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No palco do Sesc, os dramas de um ator: “Como posso não ser Montgomery Clift?”

Tempo de Leitura: 3 minutos
Montgomery

“É uma alegria poder comemorar os meus 40 anos de carreira em um espetáculo que reflete sobre a condição do ator e, ainda, discute a homofobia na indústria do entretenimento. Como diz, Montgomery Clift: “Quando a luz se apagou, nunca mais houve outra felicidade se não aquela, a estúpida felicidade de ser outro”. Nada melhor do quer ser outro para nos libertarmos de nós mesmos”. 

                                                                       <<Gustavo Gasparani>>

A montagem de Fernando Philbert inspirada no texto ”Como não posso não ser Montgomery Clift?, do dramaturgo espanhol Alberto Conejero López, insere o espectador na vida do ator americano Montgomery Clift, que decidido a abandonar a carreira cinematográfica e o assédio dos meios de comunicação, enfrenta o passado e suas consequências no presente: o acidente de carro (que desfigurou seu rosto), o desejo sexual conflituoso e sua relação difícil com os colegas de profissão.

As apresentações acontecem na estreia da próxima 5ª feira (20/10/2022) com temporada até 12 de novembro, de 5ª feira a sábado, no auditório do Sesc Pinheiros.  Em cena, Gustavo Gasparani(Cia dos Atores) mergulha no “ imenso universo de um ator em suas batalhas, derrotas, persistência e vitórias, como é na vida ”, conta Fernando Philbert, diretor do espetáculo.

E acrescenta: “o fato para mim neste texto é ser um ator em sua luta consigo mesmo para ser de verdade, não servindo a um sistema ou rótulos. Isto me encantou. É uma peça de teatro para um ator feito nas tábuas do palco. A força deste projeto está no coração do ator. É um espetáculo construído no mergulho vertical, profundo da construção de presente, passado e vislumbrar o possível futuro de um homem diante de seu próprio precipício que são seus desejos mais sinceros e lutar por eles”.

Montgomery

O processo de construção do personagem de Gustavo é baseado a partir de acontecimentos reais da vida de Montgomery. “Não faço uma imitação de voz e trejeitos. Mergulho na atmosfera desses eventos e situações e, daí, surge o Monty da peça: um homem intenso e sensível, que terá que se redescobrir e se ressignificar após o acidente que transformou a sua vida” completaGasparani.

A peça apresenta o universo do ator americano Montgomery Clift(17 de outubro de 1920, Nebraska, – 23 de julho de 1966, Nova York), trazendo o acidente de carro que sofreu, sua solidão, sua relação conflituosa com a mãe e a tentativa de montar a peça de Tchekhov, A Gaivota, com Elizabeth Taylor, como Nina, e Clift, como Treplév.

Gasparani finaliza: “é sobre esse ser humano em torno do seu precipício que trata a nossa peça. O que vemos em cena é um homem tentando escapar do seu naufrágio, do seu abismo, tendo a paixão pelo seu ofício como maior aliada”.

Sobre Gustavo Gasparani  ==  Ator, autor, diretor, produtor e escritor, com formação em canto e dança. Gustavo Gasparani iniciou sua trajetória em 1982 no TACA – Teatro Amador do Colégio Andrews, dirigido por Miguel Falabella e neste ano completa 40 anos de carreira teatral, trazendo na bagagem vários espetáculos que escreveu, atuou, dirigiu e produziu e pelos quais ganhou muitos, muitos prêmios. Ao longo desses anos, Gasparani participou de mais 60 espetáculos teatrais, fundou uma das companhias de teatro mais importantes do país – a Cia dos Atores, dirigiu shows com grandes nomes da MPB e escreveu e produziu espetáculos musicais premiados da cena teatral contemporânea.

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Ficha Técnica

Texto: Alberto Conejero López / Tradução: Fernando Yamamoto / Direção: Fernando Philbert / Atuação: Gustavo Gasparani / Cenário: Natália Lana  / Figurino: Marieta Spada / Visagismo: Márcio Mello / Iluminação: Vilmar Oslós / Trilha: Marcelo Alonso Neves / Programação Visual: Mary Paz / Assessoria de Imprensa: Morente Forte Comunicações / Pré-Produção: Celso Lemos  / Direção de Produção: Fabricio Polido  /Realização: Coisas Nossas Produções Artísticas e SESC.

Serviço

Como posso não ser Montgomery Clift?

  • Gênero: monólogo
  • Duração: 70 minutos
  • Recomendação: 16 anos
  • Local: Sesc Pinheiros
  • Endereço: Rua Paes Leme, 195 – Auditório / 3º andar (98 lugares)
  • Transporte público: Metrô Faria Lima – 500m / Estação Pinheiros – 800m
  • Informações: 3095.9400
  • Bilheteria: 3a.feira a sábado das 10 às 21h. Domingos e feriados das 10 às 18h.
  • Preço único: R$ 12 (credencial plena do Sesc) e R$ 18 (não credenciados).R$  9 (credencial plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
  • Ingressos: R$ 30(inteira) e R$ 15 (meia-entrada: estudante, servidor de escola pública, +60 anos, aposentado e pessoa com deficiência)
  • Ingressos à venda pelo Portal:  sescsp.org.br.
  • Estacionamento com manobrista: 3a. a 6a. feira, das 7 às 21h30; Sábado, das 10 às 21h30; domingo e feriado, das 10 às 18h30.

<<Com apoio de informações/fonte: Morente Forte Comunicações / Beth Gallo >>

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