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- O movimento de 32 dias enfrentou o medo da pandemia e do desemprego; e
- Trabalhadoras terceirizadas da LG Eletronics em fábricas na região.
Estas trabalhadoras, terceirizadas pela LG Eletronics, atuavam nas fábricas Blue Tech e 3C, em Caçapava, e Sun Tech, em São José dos Campos. Essa significativa mobilização ocorreu em 2021, durante o auge da pandemia e em meio a uma severa crise de desemprego.
O relato em 215 páginas dessa saga de luta foi capturado no livro “Feita por elas, narrada por elas — a greve das operárias terceirizadas da LG”, lançado oficialmente pela Editora Sundermann e em 11 de agosto, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
As autoras do livro, Ana Paula Santana de Souza e Érika Andreassy, ambas pesquisadoras do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese), dedicaram um ano à coleta de informações junto às próprias operárias, transformando suas vozes em narrativa.
O cenário
A paralisação das 430 operárias teve início em 6 de abril de 2021, um dia após a LG anunciar oficialmente sua saída do mercado de celulares e, consequentemente, o fechamento da fábrica em Taubaté (SP).
Nesse contexto, o desemprego atingia fortemente as mulheres no Brasil, com 96,2% dos postos de trabalho encerrados no ano anterior (2020) pertencendo a mulheres, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Nas fábricas terceirizadas da LG, o quadro de funcionários era composto por 90% de mulheres, muitas delas chefes de família e mães solo. A luta contra as demissões, portanto, se tornou uma batalha pela subsistência.
A greve se estendeu por 32 dias, inicialmente em defesa dos empregos. Com o fechamento das fábricas inevitável, a pauta mudou para a busca por indenização social. A greve encerrou quando as montadoras concordaram em pagar 90% do valor que a LG oferecia às trabalhadoras diretas.
Histórias de luta
No livro “Feita por elas, narrada por elas“, sete operárias compartilham suas histórias, abordando as condições de trabalho durante a pandemia e os aprendizados obtidos com a mobilização.
Aline Bernardo dos Santos, diretora do Sindicato e funcionária da Sun Tech, relata que durante a greve algumas mães economizavam parte de suas refeições dos piquetes para seus filhos, uma vez que escolas e creches estavam fechadas e a merenda escolar era inacessível.
Apesar das adversidades, essas mulheres saíram vitoriosas e entraram para a história da luta operária na região.
- Livro:“Feita por elas, narrada por elas – a greve das operárias terceirizadas da LG”.
- Editora: Sundermann
- Páginas: 210
- Onde comprar: Sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
- Telefone: (12) 3946.5333 / 5315
- WhatsApp: (12) 9.9158.9058 (Weller)
- E-mail: [email protected]
- Preço: R$ 20 + taxas Correios
<<Com apoio de informações/fonte: Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos de SJCampos e Região>>
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