Home Bem Estar Poliomielite: sai a ´´gotinha´´ e entra o novo modelo de vacinação com...

Poliomielite: sai a ´´gotinha´´ e entra o novo modelo de vacinação com doses injetáveis

Foto: Divulgação/Agência Gov Br/Roberto Stuckert
Tempo de Leitura: 2 minutos

 

  • A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou pólio, é uma doença contagiiosa causada pelo poliovírus que vice no intestino; 
  • A doença pode afetar crianças e adultos, e em casos graves pode causar paralisia nos membros inferiores; e
  • Criado em 1986 pelo artista plásticos Darlan Rosa, o Zé Gotinha foi sugerido por crianças ao Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde anunciou mudanças na aplicação da vacina contra a poliomielite. A famosa imunização, conhecida pelas “gotinhas”, será substituída por uma única dose injetável em todo o Brasil. A mudança será implementada até o dia 4 de novembro em todo o país.

A poliomielite é causada por um vírus da família dos poliovírus, que ataca o trato intestinal, principalmente de crianças, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. Em sua forma mais grave, a doença pode causar paralisia progressiva, resultando em sequelas motoras permanentes. A vacinação na primeira infância é uma forma de prevenção.

Mesmo com essa mudança, vacinar é fundamental para garantir uma proteção eficaz, com até 99% de imunidade após o ciclo completo”, afirma Paulo Antônio Friggi de Carvalho, infectologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

E conclui: ´Além disso, a vacinação evita a circulação do vírus, reduzindo o risco de mutações e novas infecções em pessoas que possam ser vulneráveis´´.poliomielite

O esquema de vacinação contra a poliomielite com as “gotinhas” funciona com três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida, feitas com a vacina injetável, e os reforços ocorrem com a vacina oral, aos 15 meses e aos 4 anos.

Com a nova diretriz, o esquema será simplificado: as três doses injetáveis permanecem, mas o reforço será dado apenas aos 15 meses, também com a vacina injetável, eliminando a dose aos 4 anos.

De acordo com o médico, a principal diferença entre as vacinas é o tipo de vírus utilizado. “A vacina oral contém cepas de vírus vivos atenuados, enquanto a injetável utiliza vírus inativados. Apesar disso, ambas oferecem o mesmo nível de proteção“, afirma.

A alteração segue recomendações científicas recentes, tanto que outros países já adotaram a prática. Segundo Paulo, além de garantir eficácia máxima com menor número de doses, o uso exclusivo da vacina injetável elimina o pequeno, mas existente, risco de mutação das cepas atenuadas, presentes na vacina oral, que poderiam circular no ambiente e infectar pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Em 2023, a cobertura vacinal do país contra poliomielite atingiu 84,63%, mas a meta anual é vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde.

É importante destacar que a vacinação segue sendo o método mais eficaz para prevenção e até erradicação de doenças em todo mundo. Ela está disponível de forma gratuita e segura nas unidades básicas de saúde e devem fazer parte da rotina de cuidados de todos”, finaliza o profissional.


<<Com apoio de informações/fonte: MáquinaCohn&Wolfe / Mayara Neri >>