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Moradores no Jaçanã/Tremembé cobram fiscalização e segurança em obra da Cohab

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Os moradores da Rua Lamarão, na região da Subprefeitura de Jaçanã/Tremembé, em São Paulo, enfrentam sérios transtornos devido às obras do empreendimento “Pode Entrar“, da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo Cohab-SP — que é uma empresa pública da Prefeitura de São Paulo, que atua na construção de moradias para a população de baixa renda. 

Os prédios no Conjunto Habitacional Sonda B estão programados para receber 180 unidades habitacionais, em área total de 4.675,95 m², distribuídas em 13 blocos de térreo + quatro andares, que teve a assinatura no local em 2011 na gestão do ex-prefeito Bruno Covas e o ex-presidente da Cohab-SP era Edson Aparecido.

Somente em julho de 2024 as obras tiveram início no local, com a construção pela Terra Nova Engenharia e Construções e tendo com engenheiro responsável Miguel da Silva Santos (Crea n.º 260.363.3906), com apoio da Associação dos Sem Terra da Zona Norte. As obras tiveram início em julho de 2024, com prazo de 18 meses, ou seja o término está previsto para janeiro de 2026.

A comunidade denuncia problemas como buracos na via, dificuldade na circulação de veículos, excesso de poeira em tempos secos e lama nos dias chuvosos. Além do incômodo diário, esses fatores comprometem a qualidade de vida e a segurança da população local.

Cohab Segurança Obra
Mapa – proximidade da Creche com o prédio
Crianças correm riscos

A situação mais preocupante ocorre em frente à creche municipal localizada na região — Centro de Educacional Infantil (CEI)  Cohab Sonda II Rose Vazelin, mais de 100 crianças sem contar os funcionários e educadores. A poeira gerada pela obra afeta diretamente as crianças, levantando preocupações sobre os impactos à saúde.

Segundo relatos de pais e funcionários da unidade, muitas crianças têm apresentado sintomas de alergia e problemas respiratórios devido à exposição constante à poeira. O acúmulo de sujeira também compromete o ambiente escolar, exigindo limpezas frequentes para minimizar os impactos.

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Sem calçadas

Além disso, o bloqueio da calçada da Avenida Sanatório com tapumes obriga pedestres, incluindo idosos e crianças, a caminhar pela rua, aumentando os riscos de atropelamentos e outros acidentes.

A ausência de alternativas seguras para a circulação é uma das principais reclamações da comunidade, que exige uma solução imediata das autoridades. Moradores relatam que motoristas frequentemente precisam reduzir a velocidade para evitar atropelamentos, tornando o trânsito ainda mais complicado.

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Perigo nas cabeças

Outro problema apontado é a falta de medidas de segurança na construção. A ausência de redes protetoras expõe pedestres ao perigo de queda de materiais, agravando os riscos para quem circula na região.

Especialistas alertam que obras desse porte devem seguir normas rigorosas para evitar acidentes. A falta dessas precauções pode resultar em ocorrências graves, como ferimentos e até fatalidades. Além disso, há preocupação com o barulho excessivo da construção, que prejudica a rotina de moradores e o aprendizado das crianças na creche.

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Onde está a fiscalização?

Diante dos impactos, os moradores exigem fiscalização rigorosa da Prefeitura de São Paulo, com serviços eficientes de fiscalização da Subprefeitura Jaçanã/Tremembé, para garantir que a empresa responsável cumpra medidas de segurança e mitigação de danos. Entre as principais reivindicações da comunidade estão:

  1. Vistoria e fiscalização da obra, assegurando que as normas de segurança e medidas de controle de impacto sejam cumpridas;
  2. Recuperação da Rua Lamarão, garantindo trafegabilidade adequada e prevenindo novos danos;
  3. Redução da poeira e da lama, especialmente em frente à creche municipal, para evitar danos à saúde;
  4. Garantia de acessibilidade aos pedestres, com liberação da calçada ou criação de passagem segura;
  5. Implementação de medidas de segurança, incluindo redes protetoras para evitar a queda de materiais e outros riscos estruturais;
  6. Criação de um canal de comunicação entre moradores e responsáveis pela obra, permitindo que reclamações e sugestões sejam tratadas de forma mais ágil; e
  7. Redução do ruído da obra, com medidas que minimizem o impacto sonoro para os moradores e a creche.

Os moradores também reivindicam maior transparência por parte da Cohab e da Prefeitura de São Paulo com s Subprefeitura Jaçanã/Tremembé sobre os impactos e o cronograma da obra. Eles temem que, sem a devida fiscalização, os problemas se agravem e coloquem ainda mais vidas em risco. Além disso, pedem que sejam aplicadas multas e penalidades caso a empresa não cumpra as exigências de segurança e infraestrutura.

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