frutas
Mais de 300 profissionais da cadeia de produtos frescos participaram no último dia 05 de dezembro do encontro de fim de ano da International Fresh Produce Association – IFPA, entidade mundial que representa setor de frutas, flores, legumes e verduras, que analisou o balanço de 2023 e discutiu as oportunidades para 2024.
De modo geral, o ano termina com o setor otimista com os números do mercado interno, o aumento das exportações da fruticultura e o enfrentamento dos impactos climáticos.
Líderes do setor de FFLV traçaram um balanço positivo: Antonio Carlos Rodrigues, diretor região sudeste do IBRAFLOR e presidente do CEAFLOR, disse que o setor fecha o ano com 8% de crescimento.
Já o presidente da CNEVeg e conselheiro da Ibrahort, Paulo Schincariol, disse que o segmento de hortaliças ainda não recuperou os índices pré-pandemia e que os problemas climáticos impactaram significativamente o preço ao consumidor de alguns produtos, como brócolis e alface, mas há muitas oportunidades para nichos como saladas prontas e desenvolvimento de áreas de produção em microclimas no Nordeste e no Cerrado.
Consumo tende a aumentar
O CEPEA, que analisa 1200 produtores de 13 cadeias de hortaliças, apresentou um desenho das tendências bem positivo. Margarete Boteon, da Esalq/USP e diretora do CEPEA, acredita que até 2027 o consumo de produtos frescos será “modesto”, com 2% a 3% de crescimento por ano e estabilidade em culturas tradicionais como batata, tomate, banana e folhagens.
Mas, os dados mostram que o consumidor tem buscado um prato mais diversificado, incluindo o consumo de novos produtos e marcas de FLV, que permitem um melhor ganho de valor ao produtor. O consumo de HF processados vai crescer, como batata pré-frita e polpa de tomate.
“Temos hortifrutis para abastecer o Brasil e o mundo. Esse ano batemos o recorde de exportação de frutas, melhoramos a logística e retomamos a área de cultivo de 2019. Os impactos do El Niño e das mudanças climáticas serão um desafio para o verão das hortaliças, mas a previsão para o primeiro semestre de 2024 é manter exportação boa e a estabilidade de área de cultivo in natura”, analisa a diretora do CEPEA.
Marcio Milan, VP da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS, acredita que esse é o melhor momento para o FFLV e é preciso surfar essa onda. “O consumidor ficou atento à segurança do alimento, escolhe produtos diversificados e os supermercados investiram em áreas de produtos frescos mais atraentes. Se só 22% dos brasileiros consomem os 400g diários de FLV indicados pela FAO, existe uma imensa oportunidade de crescimento. Na COP28 discute-se a inclusão da alimentação com menor pegada de carbono e mudanças nos sistemas alimentares. Precisamos aproveitar essa oportunidade para criar campanhas de alimentação saudável e benefícios do FLV”, provoca o executivo da ABRAS.
Reforma Tributária é a preocupação para 2024
Um dos gargalos para toda cadeia de produtos frescos será entender os impactos da Reforma Tributária. A preocupação é apreciar o texto base que será aprovado no Congresso e propor, em 2024, Leis Complementares que mantenham a isenção de tributação dos produtos da cesta básica e até a diminuição de produtos essenciais para a alimentação da população.
“Estamos atentos à proposta de cesta estendida, do cashback e quem vai pagar a conta das isenções. O varejo acompanha e trabalha em esclarecer no Congresso nossas sugestões que não prejudiquem o consumidor, quem produz e quem vende alimentos essenciais”, explicou Marcio Milan.
Informação e Planejamento
Para a IFPA, oferecer um fórum para avaliar o momento macroeconômico e as tendências para o próximo ano, propicia ao associado uma oportunidade de traçar planejamentos mais estruturados.
“Nosso propósito é dar conhecimento, promover campanhas de incentivo ao consumo e gerar um ambiente de negócios próspero que beneficie toda a cadeia: da sementeira ao varejo, do produtor ao distribuidor, da embalagem aos treinamentos para vender mais e melhor. Somos empresas à céu aberto, sofremos impactos ambientais, geramos milhões de empregos e temos o privilégio de produzir comida de verdade, que está no prato do cidadão diariamente de forma segura e de qualidade. 2024 será um ano de muito trabalho para aumentar o consumo de FFLV”, diz Valeska de Oliveira Ciré, gestora da IFPA no Brasil.
A IFPA fecha o ano com 125 empresas associadas, oito campanhas de sazonalidade, mais de 30 workshops para o varejo, uma performance excelente do The Brazil Conference – a feira de negócios que reuniu 2.500 profissionais do setor, entre associados e convidados, que rendeu R$ 140 milhões como estimativa de negócios gerados.
Sobre a International Fresh Produce Association (IFPA)
A International Fresh Produce Association (IFPA) é a maior e mais diversificada associação internacional que atende toda a cadeia de abastecimento de produtos frescos e flores, integra de forma contínua a defesa de interesses voltados para o mundo e o suporte voltado para a indústria.
Tem como propósito unir a indústria e criar um futuro vibrante para todos. Impulsionando a prosperidade de seus membros por meio de atividades de defesa de interesses, conexão de pessoas e ideias, e oferecendo orientação que permite que a entidade aja com propósito e confiança.
<com apoio de informações Vera Moreira Comunicação>
frutas, frutas, frutas, frutas