da Redação DiárioZonaNorte
- A colaboração dos participantes terá prêmio de R$2 mil para o vencedor.
- Em cada região da cidade terá um vencedor com o mesmo valor.
- Há muitas ruas que não identificam os homenageados nas placas
Quem foram essas pessoas com nomes simples: Angélica, Augusta, Dona Maria Paula… e tantas outras pela cidade e bairros de São Paulo. Ao abrir um concurso para participação da população, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal da Cultura levantam um assunto que merece um cuidado maior na identificação dos personagens, que muitas pessoas desconhecem. É dar mais informação e contribuir com a cultura da população.
O objetivo da Prefeitura de São Paulo é expandir a participação dos usuários do Dicionário de Ruas que queiram compartilhar memórias sobre as ruas da cidade, através de escrita e de fotografia — que dependem da divulgação do edital no final do mês, com as instruções. Desta forma, é romper as barreiras das fontes institucionais para valorizar o conhecimento comunitário. E ainda há uma premiação de R$2 mil reservados para cada região da cidade, no total de R$10 mil.
O Dicionário de Ruas conta as biografias dos homenageados nos nomes de ruas, com informações retiradas de processos administrativos e de referências bibliográficas diversas. É uma ferramenta de pesquisa que o Arquivo Histórico Municipal de São Paulo disponibiliza na internet com informações a respeito do nomes oficiais. Informa também os significados dos nomes das ruas de São Paulo. História dos logradouros públicos, como ruas, travessas, praças e pontes
Com a colaboração dos moradores, abre a possibilidade de acertos nas retificações de placas indicativas de ruas. Na Zona Norte, há ruas sem identificação histórica com nomes na Parada Inglesa: Maria, Hebe, Dona Gabriela, Ricardo, Borges, Elvira e Vicenza; na Vila Guilherme: Maria Cândida, Conceição, Angelina, Edgard, Belarmino e Dirce; em Santana: Jovita, Dr. Zuquim, Dr. César, Pedro Doll, Conselheiro Saraiva e outras. Ninguém sabe quem foram essas pessoas na história da cidade. Até o nome do fundador do importante bairro da Vila Guilherme ficou reduzido em apenas Av. Guilherme, sem respeitar o seu sobrenome: Praun da Silva. Um enorme desconhecimento até para os alunos das escolas do local — leia mais no link abaixo, no final.
Outros locais tem os nomes de personalidades, mas sem informar o que fizeram ou onde estiveram para receber a homenagem nas placas, na Zona Norte: Pedro Cacunda, Paulo de Avelar. Silvio Rondini, Gilberto Sampaio, Olavo Egydio e muitas outras. É só imaginar quantos outras devem existir por toda a cidade. Ao mesmo tempo, vai contribuir com a plataforma oficial da Prefeitura de São Paulo, onde os nomes podem ser difundidos.
Exemplos para São Paulo
A cidade de São Paulo. como megalópole nos 13 milhões de habitantes, sendo a cidade brasileira mais influente no cenário global, deve repensar e buscar exemplos em outras cidades para melhorias de serviços. Com a busca a colaboração dos moradores para as memórias ruas da cidade, deve também melhorar as identificações das vias públicas.
Na cidade do Rio de Janeiro, placas de rua passaram a ter mais informações sobre a figura histórica homenageada. Desta forma, a Av. General San Martin tem logo abaixo um resumo dp personagem: ´´1778-1850 — Libertador da América Espanhola — Argentina, Chile e Perú´´. E o espaço abaixo com a numeração da quadra, o CEP e o bairro.
No ano passado, com a morte do ator e humorista Paulo Gustavo, a cidade de Niterói prestou homenagem especial com placas até com a foto. E informando o nome simplificado Paulo e o completo Rua Ator Paulo Gustavo, mais: ´´ Ator, humorista, diretor, roteirista e apresentados. Nascido ecriado em Niterói, Paulo Gustavo sempre exaltou a cidade e a usou como cenario em seus trabalhos´´. Ainda colocou uma frase dele: ´´O humor salva, transforma, alivia, cura, traz esperança pra vida da gente´´. Logo abaixo a região e o CEP.
Na cidade de Maringá, no Paraná, a Prefeitura há quatro anos instalou um sistema diferente, facilitando a visão dos pedestres e de motoristas. Além da identificação da via pública, com informação resumida do homenageado, os postes expõem as placas de ruas de esquinas, com a vantagem da captação da energia solar, durante o dia, e a iluminação à noite. E ainda oferecem tomadas e entradas de USB para recarga de celulares.
A Prefeitura de São Paulo não precisa trocar, de uma vez, as placas das mais de 48 mil logradouros da cidade. Aos poucos pode ir mudando as placas com as novas informações. E como já existe o projeto do novo Centro Histórico da cidade, — com o Triângulo SP — pode começar por aí com as placas de ruas e as memórias de locais históricos com a identificação do local. Se é por falta de verba, empresas e outros órgãos podem disponibilizar a implantação com uma pequena propaganda (logotipo de apoio) e ser responsável pelas placas padronizadas pela Prefeitura.
Inscrições e premiações
Qualquer morador ou frequentador da cidade de São Paulo maior de 18 anos. Os menores com 16 anos, pode participar se assistido por um responsável. As inscrições devem ser feitas até 27/11/2022 (domingo).
Haverá premiação de R$2 mil para cada proposta que receber maior pontuação dentre as demais propostas de mesma região da cidade, ou seja, pode haver até 5 premiações, sendo uma proposta para cada região: Centro, Zona Norte, Zona Sul,Zona Leste e Zona Oeste.
O edital completo estará disponível no final de mês (27 de setembro) nas redes do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Dúvidas podem ser encaminhadas pelo e-mail: [email protected]
(Re)leia a reportagem do DiárioZonaNorte:O fundador da V. Guilherme não é lembrado com o reconhecimento da Prefeitura de SP – 10/09/2022 – clique aqui
Serviço
- Dicionário de Ruas – site: clique aqui
- Arquivo Histórico Municipal de São Paulo -site: clique aqui
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