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da Redação DiárioZonaNorte
- Preço médio de venda da gasolina passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro
- Valor do diesel vai subir de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro
A Petrobras informou nesta 3ª feira (11/01/2022), em comunicado, que os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras serão reajustados a partir desta 4ª feira (12/01/2022).
De acordo com a empresa, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras terá um aumento de 4,85%, passando de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro.
Já o diesel, terá um reajuste de 8,08% – indo de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.
O preço nos postos de combustível não são tabelados, desta forma, os percentuais de aumento podem ser ainda maiores e, mesmo quem não tem carro, é impactado indiretamente pelo reajuste nos preços dos combustíveis.
Campanha publicitária
Em setembro de 2021, a estatal veiculou campanha publicitária de esclarecimento sobre o preço da gasolina, que chegou a superar R$ 7,00 por litro em alguns postos do país.
Na peça publicitária, inicialmente veiculada nas mídias sociais da empresa, aPetrobras afirma que do valor de venda dos postos de gasolina, a empresa recebe apenas R$ 2,00 e destaca o peso Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)– de esfera estadual e do etanol anidro adicionado à gasolina, além de margens de distribuidoras e revendedores, e também por tributos federais como PIS/Cofins e Cide, na formação do preço final da gasolina.
A cada litro de combustível que você utiliza, hoje recebemos em média R$2. Mas e o resto do valor? A gente explica no vídeo: pic.twitter.com/UgzFZHHN1X
— Petrobras (@petrobras) September 3, 2021
Não é bem assim
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a atual gestão da estatal se especializa em propaganda mentirosa e “omite que, individualmente, a Petrobras fica com a maior parte do preço total”, de acordo com Deyvid Bacelar – coordenador geral da entidade.
De acordo com o dirigente, a “empresa esconde a verdade ao não mencionar que os seguidos reajustes são determinados pela política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela empresa e que norteia os demais agentes do mercado”.
Pelo PPI, a Petrobras os preços são reajustados conforme a variação do dólar e a cotação internacional do petróleo, além dos custos de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo, com grande parte de seus custos em real.
De acordo com os cálculos da assessoria econômica da FUP, aproximadamente 1/3 dos custos da Petrobras na produção de petróleo e refino possuem uma aderência ao câmbio e aos preços internacionais.