da Redação DiárioZonaNorte
- Dentro da lei, a Prefeitura de São Paulo determina que “as calçadas devem ter pelo menos 1,90 metro de largura, sendo 70 centímetros destinados a serviços e 1,20 metro para a circulação de pedestres“;
- A Rua Inglesa tem cerca de 70 / 80 centímetros de largura e, em alguns pontos, postes de sinalização da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET);
- A Rua Inglesa passa a ter continuidade como Rua Natalino Righetto. É a rota de veículos da Av. Nova Cantareira (Tucuruvi) — atrás do Mercado Municipal — até Av. Luiz Dumont Villares (Metrô Parada Inglesa); e
- A origem do nome da rua Inglesa e do bairro remonta ao final do século XIX, quando terras pertencentes ao inglês William Harding deram nome ao local.
<< Em primeira mão >> === O povo inglês tem um forte senso de cidadania e responsabilidade comunitária, que se manifesta por meio de respeito às leis e normas. Mas a homenagem da Rua Inglesa, na Parada Inglesa (Zona Norte) é o reflexo de desrespeito e esquecimento no tempo pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Subprefeitura Santana / Tucuruvi / Mandaqui.
Uma via pública com calçadas muito estreitas com grande movimento de carros, ônibus de linha, caminhões e pedestres, além de um forte fluxo de passageiros da Estação Parada Inglesa do Metrô da Linha 1-Azul.
É uma rua íngreme com cerca de 180 metros de comprimento, ligando a Av. Luiz Dumont Villares à Av. Marechal Eurico Gaspar Dutra — que foi traçada e não saiu do papel –, abrindo a possibilidade diária com riscos de atropelamentos.
Com uma via estreita de duas faixas — com proibição de estacionamento –, veículos cruzam o local em velocidade acelerada, e perigosamente as pessoas são obrigadas a caminhar na mesma via.
Os piores momentos são nos horários de pico do metrô, pela manhã e no começo da noite, que agrava pela iluminação precária. O motivo é que as calçadas são extremamente estreitas com apenas 70/80 centímetros de largura, nos dois lados, e estão completamente fora das normas da Prefeitura de São Paulo.
O decreto foi esquecido
Há mais de 15 meses, ou seja, há um ano e três meses a Prefeitura de São Paulo fez a promessa principalmente do alargamento das calçadas da Rua Inglesa, conforme o Decreto 59.355 de 15 de abril de 2020, assinado na época da gestão do prefeito Bruno Covas — e publicado no Diário Oficial da Cidade no dia seguinte ( ver integra aqui ).
Neste decreto ficou assegurado que haveria abertura de crédito adicional suplementar de mais de R$ 30 milhões para diversos serviços, obras de pavimentação e melhorias em várias vias públicas de bairros da cidade.
Um dos itens estabelecia claramente: “44905100.01 – Obras e Instalações: R$ 500.000,00 para o Projeto do CET – Alargamento da Calçada, Readequação de Drenagem, Retirada de Estacionamento e Recapeamento da Via na Rua Inglesa”.
As obras não aconteceram
O tempo parou e as obras não vieram. Foram 1640 dias que o decreto devia ter sido cumprido à risca, ao mesmo tempo com as determinações de outras vias da cidade – que não há informações se foram totalmente concluídas. Mas os pedestres da Rua Inglesa continuaram, neste tempo, correndo muito risco de atropelamentos naquele local.
O DiárioZonaNorte encaminhou o assunto à Prefeitura de São Paulo, citando o Decreto e indicando o esquecimento da determinação das obras, pedindo o retorno dos envolvidos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Subprefeitura Santana / Tucuruvi / Mandaqui.
Na 6ª.feira passada (11/10/2024), a Secretaria Municipal das Subprefeituras surpreendentemente enviou e-mail informando que ´´ um projeto de alargamento das calçadas e implantação de nova galeria está em fase licitatória´´, depois de tanto tempo após o decreto ter sido publicado no Diário Oficial da Cidade em 16 de abril de 2020, vai ser agora providenciada a licitação.
Mas confirmou o que já estava anteriormente determinado para os serviços, colocando que ´´a iniciativa prevê a revitalização completa da via, incluindo a revitalização do sistema de drenagem, a pavimentação e a instalação de novas guias e sarjetas´´.
E finalmente o mais importante: ´´as calçadas serão ampliadas para oferecer mais segurança e conforto aos pedestres´´. E encerrou a nota informando que ´´a obra também contempla a construção de novas galerias pluviais, com o objetivo de melhorar o escoamento das águas e evitar alagamentos.´´.
Tudo isto agora vem com uma nova promessa ´´o prazo estimado para a execução de 90 dias´´. Se não houver nenhuma outra surpresa, em janeiro de 2025, haverá uma nova Rua Inglesa para total segurança dos pedestres. O custo das obras aumentou um pouco e passou dos R$500 mil para R$678,7 mil, segundo a nota.
´´De olho nas obras´´
Os moradores da região, que usam o trajeto pela Rua Inglesa, devem ficar atentos ao assunto e cobrar da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Subprefeitura Santana / Tucuruvi / Mandaqui, que prometem os acertos no prazo de três meses. O DiárioZonaNorte, nos seus quase 10 anos de atuação, está consciente do papel vital que desempenha como veículo de comunicação público, sente-se na obrigação de questionar e esclarecer o status das iniciativas do poder municipal, sem deixar cair no tempo e no esquecimento.
Nota da Redação: A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) — citada no Decreto e envolvida no assunto — não cumpriu o prazo inicial de retorno ao DiárioZonaNorte. Logo em seguida, solicitou prorrogação até 6a.feira (11/19/2024) — ´´já que estava envolvendo várias áreas´´ — e novamente não cumpriu o prazo, apesar das cobranças.