A desigualdade na saúde pública em São Paulo é um dos desafios mais alarmantes da capital. O Mapa da Desigualdade, divulgado pelo Instituto Cidades Sustentáveis e pela Rede Nossa São Paulo (RNSP), revela como o endereço pode definir a qualidade e o acesso aos serviços de saúde.
Enquanto moradores de bairros nobres contam com melhores condições, regiões periféricas sofrem com falta de infraestrutura e demora no atendimento.
Os dados mostram que os distritos da Zona Norte e Leste têm os piores índices, refletindo a carência de investimentos e a dificuldade de acesso à saúde. Em contrapartida, bairros como Itaim Bibi, Pinheiros e Moema lideram o ranking dos melhores indicadores, evidenciando a desigualdade na distribuição dos recursos.
Ranking da saúde do Mapa da Desigualdade 2024
Distritos com os melhores índices de saúde:
- Itaim Bibi – 81,71Pinheiros – 81,71
- Moema – 81,43
- Perdizes – 77,86
- Vila Andrade – 77,71
Distritos com os piores índices de saúde: 87. Guaianases – 48,71 88. Vila Guilherme – 48,57 89. Freguesia do Ó – 48,14 90. Jaçanã – 46,43 91. Itaquera – 46,29
Segundo Igor Pantoja, coordenador de relações institucionais da Rede Nossa São Paulo, alguns territórios permanecem invisibilizados, como o Pari, que ocupa a última posição, mesmo estando na região central. O Centro também abriga uma grande população imigrante, frequentemente desassistida.
Indicadores de saúde avaliados O levantamento considerou sete indicadores fundamentais:
- Idade média ao morrer: Menor no distrito Anhanguera (58 anos) e maior em Alto de Pinheiros (82 anos).
- Gravidez na adolescência: Maior incidência em Parelheiros (11,26%) e menor em Alto de Pinheiros (0%).
- Mortalidade materna: Vila Guilherme registra o maior índice (201,9).
- Mortalidade infantil: Jaguara apresenta a menor taxa (0), enquanto Guaianases tem a maior (28).
- Tempo de espera para consulta: Na República, a espera é zero dias; em Cidade Líder, chega a 39 dias.
- Incidência de dengue: Jaguara lidera com 589 casos por 100 mil habitantes.
- Mortalidade por doenças respiratórias: O Pari tem o maior índice (159,3 por 100 mil habitantes).
Os dados expõem a urgência de políticas públicas para reduzir a desigualdade na saúde e garantir acesso digno a todos os paulistanos.
<<Com apoio de informações/fonte: Assessoria Imprensa Rede Nossa São Paulo>>