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por Beto Freire (*) — Artigo quinzenal n. 30– < Cidadania >
A Zona Norte é mais uma vez destaque negativo, os furtos principalmente subiram consideravelmente nos últimos meses. Na Vila Maria, por exemplo, o crescimento passou dos 100%.
E tudo isso foi avisado, alardeado e debatido quando a Prefeitura da Cidade de São Paulo e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), começaram a trazer ´´albergues´´ para a região, com nome trocado para Centro Temporário de Acolhimento – CTA.
Enquanto moradores e comerciantes faziam reuniões e protestos, uma outra parcela escolheu o proselitismo ideológico e religioso, outros ficaram omissos, com direito a apresentação circense de atores do campo político.
Os casos aumentam
Fato é que a roubalheira atingiu igrejas e escolas, sequer a antiga Associação Pestalozzi atualmente Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (ABADS), que é uma escola para crianças deficientes intelectuais, foi alvo dos ladrões. E tudo isso nos últimos dias, aquele famoso sossego de “cidade interiorana” deu lugar a apreensão e medo.
Metais em geral, smartphones, baterias e estepes veiculares são alvo ininterrupto da gatunagem nas vilas.
Muitos tem perguntado o que podemos fazer ? A resposta não é simples! Mais sim, elas existem e são aplicáveis, desde que emanadas pelo povo.
Algo palpável e com resultado imediato é o patrulhamento preventivo da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana (GCM), que tem seu efetivo em Maria/Guilherme/Medeiros descompassado em 50% de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A médio prazo é reverter essa migração de moradores de rua do centro para os bairros, política estabelecida pela SMADS, que acaba promovendo turismo da miséria com o acolhimento de dependentes químicos no centro da cidade para lugares afastados.
Essa política criou um verdadeiro êxodo de “refugiados” para a Zona Norte. As avenidas Cruzeiro do Sul, Guilherme Cotching, Nadir Dias de Figueiredo e a José Maria Fernandes — a principal do Parque Novo Mundo — são exemplos para os “céticos”. E ocasionando sérios problemas em estacionamentos de supermercados e até na tranquilidade que era o Shopping Center Norte — uma marca registrada da Zona Norte — que chegou à insegurança dos frequentadores, em muitos relatos no Instagram. (clique aqui).
As obrigações
Em médio e longo prazo, também é possível exigir dos legisladores eleitos através do voto popular a internação compulsória de reincidentes em furtos e roubos para alimentar o vício. Seja em crack, a poderosa K9 ou outras drogas. O álcool é outro vício crônico das pessoas em situação de rua.
Essa internação deve começar em 120 dias, em regime totalmente fechado e na cidade onde o dependente tem familiares. Passar para 180 dias em caso de reincidentes e assim sucessivamente até o paciente/dependente químico ficar curado física e psicologicamente.
A inserção obrigatória de cursos profissionalizantes durante a internação é outra medida para reabilitação dos dependentes em situação grave de uso de drogas lícitas e/ou ilícitas.
A responsabilidade pertence a todos os atores, passando pelos contribuintes, autoridades, políticos e judiciário. Todos tem sua parcela de deveres, a sociedade como um todo tem direito constitucional de ir e vir, gerar renda, produzir e principalmente portar seus bens materiais sem o constante pavor da violência!
E, finalmente, uma causa básica e democrática: dar ouvidos à população, ou aos seus representantes, até em audiência pública. Assuntos que mexem com ´´todos´´devem ter as participações de ´´todos´´. Já diz um velho comentário: ´´O governo passa, mas os moradores ficam´´.
Lembrete: a propósito já no último 07 de março, já chamávamos a atenção com o artigo ´´Triste realidade: mais uma vez, esqueceram de Maria/Guilherme/Medeiros na Segurança´´- Releia/clique aqui.
(*) Beto Freire — Antônio Roberto Freire é o nome oficial, com batismo de família genuinamente portuguesa, nascido e criado na Zona Norte, nas bandas da Vila Guilherme e Vila Maria. Cronista das Vilas, um apaixonado pela Zona Norte, sendo ativo colaborador há muitos anos do DiárioZonaNorte — escreve quinzenalmente. Com olhar de ativista social, preocupado com a melhor qualidade de vida de todos os moradores, sem distinção, já teve participações em muitas audiências públicas. Por outro lado, foi membro em gestões do Conselho Comunitário de Segurança-CONSEG de Vila Maria, além da presidência da Associação dos Amigos do Parque Vila Guilherme-Trote (PVGT).
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Nota da Redação – (*) O artigo acima é totalmente da responsabilidade do autor e colaborador, sem vínculos, com suas críticas e opiniões, que podem não ser da concordância do jornal e de seus diretores.