- Os “Steps” atrasados do metroviários significam a progressão salarial nos últimos 12 meses da categoria;
- Se não houver retorno da direção do Metrô, a greve pode ser deflagrada em 14/03;
- O Conpresp ainda não decidiu sobre o tombamento da sede dos Sindicato
Com reivindicações dos Steps atrasados, a Companhia do Metropolitano de São Paulo não apresentou valor e data de pagamento para o abono, os metroviários em assembleia da categoria, nesta 4a.feira (01/03/2023), decidiu greve daqui duas semanas — em 14/03/2023 (3ª.feira).
No dia anterior (13/03) haverá uma assembleia presencial e online para decisão final da categoria. Durante o encontro destas 4a.feira, foram votadas várias ações para pressionar o Metrô e o governo estadual.
Em uma reunião realizada na 3ª.feira passada (28/02/2023), a Companhia do Metropolitano de São Paulo afirmou que tem verba destinada para o pagamento do abono, mas que precisa de autorização do governo para efetuar o pagamento. Declarou que enviou ofício à Secretaria Estadual da Fazenda, mas ainda não recebeu resposta.
Com relação à PR 2023, segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo, serão abertas as negociações. Uma reunião específica será marcada para tratar das demissões por aposentadoria especial e das demissões de 2019.
Segundo o Sindicato dos Metroviários, ´´graças à mobilização da categoria, os Steps foram pagos em 28/2. O Sindicato dos Metroviários apurou que 86 pessoas não receberam a correção dos Steps e vai encaminhar a lista para a empresa resolver essas pendências. Todos que têm direito ao Step de 2022 receberão em 31 de julho de 2023.
Ainda no comunicado do sindicato, a informação que as assembleias realizadas entre 28/2 e 1º/3 referendaram a decisão dos metroviários do Centro de Controle Operacional (CCO) de manter a retirada de uniforme na luta pela periculosidade e votou outras atividades para pressionar a empresa e o governo a pagar o abono.
Decisões firmadas na assembleia de 01/03/2023:
- Continua o uso do bóton;
- 08/03/2023 (4a.feira): participação no Dia Internacional de Luta das Mulheres, a partir das 17h30, no Masp (Av. Paulista);
- 09/03/2023 (5a.feira): ato em frente à Secretaria Estadual da Fazenda;
- 09/03/2023 (5a.feira): retirada de uniforme na Estação e Tráfego; e
- Assembleia em 13/03/2023, com indicativo de greve no dia seguinte.
O tombamento da sede
A reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) — um conselho vinculado à Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de SP — , realizada na tarde de 2a.feira passada (27/02/2023) adiou novamente a decisão sobre o tombamento da sede do Sindicato dos Metroviários, no Tatuape (Zona Leste).
Um conselheiro pediu vistas ao processo, o que foi aceito pelo Conpresp. Com isso, o assunto voltará a ser discutido em 15 dias, em nova reunião no dia 13/03/2022. O Sindicato dos Metroviários continua buscando apoios políticos na luta pelo tombamento e participará da próxima reunião.
A conselheira Eneida de Almeida votou pelo tombamento da sede. Ela ressaltou a importância de se tombar o prédio pelo seu vínculo com a implantação da Linha 3-Vermelha e também pela “preservação da memória do trabalho e do trabalhador”.
Também argumentou sobre a relevância e representatividade do Sindicato dos Metroviários, pelo “papel político da entidade sindical em evitar o apagamento da memória”.
Já o conselheiro Wilson Levy votou contra o tombamento da sede. Diante das opiniões divergentes apresentadas, o conselheiro Rubens Elias Filho pediu à direção do Conpresp vistas ao processo. Como o pedido foi aceito, o tema voltará a ser discutido na próxima reunião do Conpresp.
<<Com apoio de informações/fonte: Imprensa-Sindicato dos Metroviários/ Alex Fernandes >>