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Poder Público não enxerga as Vilas nem de binóculo. Com isto, insegurança é irrefutável

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Tempo de Leitura: 3 minutos

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por Beto Freire (*) — Artigo n. 10 – < Cidadania >

O tempo é o senhor da razão, uma frase antiga que torna-se atual, com o passar do tempo vemos o quanto algumas coisas são redundantes. Temos visto uma crescente reclamação de insegurança em nossa região. São diversas publicações nas mídias sociais sobre furtos variados. E não existe sossego para uma simples caminhada entre a residência e a padaria, para comprar pão é um olho no gatuno e o outro também.

Portar smartphone é quase proibido, estacionar o veículo sem seguro na frente de casa é risco eminente de prejuízo, manter portinholas de alumínio é um luxo obsceno para os provocar larápios.

Em passado recente, não existia uma ilha de segurança nas Vilas Maria/ Guilherme/ Medeiros, seria inclusive hipocrisia dizer que vivíamos em paraíso paralelo a violência da cidade, mas vivíamos em um lugar diferenciado com certeza. A violência e insegurança faziam parte da nossa realidade, a diferença é que esse desassossego ininterrupto não era habitual, não convivíamos nesse caos de “salve-se quem puder“.

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Aquela antiga referência de lugar tranquilo, perdeu-se na deterioração das políticas públicas. Enquanto outras regiões recebiam atenção e investimentos,  as Vilas foram sumindo das vistas dos governantes.

Não totalmente. Eles costumam lembrar da nossa região para fornecer uma das maiores arrecadações de Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da cidade.

Durante o período eleitoral, somos importantes para garantir mais alguns anos de mandato seja para candidatos — até forasteiros da região — e logo novamente deixados longe do olhar daqueles que nos pediram votos.

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Sem poder fechar os olhos

O que em outros tempos era impensável tornou-se rotineiro, mesmo para dormir o povo perdeu o direito ao sossego, alguém pode estar tentando levar o portão, talvez o hidrômetro de água ou medidor de consumo elétrico, sequer as lâmpadas estão a salvo…

O que parece cômico, na realidade é trágico. Esse é o cotidiano dos nossos vizinhos nos últimos anos, mas apesar de muitos contribuintes protestando não temos uma única resposta concreta e efetiva do poder público.

É sempre o mesmo caminho: além de respostas padrão e evasivas do tipo: “tem que fazer Boletim de Ocorrência (B.O.) no Distrito Policial para as estatísticas“, ou “Ligue para o 156” e ainda aquela máxima “em todos os lugares está assim“. A sociedade não vê nada palpável além dos carnês de impostos, ano após ano.

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A classe política beneficiada

O contribuinte é quem sustenta toda classe política, que rala para pagar salários, assessoria, motoristas, combustível e outras tantas despesas infinitas de autoridades e governantes… e as mordomias …  e quase não recebe nada em troca — porquê ?

Quando a população obtiver consciência que o contribuinte é cliente do poder público, que a relação impostos arrecadados e devolutiva eficiente em serviços prestados é idêntica a uma relação comercial entre freguês e vendedor, talvez essa “clientela” receba produtos e serviços qualidade superior a atualidade.

Não apenas no quesito segurança pública, o mesmo vale para saúde, lazer, mobilidade, zeladoria e infraestrutura urbana em termos gerais.

Quando a população adquirir sabedoria suficiente, para entender que no período eleitoral somos auditores dos candidatos, e pós eleições nos tornamos automaticamente credores dos eleitos. Com certeza absoluta, vamos receber um serviço público mais eficiente, e tratamento respeitoso daqueles que obrigatoriamente pagamos.

Que sejamos exímios eleitores na mesma proporção que somos exímios pagadores de tributos!


(*) Beto Freire — Antonio Roberto Freire é o nome oficial, com batismo de família genuinamente portuguesa, nascido e criado na Zona Norte, nas bandas da Vila Guilherme e Vila Maria. Cronista das Vilas, é torcedor apaixonado pela Portuguesa de Desportos. Ele é um apaixonado pela Zona Norte, sendo ativo colaborador há muitos anos do DiárioZonaNorte. Com olhar de ativista social, preocupado com a melhor qualidade de vida de todos os moradores, sem distinção,  já teve participações em muitas audiências públicas. Por outro lado, foi membro em gestões do Conselho Comunitário de Segurança-CONSEG de Vila Maria, além da presidência da Associação dos Amigos do Parque Vila Guilherme-Trote (PVGT).


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Nota da Redação: O artigo acima é totalmente da responsabilidade do autor, com suas críticas e opiniões, que podem não ser da concordância do jornal e de seus diretores.

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