de 1990 — ou seja, há 31 anos. Diz ainda que a sede foi resultado de conquistas após anos de lutas e trabalho duro na construção.
O local representa o esforço com recursos da própria categoriace e concluiu “por isso, pertence aos trabalhadores”. O local tem quadra poliesportiva, estúdio musical, salas e área de lazer. Nestes espaços recebeu, ao longo dos anos, inúmeras atividades como atos, assembleias, congressos, eventos esportivos, festas, etc.
Os metroviários “batem o pé” e informam que vão resistir às tentativas da Companhia do Metropolitano de São Paulo em desocupar e tomar a sede, leiloada (segundo o Sindicato, “arbitrariamente”) pelo governo de São Paulo, no dia 28 de maio. “Os metroviários não abrem mão do seu patrimônio e vão lutar até o fim para defendê-lo”, acrescentava a nota.
Sindicato comemora 40 anos
No dia 24 de agosto, o Sindicato dos Metroviários comemorou 40 anos de existência. Em 1981, os metroviários receberam do governo federal a Carta Sindical, ebtregue pelo ministro do Trabalho da época, Murilo Macedo, que conferiu à entidade já organizada o poder de representação legal da categoria. A partir daí passou a se chamar Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo. O aniversário do Sindicato é marcado pela concessão da Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho e homologação do estatuto do Sindicato nesta data.
<Com apoio de informações/fonte: Assessoria de Imprensa/Sindicato dos Metroviários>
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