Ligar um eletrodoméstico, carregar o celular ou assistir à televisão são atividades cotidianas que dependem da eletricidade. No entanto, o uso incorreto ou a falta de manutenção nas instalações pode representar sérios riscos.
Acidentes elétricos estão entre os mais comuns no Brasil, e a falta de informação é um fator que potencializa os perigos. Para garantir a segurança, é essencial conhecer boas práticas no manuseio e na manutenção da rede elétrica.
De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica de 2023, divulgado pela Associação Brasileira para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), houve um aumento nas ocorrências no Brasil.
No primeiro semestre de 2023, foram registradas 992 notificações, um número superior ao mesmo período de 2022. No entanto, especialistas alertam que a quantidade real pode ser ainda maior devido à subnotificação dos casos.
Segurança no ambiente doméstico
No dia a dia, um dos erros mais comuns é o uso excessivo de adaptadores de tomada, conhecidos como “benjamins”, que sobrecarregam a rede elétrica e aumentam o risco de curtos-circuitos e incêndios.
O Dispositivo Diferencial Residual (DDR) é uma ferramenta essencial de proteção, pois detecta fugas de corrente e desliga automaticamente a energia, evitando choques elétricos.
Segundo Heverton Bacca, coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), um dos principais problemas é a ausência de profissionais capacitados no projeto elétrico residencial. “Ter um engenheiro elétrico na fase de planejamento garante um sistema mais seguro e eficiente“, explica.
O manuseio de aparelhos elétricos em locais úmidos, como banheiros e cozinhas, também exige atenção redobrada. Equipamentos como secadores de cabelo, chapinhas e barbeadores não devem ser usados com as mãos molhadas ou em locais com água acumulada.
Riscos em espaços públicos e eventos
Ao identificar um cabo elétrico caído na rua, mantenha distância e acione a concessionária de energia ou o Corpo de Bombeiros. Nunca tente remover ou tocar no fio, pois ele pode estar energizado e causar um choque fatal.
Em eventos ao ar livre, a segurança elétrica deve ser uma prioridade. A instalação de redes elétricas precisa seguir normas técnicas, ser supervisionada por profissionais e contar com sistemas de proteção. O público também deve evitar tocar em estruturas metálicas eletrificadas e buscar abrigo durante tempestades.
Cuidados no período de chuvas
O Brasil registra cerca de 80 milhões de raios por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Evitar danos é recomendável o uso de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) e estabilizadores de energia. Durante tempestades, a melhor prevenção é desligar aparelhos da tomada.
Se a água invadir a residência, desligue o disjuntor geral e evite o contato com tomadas e equipamentos. Após o recuo da água, um profissional deve inspecionar a rede elétrica antes de religá-la.
Nas ruas, mantenha distância de áreas alagadas, pois podem haver fios energizados submersos. Nunca tente atravessar trechos alagados a pé ou de carro, pois a eletricidade pode se propagar pela água.
Conclusão
A eletricidade é essencial, mas requer precaução. Medidas preventivas garantem a segurança pessoal e patrimonial, reduzindo riscos de acidentes. Consultar profissionais qualificados e realizar manutenções periódicas é fundamental. A prevenção é sempre a melhor escolha.
<< Com apoio de informações/fonte: CDI Comunicação / Beatriz Soares >>
