aquecimento
Durante as últimas décadas, muito se discutiu sobre as possíveis consequências do aquecimento global por conta do aumento de emissões de gases causadores do efeito estufa, e como a elevação da temperatura média do planeta é uma ameaça para o futuro da humanidade. Em 2018, a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) identificou que a temperatura média do planeta foi a quarta mais alta em 140 anos.
Países da Europa, Estados Unidos e Ásia, estão enfrentando uma onda de altas temperaturas nunca antes registradas. A França fez um alerta à população sobre o calor extremo e incêndios mortais varreram Portugal, Espanha e outros países, forçando milhares de pessoas a deixar suas casas. Em meio às mudanças climáticas, as ondas de calor vêm ficando cada vez mais frequentes e intensas.
O professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP e especialista em mudanças climáticas globais, confirma que as temperaturas aumentaram em função do aquecimento global. Outro fato observado por especialistas é que as estações estão mais longas, sejam com ondas de calor, frio ou chuva, mostrando que o clima está cada vez mais instável.
Sérios problemas à saúde
Como têm potencial para se expandir por grandes áreas, essas ondas de calor acabam submetendo grande quantidade de pessoas a temperaturas que podem causar problemas sérios para a saúde que vão da desidratação à morte, como aconteceu este ano na Europa.
O corpo é o primeiro a sofrer, com as temperaturas elevadas, colocando em risco a vida de quem vive em locais onde existe o calor extremo. A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento são as principais fontes de gases na atmosfera. Por isso essa emissão precisa ser reduzida imediatamente.
Artaxo explica que os polos Ártico e Antártica são as pontas mais frágeis do planeta, por isso são os que mais sentem os efeitos do aquecimento global, com o derretimento das geleiras. O especialista em mudanças climáticas globais da USP alerta para o futuro do planeta.
As ondas de calor vão ser cada vez mais fortes e intensas, por isso é necessário imediatismo no controle da derrubada de florestas e matas, além de um conjunto de esforços para conter a redução da emissão da queima de combustíveis fósseis. Vale lembrar que o Brasil é signatário do Acordo de Paris e outros compromissos internacionais para diminuir a emissão de carbono e gases prejudiciais. <<Com apoio de informações/fonte e ilustração: Jornal da USP/Rádio USP – Sandra Capomaccio >>
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