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Os bairros mudam e a violência cresceu nas Vilas  –  Quem poderá nos defender  ?

Praça Santo Eduardo, onde o pessoal passa o dia
Tempo de Leitura: 4 minutos

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por Beto Freire (*) — Artigo  quinzenal n. 30– < Cidadania >

A Zona Norte é mais uma vez destaque negativo, os furtos principalmente subiram consideravelmente nos últimos meses. Na Vila Maria,  por exemplo, o crescimento passou dos 100%.

E tudo isso foi avisado, alardeado e debatido quando a Prefeitura  da Cidade de São Paulo e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS),  começaram a trazer ´´albergues´´ para a região, com nome trocado para Centro Temporário de Acolhimento –  CTA.

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Ponte Vila Guilherme ao lado da Av.Joaquina Ramalho

Enquanto moradores e comerciantes faziam reuniões e protestos, uma outra parcela escolheu o proselitismo ideológico e religioso, outros ficaram omissos, com direito a apresentação circense de atores do campo político.

Os casos aumentam

Fato é que a roubalheira atingiu igrejas e escolas, sequer a antiga Associação Pestalozzi atualmente Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (ABADS), que é uma escola para crianças deficientes intelectuais,  foi alvo dos ladrões. E tudo isso nos últimos dias, aquele famoso sossego de “cidade interiorana” deu lugar a apreensão e medo.

Metais em geral, smartphones, baterias e estepes veiculares são alvo ininterrupto da gatunagem nas vilas.

Muitos tem perguntado o que podemos fazer  ? A resposta não é simples! Mais sim, elas existem e são aplicáveis, desde que emanadas pelo povo.

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Algo palpável e com resultado imediato é o patrulhamento preventivo da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana (GCM), que tem seu efetivo em Maria/Guilherme/Medeiros descompassado em 50% de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A médio prazo é reverter essa migração de moradores de rua do centro para os bairros, política estabelecida pela SMADS, que acaba promovendo turismo da miséria com o acolhimento de dependentes químicos no centro da cidade para lugares afastados.

Essa política criou um verdadeiro êxodo de “refugiados” para a Zona Norte. As avenidas Cruzeiro do Sul, Guilherme Cotching, Nadir Dias de Figueiredo e a José Maria Fernandes — a principal do Parque Novo Mundo — são exemplos para os “céticos”. E ocasionando sérios problemas em estacionamentos de supermercados e até na tranquilidade que era o Shopping Center Norte — uma marca registrada da Zona Norte — que chegou à insegurança dos frequentadores, em muitos relatos no Instagram. (clique aqui).

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As obrigações

Em médio e longo prazo, também é possível exigir dos legisladores eleitos através do voto popular a internação compulsória de reincidentes em furtos e roubos para alimentar o vício. Seja em crack, a poderosa K9 ou outras drogas.  O álcool é outro vício crônico das pessoas em situação de rua.

Essa internação deve começar em 120 dias, em regime totalmente fechado e na cidade onde o dependente tem familiares. Passar para 180 dias em caso de reincidentes e assim sucessivamente até o paciente/dependente químico ficar curado física e psicologicamente.

A inserção obrigatória de cursos profissionalizantes durante a internação é outra medida para reabilitação dos dependentes em situação grave de uso de drogas lícitas e/ou ilícitas.

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No entorno do CTA-14 na Av. Ten.Felicissimo – o primeiro do Pq.N.Mundo

A responsabilidade pertence a todos os atores, passando pelos contribuintes, autoridades, políticos e judiciário. Todos tem sua parcela de deveres, a sociedade como um todo tem direito constitucional de ir e vir, gerar renda, produzir e principalmente portar seus bens materiais sem o constante pavor da violência!

E, finalmente, uma causa básica e democrática: dar ouvidos à população, ou aos seus representantes, até em audiência pública. Assuntos que mexem com ´´todos´´devem ter as participações de ´´todos´´. Já diz um velho comentário: ´´O governo passa, mas os moradores ficam´´.


Lembrete: a propósito já no último 07 de março, já chamávamos a atenção com o artigo ´´Triste realidade: mais uma vez, esqueceram de Maria/Guilherme/Medeiros na  Segurança´´- Releia/clique aqui.


(*) Beto Freire — Antônio Roberto Freire é o nome oficial, com batismo de família genuinamente portuguesa, nascido e criado na Zona Norte, nas bandas da Vila Guilherme e Vila Maria. Cronista das Vilas, um apaixonado pela Zona Norte, sendo ativo colaborador há muitos anos do DiárioZonaNorte — escreve quinzenalmente. Com olhar de ativista social, preocupado com a melhor qualidade de vida de todos os moradores, sem distinção,  já teve participações em muitas audiências públicas. Por outro lado, foi membro em gestões do Conselho Comunitário de Segurança-CONSEG de Vila Mariaalém da presidência da Associação dos Amigos do Parque Vila Guilherme-Trote (PVGT).


Comentários e sugestões: [email protected]


Nota da Redação – (*)  O artigo acima é totalmente da responsabilidade do autor e colaborador, sem vínculos, com suas críticas e opiniões, que podem não ser da concordância do jornal e de seus diretores.

 

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