- O programa “Jovem Guarda” surgiu na Tv Record para cobrir o horário das transmissões ´ao vivo´ de futebol, já foram proibidas;
- O programa foi uma criação da agência de propaganda Magaldi, Maia e Prosperi para a grade de programação da emissora;
- O “Jovem Guarda” chegou a atingir 3 milhões de espectadores só em São Paulo – fora várias capitais para onde chegava em gravação; e
- Em 18 de janeiro de 1968, o “Rei” Roberto Carlos deixa o comando do programa; após pouco tempo, a Tv Record tirou o “Jovem Guarda” do ar e da programação.
Nos agitados anos 60, a Jovem Guarda chegou com tudo, embalando a juventude brasileira ao som do rock nacional e lançando moda, gírias e atitude. Era um tempo de “papo firme”, onde a galera desfilava com a melhor “beca“, sempre buscando ser “boapinta“. Nas letras das músicas e no dia a dia, expressões como “é uma brasa, mora?” mostravam o entusiasmo de uma geração que queria viver intensamente.
Comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, o movimento virou febre, deixando uma marca inesquecível na cultura nacional. Entre shows e programas de TV, a Jovem Guarda foi puro “barra limpa”, transformando para sempre o cenário musical do Brasil.
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No embalos da Jovem Guarda
O ano de 2025 marca o aniversário de 60 anos da Jovem. Recordando essa a data, o Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugura a exposição “Jovem Guarda 60 anos”, com álbuns, pôsteres, fotografias, capas de revistas, matérias de jornais e itens pessoais de membros de um dos movimentos de maior impacto na cultura brasileira
Com curadoria de André Sturm, diretor-geral do MIS, a mostra contará com diversos álbuns, pôsteres, fotografias, capas de revistas, matérias de jornais e itens pessoais de alguns membros do movimento. Os ingressos valem também para visitar a exposição “Ney Matogrosso”, que estará em cartaz no mesmo período.
Ao longo do percurso da exposição, dividida em sete espaços, o visitante poderá ver itens raros, como o disco lançado por Roberto Carlos com o primeiro hit assumidamente rock ‘n roll “Splish Splash”.
Roberto Carlos nas telonas
A mostra traz ainda trechos em vídeo e cartazes dos filmes da época, responsáveis por reforçar a estética geral do movimento, como a trilogia composta por “Roberto Carlos em ritmo de aventura” (1968), “Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa” (1970) e “Roberto Carlos a 300km por hora” (1971), dirigidos por Roberto Farias.
Trechos de entrevistas exclusivas concedidas ao programa de depoimentos Notas Contemporâneas do MIS, ao longo de mais de dez anos, também integram as galerias, com nomes como Martinha, Eduardo Araújo, Sérgio Reis, Jerry Adriani, Wanderléa e Luiz Ayrão — entre outros.
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O acervo guardado
A exposição é pautada na coleção do jornalista Washington Morais, um grande entusiasta do tema e detentor de um dos maiores acervos privados do Brasil sobre o período. Ao longo dos últimos 30 anos, ele foi responsável por conectar todos os personagens envolvidos na produção musical das décadas de 1950, 1960 e 1970.
O jornalista e fã da Jovem Guarda apurou com artistas, produtores e empresários todos os detalhes da fase, fazendo uma expressiva arqueologia histórico-social do movimento de música jovem no Brasil e no mundo.
Conduzido por Wanderléa, Erasmo Carlos e Roberto Carlos, o programa Jovem Guarda estreou na TV Record em 22 de agosto de 1965. Ao longo dos anos em que ficou no ar, recebeu centenas de artistas, músicos, bandas e intérpretes de todo o Brasil, tendo em comum sua energia radiante e uma comunicação direta com a juventude nacional.
O movimento foi muito maior que o programa de televisão e pautou costumes, hábitos, moda e até uma linguagem própria, rapidamente absorvida e disseminada, com presença até hoje.
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Serviço
- Local: Museu da Imagem e do Som – MIS
- Endereço: Av. Europa, 158, Jardim Europa, SP
- Data: a partir de 27 de fevereiro – 5a.feira.
- Horários: 3ªs. às 6ªs., das 10 às 19 hs;
- Finais/semana: Sáb. (10 às 20hs) e dom. (10 às 18hs)
- Classificação indicativa: livre.
- Ingresso: R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia);
- Gratuidade: às terceira 4a. feira do mês (parceria B3): ingresso gratuito, retirada apenas na bilheteria física do MIS no momento da visita.
- Brinde: O mesmo ingresso dará acesso também à exposição “Ney Matogrosso”.
Patrocínios: Museu da Imagem e do Som (MIS) e Livelo apresentam “Jovem Guarda 60 anos”. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e MIS, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com o apoio do ProAC.
O MIS tem patrocínio institucional da B3, Vivo, Valid, Kapitalo Investimentos, Goldman Sachs, Sabesp e TozziniFreire Advogados e apoio das empresas Unisys, Unipar, Colégio Albert Sabin, PWC, TCL SEMP, Telium e Kaspersky.
<< Com apoio de informações/fonte: Assessoria de Imprensa/MIS e Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo>>
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