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- Pesquisa, revela que consumir leite durante o café da manhã reduz a glicose no sangue mesmo após o almoço
- Os cuidados com os pés do diabético exige atenção e cuidados especiais
Com frequência ouvimos de muita gente, dos nossos avós especialmente, que um leitinho pela manhã sempre cai bem. Pois bem, a sabedoria popular é mais uma vez comprovada pela ciência. Um estudo realizado por cientistas canadenses da Unidade de Pesquisas Nutracêuticas Humanas da Universidade de Guelph, com colaboração da Universidade de Toronto, demonstrou que consumir leite durante o café da manhã, mesmo com alimentos ricos em carboidratos, reduz a glicose no sangue mesmo após o almoço.
Neste 14 de novembro, Dia do Combate à Diabetes, a notícia é ainda mais importante para uma população de 16,8 milhões de brasileiros adultos (20 a 79 anos) que sofrem de diabetes tipo 2. Segundo dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), somos o 5º país em incidência da doença no mundo, perdemos apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
De acordo com a endocrinologista Pryscilla Moreira, da Órion Complex, um dos grandes desafios do paciente com diabetes é justamente combater esse desequilíbrio do metabolismo da glicose, que é, a grosso modo, a quantidade de açúcar no sangue. “Quando o paciente com diabetes tem uma alimentação descontrolada, no que diz respeito ao açúcar, ele tem uma piora desses níveis glicêmicos, e portanto, uma piora no controle da doença”, explica a médica.
A especialista afirma que uma das melhores maneiras para se controlar a diabetes é por meio de uma dieta saudável e sem excessos. “Quando o paciente consegue controlar a glicose por meio da alimentação, é possível diminuir a quantidade de medicação, reduzir significamente o tempo de evolução de piora da doença e diminuir os efeitos das complicações que podem aparecer”.
E a especialista acrescenta que “quando falamos em controlar a glicose, não estamos falando só do consumo de doces e açúcar, mas principalmente do carboidrato presente uma série de alimentos como frutas, verduras, nos alimentos com base em farinhas brancas, pois estes sim, quando não controlados corretamente, são os grandes vilões do paciente com diabetes”. <<Com apoio de informações/fonte: Comunicação Sem Fronteiras/Raquel Pinho e equipe>>
Os cuidados com os pés
Normalmente, a neuropatia surge quando o indivíduo já possui o quadro de diabetes e não nota o aparecimento de úlceras, calosidades ou lesões nos pés. Aproximadamente 20% das internações de diabéticos são decorrentes de lesões nos membros inferiores. Os pacientes apresentam uma incidência anual de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida.
Segundo o angiologista, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Nelson De Luccia, o pé de Charcot, neuroartropatia também relacionada ao diabetes, é outra condição que pode gerar deformidades articulares e consequências graves. leite
“Este quadro variado, que pode acometer os pés dos diabéticos, explica a dificuldade da compreensão e manejo desta situação. Muitos, por desconhecimento ou simplificação, acreditam que o pé diabético se aplica apenas às condições infecciosas decorrentes da neuropatia, o que atrapalha, confunde e retarda o tratamento adequado”, explica o especialista que também é professor da disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Faculdade de Medicina da USP.
O reconhecimento do pé do paciente diabético começa com o próprio diagnóstico do diabetes, que pode ser do tipo I ou II. Dr. Nelson De Luccia esclarece que muitas vezes as manifestações nos pés precedem o diagnóstico do diabetes sistêmico.
E quando já existe histórico de ulceração prévia tratada ou deformidades, e a pré-existência da neuropatia, recomenda-se a confecção de calçados customizados. “Em lesões cutâneas abertas, os calçados especiais desempenham papel coadjuvante, auxiliando no alívio de carga e na criação de espaços adequados para o manejo de curativos”, declara o cirurgião vascular.
Nelson De Luccia também analisa que a identificação da neuropatia é importante para profissionais que se dedicam ao cuidado de unhas e calosidades, já que na ausência da dor referida pelo paciente, lesões podem ser provocadas pelo manuseio inadequado. <<Com apoio de informações/fonte: Way Comunicações / Bete Faria Nicastro – Elenice Cóstola >>