bets
da Redação DiárioZonaNorte
Estudo divulgado pelo Banco Itaú, por meio de seu Departamento de Análises Econômicas – em agosto de 2024, estima que os brasileiros gastam 24 bilhões em apostas online ao ano.
Lembramos que as apostas e jogos online – as chamadas bets – foram legalizadas no ano de 2018, regulamentadas em dezembro de 2023 e sua implementação ocorrerá, efetivamente, a partir de janeiro de 2025 – quando esta “bets” precisarão ter escritórios no Brasil e deverão ter autorização do Ministério da Fazenda para operar por aqui.
De acordo com os economistas Luiz Cherman e Pedro Duarte, que assinam o estudo, foram utilizados “dois métodos para estimar o tamanho atual do mercado brasileiro de apostas e jogos online. A partir do balanço de pagamentos, estimamos o gasto líquido com apostas em 24 bilhões de reais por ano. Com base nas despesas do setor de apostas com marketing, avaliamos que a receita anual do setor está entre 8 e 20 bilhões de reais, com valor mediano de 12 bilhões”.
A percepção dos gastos dos brasileiros com apostas on-line, foi possível porque o Banco Central, em janeiro de 2023, passou a contabilizar internamente as transações do setor de jogos e apostas em duas rubricas (espécie de contas).
PIB
O pagamento da aposta entra na rubrica “Serviços recreativos, relacionados ao patrimônio histórico e cultural e outros serviços pessoais”. Já o pagamento dos prêmios aos apostadores, passou a ser contabilizados na rubrica “Renda secundária – Outras transferências”. Desta forma, os valores ganharam visibilidade.
Quando somamos as taxas (pagas pelos apostadores – portanto saídas) e os prêmios (entradas líquidas) o valor total no acumulado de doze meses até junho é de R$ 23,9 bilhões. O resultado da soma equivale a 0,2% do PIB brasileiro, 0,3% do consumo total e 1,9% da massa salarial.
Bets disputam espaço com o consumo?
O Brasil está ente os países que mais acessam plataformas de jogos online. Economistas e consultorias passaram a questionar até que ponto, as apostas disputam espaço com o consumo de bens e impactam no varejo.
O estudo do Banco Itaú não apoia esta hipótese e afirma que as vendas do varejo, dentro do cenário econômico, estão dentro do esperado. E que o “desempenho aquém do esperado é de que os consumidores têm gasto cada vez mais com apostas on-line, e reduzido seu consumo de bens. Nossos modelos não apoiam esta hipótese. As vendas no varejo têm apresentado resultados dentro do esperado. Nosso modelo macroeconômico para as vendas no varejo baseia-se em quatro variáveis: renda, crédito, confiança do consumidor e poupança . Não identificamos aumento no erro de projeção com base nas variáveis macroeconômicas”.