Mostra Internacional de Teatro
- Apresentações ao vivo, no período de 2 a 12 de junho
- Espetáculos internacionais e nacionais
Depois de dois anos que o mundo parou por causa da pandemia, o setor de artes e espetáculos ficou nas expectativas de um breve retorno. Assim aconteceu também com a Feira Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp, que somente agora teve o anúncio da 8ª edição que acontecerá neste ano, no período de 02 a 12 de junho, marcando as ações presenciais. No ano passado, as apresentações foram online, de modo virtual.
Com convidados especiais e profissionais da área, a apresentação foi realizada nesta 2ª feira (02/05/2022), no Espaço do Itaú Cultural, na coordenação de Guilherme Marques (idealizador e diretor-geral do MITsp) e Rafael Steinhauser (diretor institucional do MiTsp) — Antonio Araújo, idealizador e diretor-artístico do MITsp não pode comparecer.
Prestigiando o evento e com falas, a Secretária Municipal da Cultura, Aline Torres; o Diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron; e o Diretor Regional do Sesc do Estado de São Paulo, Danilo Santos de Miranda — estava sendo esperada a chegada do Secretário da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, que estava em outra agenda do governo.
Com duas horas de duração, o evento também foi transmitido de modo remoto (online) para os demais interessados. Em momentos, foram feitos comentários sobre as edições anteriores e a programação das apresentações que estarão presentes neste ano. Alem da representação brasileira, com destaque as participações da França, Alemanha e Argentina.
A programação
O evento terá inicio no dia 02/06/2022 (2ª feira), no Sesc Pinheiros, com apresentação de Estádio (Stadium), com a concepção dos diretores franceses Mohamed El Khatib e Fred Hocké. Essa Mostra Internacional de Teatro, um dos principais eventos de artes cênicas do país, segue até dia 12/06/2022 (domingo), com ações que envolvem seus principais eixos: Mostra de Espetáculos, Ações Pedagógicas, Olhares Críticos e MITbr – Plataforma Brasil, que contam com a participação de artistas nacionais e internacionais.
Neste ano, serão três montagens internacionais, sete espetáculos nacionais, três estreias nacionais e uma internacional e uma ampla grade de oficinas, debates e conversas ao longo dos dez dias de atividades.
A oitava edição da MITsp tem apresentação do Ministério do Turismo, Itaú, Sabesp e Secretaria Municipal de Cultura, realização da Olhares Instituto Cultural, ECUM Central de Produção, Itaú Cultural, Sesc SP, Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura – Ministério do Turismo e correalização do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Goethe-Institut São Paulo, Consulado-Geral da França em São Paulo e Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.
“Estamos felizes com a retomada da MITsp, com trabalhos presenciais, embora esta seja uma edição mais concisa, nos limites do que foi possível trazer em um tempo pós-pandemia. Mas são espetáculos que seguem a ideia primeira da Mostra de trabalhos com radicalidade no ‘pensar a cena’”, diz Antonio Araujo, diretor artístico do evento.
Os espetáculos internacionais
Entre os espetáculos internacionais, os destaques:
Estádio (Stadium –– 2017 – 110 minutos) – Mohamed El Khatib | França – Com a concepção dos franceses Mohamed El Khatib (ele esteve na MITsp em 2019 com o solo Partir com Beleza) e Fred Hocké aproxima em cena a emoção de um estádio de futebol e a do teatro; a montagem põe o espectador de teatro frente a frente com o dos estádios, colocando em questão o que é uma audiência e o que diferencia, além da roupa, os dois públicos.
O Martelo e a Foice (Le Marteau et La Faucille 2019 – 60 minutos) -Julien Gosselin | França – Adaptação do conto homônimo do americano Don DeLillo e dirigido por um dos expoentes da cena contemporânea de seu país, o também francês Julien Gosselin, escancara os excessos do capitalismo com um personagem aprisionado no que parece ser um local para crimes de colarinho branco, repleto de banqueiros e negociantes de arte que se apropriaram indevidamente de fortunas.
Vale da Estranheza (Uncanny Valley – 2019 – 60 minutos) – Rimini Protokoll | Alemanha – Trabalho do Suíço radicado na Alemanha, Stefan Kaegi, do grupo Rimini Protokoll (grupo que esteve à frente da encenação 100% São Paulo, na MITsp, em 2016), empresta o título da expressão criada pelo cientista japonês Masahiro Mori para designar – no campo da engenharia robótica – a aversão que as pessoas sentem diante de robôs muito parecidos com pessoas reais e discute o estranhamento e a facilidade que temos com a tecnologia.
Os nacionais
As três estreias nacionais mostram a pesquisa de expoentes da cena artística brasileira: História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô Noir, de Janaina Leite; Antes do Tempo Existir, de Andreia Duarte e Um Jardim Para Educar as Bestas, de Eduardo Okamoto. O diretor argentino Lisandro Rodríguez e o dramaturgo brasileiro Alexandre Dal Farra estão juntos na estreia internacional Tragédia e Perspectiva 1 – O Prazer de Não Estar de Acordo, com produção da MITsp.
MITbr – Plataforma Brasil
Criada em 2018 como um programa de internacionalização das artes cênicas brasileiras, a MITbr tem, em 2022, curadoria de Jane Schoninger e Jorge Alencar. Ambos selecionaram sete grupos e artistas de vários estados brasileiros para se apresentarem ao público com a presença de programadores de festivais nacionais e internacionais.
Os selecionados são Ancés, Tieta Macau (CE); Despacho Coletivo, de Jaqueline Elesbão/Coletivo Pico Preto (BA); E.L.A, de Jéssica Teixeira (CE); Eles Fazem Dança Contemporânea, de Leandro Souza (SP); Fortaleza, de Fauller/Cia. Dita (CE); Há Mais Futuro que Passado – Um Documentário de Ficção, de Complexo Duplo (RJ) e Trava Bruta, de Leonarda Glück (PR).
Ações Pedagógicas
Curadoria de Dodi Leal trouxe como tema Afetossíntese: as atividades reunidas colocam a força afetiva da elaboração cênico-performativa no sentido de gerar vigor nutritivo nas relações existenciais-sociais. Entre os destaques, estão os eventos: A Encontra da Pedagogia da Teatra, com conversas, shows e debates; oficinas e um Laboratório da Pedagogia da Performance.
Os Olhares Críticos
Este ano com curadoria de Julia Guimarães e José Fernando Peixoto de Azevedo, propõem discussões sobre as artes cênicas e a contemporaneidade a partir da realização de conversas com pensadores e pesquisadores de diferentes áreas, além da publicação de críticas, artigos e entrevistas. A programação conta com as Reflexões Estético-Políticas, Pensamento-em-Processo, Diálogos Transversais, Prática da Crítica, Cartografia, entre outros.
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