Medicamentos
- O reajuste é anual e vai impactar 13 mil remédios comercializados no país
A partir de 1º de abril, o preço dos remédios sofrerá um reajuste em torno de 10,89% nas farmácias. O aumento se aproxima à inflação registrada em 2021, que ficou em 10,06%.
O reajuste, que é anual e leva em conta a inflação e outros indicadores do setor farmacêutico, deve atingir cerca de 13 mil medicamentos comercializados no Brasil. Apenas como informação, a carga tributária brasileira para medicamentos chega a 32%.
Desde 2003, quem autoriza o reajuste de preços é a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) – órgão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Em nota, o Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), informa que “o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”.
O presidente executivo do sindicato, Nelson Mussolini, destaca que, “dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer”.
O IDEC formulou a campanha Remédio a preço justo para que o assunto seja tratado de maneira diferente do que é hoje em dia. A campanha pede que um Projeto de Lei apresentado pelo Senador Fabiano Contarato (PT-ES) sobre a regulação do preço dos medicamentos seja aprovado pelo Congresso Nacional, levando em conta quatro pontos:
- Preço justo para a população;
- Sustentabilidade do mercado;
- Transparência da indústria farmacêutica;
- Participação social na CMED.
<com apoio de informações: Imprensa IDEC>