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Dengue: automedicação pode aumentar os riscos na saúde chegando até a hemorragia

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  • Doentes de dengue que se automedicam podem aumentar o risco de hemorragia; e
  • armacêuticos estão preparados para orientar pacientes nas farmácias e encaminhá-los ao atendimento médico

A combinação de chuvas intensas e calor, dentre outros fatores, favoreceu para que, neste ano, houvesse uma explosão nos casos de dengue.

Segundo dados atualizados (até a manhã de 20/02/2024) no Ministério da Saúde, já ultrapassam 560 mil casos prováveis de dengue em 2024, com 113 mortes confirmadas  ( e mais 438 que estão em investigação), 30 mil casos prováveis de Chikungunya com 4 mortes confirmadas e 341 casos prováveis de zika e nenhuma morte.

Essas doenças são causadas por um vírus e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. São também caracterizadas por apresentar febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, enjoos, vômitos e manchas vermelhas.

Não há um medicamento específico para o seu tratamento, mas por apresentarem sintomas comuns a outras doenças, muitas vezes a população acaba se automedicamento e consumindo medicamentos que não são indicados, pratica que pode aumentar o risco de sangramento.

Isso ocorre porque medicamentos com a substância salicilatos (ácido acetilsalicílico, ácido salicílico, diflunisal, salicilato de sódio, metilsalicilato, dentre outros) favorecem o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose, elevando a riscos severos da doença.

Por não existir subsídio científico que dê suporte clínico ou segurança ao uso de anti-inflamatórios, estas substâncias também são contraindicadas para doentes de dengue, já que podem também aumentar a tendência hemorrágica.

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Alguns exemplos de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são: indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, naproxen, sulfinpirazona, fenilbutazona, sulindac, diflunisal.

Além desses, há os anti-inflamatório hormonais ou corticoesteróides como prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona.

O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP), Dr. Marcelo Polacow, chama a atenção sobre a importância dos farmacêuticos na orientação da população para evitar tais riscos.

É o profissional de saúde mais acessível, está sempre disponível nas farmácias, é capacitado para orientar o paciente, encaminhá-lo para os serviços de saúde e evitar possíveis complicações para sua saúde”, observa ele.

Os sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico, mas o Dr. Polacow recomenda iniciar a abordagem aos pacientes nas farmácias com medidas não farmacológicas tais como a indicação de repouso e ingestão de líquido.

Caso seja necessário o tratamento de febre ou dor, deverão ser utilizados medicamentos do tipo paracetamol ou dipirona, de forma racional e de preferência sob orientação médica”, sugeriu.

Nos casos de febre hemorrágica o farmacêutico alerta que é necessária uma observação criteriosa para a identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão e encaminhar o paciente imediatamente ao serviço médico.


Sobre o CRF-SP == Entidade responsável pela habilitação legal do farmacêutico para o exercício de suas atividades, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) é a maior entidade fiscalizadora de estabelecimentos farmacêuticos do país, com mais de 72 mil fiscalizações anuais em farmácias, drogarias, hospitais, indústrias, laboratórios, transportadoras, 80 mil profissionais inscritos e 35 mil estabelecimentos registrados no Estado. Mais informações www܂crfsp.org.br


<< Com apoio de informações/fonte: Assessoria de Imprensa – CRFSP  / Carlos Nascimentos >>

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