greve
- Tribunal Regional do Trabalho (TRT) terá audiência de conciliação entre sindicato dos motoristas e empresas, nesta 4a. feira (05/06/2024); e
- Reunião foi agendada após ação da Prefeitura de SP pedindo 100% da frota nos horários de pico em caso de greve no sistema de ônibus, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região determinou a realização de uma audiência de de conciliação, com urgência, nesta 4ª feira (04/06/2024), às 16 horas, entre o Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimotoristas) e o SPUrbanuss (sindicato patronal) para buscar um acordo entre as partes e evitar a deflagração da greve prevista para 6a.feira (07/06/2024).
A reunião foi marcada após a Prefeitura de São Paulo entrar com uma ação no TRT solicitando que 100% da frota seja mantida nos horários de pico e ao menos 80% dos ônibus atendam à população nos demais horários.
Na ação, ingressada pela SPTrans, gestora do sistema municipal, e pela Procuradoria Geral do Município, foi solicitada, em caso de descumprimento, multa diária de R$ 1 milhão, tanto na greve prevista para a 6a. feira quanto para os demais dias em que sucederem em paralisação.
Na decisão, o desembargador Davi Furtado Meirelles afirmou que o pedido de tutela antecipada da Prefeitura de São Paulo será apreciado no final da audiência. <<Com apoio der informações em nota oficial / fonte: Secretsaria Especial de Comunicação/Secom – PMSP >>
Motoristas ameaçam greve na 6a. feira
Mais de 4 mil trabalhadores de todas as garagens atenderam ao chamamento da direção do Sindimotoristas – SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) e participaram da Assembleia Geral, na 2a. feira passada (03/06/2024), em frente ao prédio da Prefeitura Municipal, onde aprovaram por unanimidade a advertência de Greve Geral na próxima 6a. feira (07/06/2024) a partir da zero hora em todas as garagens do sistema.
A medida foi tomada em virtude do impasse estabelecido pelo setor patronal nas negociações. Segundo o sindicato dos motoristas, ´´há 45 dias tentou o caminho do diálogo para resolver esta questão, e tudo o que os patrões ofereceram foram pautas sem impacto econômico. Reajuste e outros benefícios importantes sequer foram discutidos”.
Reivindicações
A direção do Sindicato pede reajuste de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Os patrões acenaram com apenas 2,77% e composição da diferença pelo Salariômetro (índice medido pela FIPE) em setembro, que já foi rejeitada em assembleia.
Outras reivindicações não tiveram nenhuma contraproposta por parte do setor patronal. Entre elas estão Participação nos Lucros e Resultados (PLR), reajuste do ticket para 38 reais, cesta básica com produtos de qualidade e fim do termo SIMILAR, reajuste de 17% no seguro de vida e cobertura de 10 salários mínimos em respeito a lei 12.619 (lei do motorista), melhoria nos convênios médico e odontológico, jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 mais 30 minutos de descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas e 1 hora remunerada, auxílio funeral com revisão dos valores e cartão para uso em necessidade.
No aguardo de contraproposta, o sindicato dos motoristas informou que vai publicaria o edital de convocação da Greve Geral e com divulgação , na 3a. feira (04), em jornal de grande circulação, e comunicação por ofício à Prefeitura de São Paulo, SPTrans e demais órgãos sobre a decisão dos trabalhadores.
No período antes da deflagração do movimento paredista nas garagens, a direção do Sindicato dos Motoristas aguardará um posicionamento efetivo do setor patronal para uma vez mais reabrir as negociações e chegar a um acordo para a categoria, que faz mais de quatro anos que sofre com perdas em seus benefícios.
Logo após a assembleia geral, representantes da diretoria do Sindicato dos Motoristas reuniram-se com o secretário-adjunto da Casa Civil da prefeitura, Milton Alves, e o vereador Nunes Peixeiro, onde expuseram as dificuldades nas negociações. O secretário, pessoalmente, se comprometeu a discutir a questão das multas do RESAM junto à SPTrans no sentido de achar uma solução que pare de prejudicar os trabalhadores com excesso de infrações.
Nesta 3a. feira (04/06/2024), os membros da diretoria do Sindicato dos Motoristas, representantes da Comissão de Negociação, delegados e lideranças se reunirão no auditório do sindicato para fazer mais uma rodada de avaliação das lutas, organização para a greve e mobilização dos trabalhadores nas bases.
<<Com apoio de informações/fonte: Assessoria de Imprensa – Sindimotoristas >>