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São Paulo e o despertar cidadão, que exigem responsabilidade e respeito dos políticos

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da Redação DiárioZonaNorte < Editorial >

Os distritos e bairros de São Paulo são o reflexo da maior cidade brasileira, uma potência no cenário mundial, com sua economia vibrante e diversificada.

No entanto, por entre as ruas movimentadas e os arranha-céus, emergem problemas que refletem a fragilidade da gestão pública, uma máquina robusta alimentada pelos altos impostos das empresas, indústrias e, sobretudo, dos mais de 13 milhões de habitantes.

Os buracos nas vias são uma constante, transformando o simples ato de dirigir em um desafio de habilidade. Não há escapatória, um buraco sucede o outro, que parece interminável. O mato cresce livremente, tomando conta de praças, calçadas, ruas e parques, desafiando a noção de urbanidade.

É só chover um pouco, há enchentes por todos os lados. Os moradores perdem tudo, arcando com os problemas e prejuízos. Nem um tostão de ressarcimento, mas o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) com a data de pagamento em dia.  Obras para conter as enchentes não deram resultado, como é o caso do Córrego Paciência, na Zona Note.

A poluição sonora é outra adversidade, com carros de som e festas noturnas em bares que desrespeitam os horários estabelecidos por leis que, lamentavelmente, não são vigiadas e cumpridas. A cidade, assim, segue seu rumo, sem ordem nem progresso, com desculpas padronizadas para mascarar os problemas e soluções adiadas indefinidamente.

Com a proximidade das eleições, a movimentação política se intensifica, mas muitas vezes os interesses eleitorais se sobrepõem aos da população. As subprefeituras tornam-se palco de barganhas políticas, com vereadores direcionando emendas parlamentares para pequenos serviços, sem grande importância,  que deveriam ser obrigação do município, enquanto obras se arrastam sem transparência ou clareza. Uma desculpa sempre salta da ponta da língua: saiu no Diário Oficial do Município, onde o povo não tem acesso na leitura.

Do outro lado dessa realidade, postos de saúde e hospitais lotados, com imagens de desespero com reclamações nos telejornais. O mesmo ocorre com transportes públicos abarrotados, que evidenciam o abandono e a falta de investimento em serviços essenciais. O povo sofre, e suas vozes se fazem ouvir nas ruas, exigindo condições dignas de vida.

´´Os representantes do povo´´

É hora de reflexão, de analisar o passado e cobrar por promessas não cumpridas.  Muita enrolação e pouca ação. É preciso observar atentamente os perfis dos vereadores eleitos, garantindo que representem verdadeiramente os interesses da Zona Norte e de toda a cidade. Não se pode reeleger políticos que se acomodam na inércia, ignorando as necessidades dos cidadãos.

Vereadores com altos salários, carros e motoristas à disposição em passeios, com outras mordomias que são consumidas em afazeres particulares. A população deve reivindicar seus direitos, exigindo atendimento de qualidade nos serviços de saúde, educação e zeladoria urbana. É necessário construir uma cidade onde todos possam viver com dignidade, e isso só será possível com o engajamento e a participação ativa de cada munícipe.

Os “representantes do povo” no Legislativo deveriam fiscalizar os atos do Executivo, em andanças “in loco” nos bairros e buscando soluções de imediato. Mas junto à sua equipe de 18 funcionários, nos gabinetes, não fiscalizam o que deveria ser uma de suas funções, com veículo à disposição.

Use seus direitos no dia a dia e, neste ano, com a responsabilidade do “voto certo” no candidato que merece ser um “legítimo representante do povo”, que realizará ações transparentes em apoio à população da cidade.

Na Câmara Municipal, que muitas vezes é chamada da “Casa do Povo” com os seus 55 vereadores, seja realmente dinâmica e transparente em benefício de quem os elegeu os “representantes do povo”. O certo seria não ter os pseudos-representantes nos bastidores com criação de projetos de lei com outros interesses, ou escolhendo nomes de ruas e praças, e agindo nos feudos das subprefeituras.

Até às vésperas das eleições, que acontecem em outubro, os moradores da Zona Norte devem analisar os atos na Câmara Municipal, os perfis dos candidatos — que só agora estarão em andanças pelos bairros em busca de votos –– e o que está sendo feito em benefício da população. Pense muito, analise e reclame. Não seja engolido pela demagogia e ações vazias  de pequenos atos que não favorecem os moradores, mas aos interesses de políticos.


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