O musical “A Borboleta Sem Asas“ encerra sua temporada em São Paulo, no Teatro Municipal Alfredo Mesquita, em Santana (Zona Norte), oferecendo um espetáculo gratuito, nos finais de semana, até 24 de novembro.
A peça, criada por César Cavelagna e Marcos Ferraz — adaptada para o programa Teatro Rá Tim Bum da TV Cultura –, aborda o tema da deficiência com sensibilidade e eficiência. Dirigida por Paula Flaibann e Bebel Ribeiro, a produção é realizada pelo Grupo Trapiche e conta com um elenco de sete atores e uma trilha sonora variada, com dez músicas originais.
Após circular por cidades do interior paulista, o espetáculo retorna à capital para encantar crianças e adultos. A história de Babi, uma borboleta que nasceu sem asas, reflete sobre inclusão e aceitação. A personagem enfrenta desafios ao lado de outros insetos, como a abelha Abel, o caramujo Magnólio e o vagalume Lamparino. Juntos, eles representam diferentes habilidades e personalidades, contribuindo para a jornada de Babi com apoio e aprendizado mútuo.
A peça, que passou por atualizações desde sua criação em 1996, ganhou nova versão em 2019, mantendo-se relevante ao público atual. Nessa adaptação, as borboletas que hostilizam Babi são representadas como influenciadoras digitais, uma escolha que dialoga com a geração jovem. A direção musical, assinada por Vinícius Loyola, inclui gêneros como pop, rock, tango, disco e axé, proporcionando uma experiência envolvente para toda a família.
Além da trilha sonora variada, o musical destaca-se pelo trabalho de figurino e cenário. Juliana Sanches, responsável por ambos, optou por uma abordagem estilizada, fugindo do realismo e dando um toque criativo ao visual dos personagens. O cenário simples, com escadas, guarda-chuvas estilizados e puffs em forma de cogumelos, cria uma ambientação lúdica e acolhedora que representa o jardim onde a história se desenrola.
O Grupo Trapiche, responsável pela realização, é conhecido por mesclar teatro musical com elementos de cinema e teatro clássico. O objetivo é levar temas importantes para crianças e jovens, abordando questões sociais como inclusão e respeito às diferenças. Segundo Nayana Gomes, integrante do grupo, trazer essa temática à tona colabora para o debate e age como um agente facilitador da inclusão.
Vencedor do Prêmio WeDo! de e-Teatro pelo Júri Popular em 2023, “A Borboleta Sem Asas” continua sua trajetória de sucesso, mostrando que o teatro pode ser uma poderosa ferramenta de reflexão e transformação social.
Ficha técnica
Criação: César Cavelagna. / Dramaturgia: Marcos Ferraz / Supervisão Geral: Marcos Okura / Direção artística: Paula Flaibann e Bebel Ribeiro / Músicas de: Marcos Okura, Ricardo Brunelli e Vinícius Loyola / Direção Musical: Vinícius Loyola / Cenário e Figurinos: Juliana Sanches e Felipe Cruz / Elenco : Bruno Vaz (Zangão), Daniel Selles (Lamparino), Fabio Fernandes (Magnólio), Gabi Oliveira (Abel), Giovanna Federzoni (Hortência), Luisa Grillo (Amélia) e Marina Pavan (Babi)/ Elenco Alternante: Karol Rodrigues, Nestor Fonseca, Renan Souza, Vanessa Espósito e Vitória Eliza / Diretora de Produção: Vania Bastian, / Produtora Administrativa e Executiva: Nayana Gomes / Produtor Técnico: Daniel Selles / Realização: Grupo Trapiche.
Serviço
- Local: Teatro Alfredo Mesquita
- Endereço Av. Santos Dumont, 1770 – Santana
- Localização: em frente ao Campo de Marte
- Transporte: Metrô Linha 1-Azul / Estação Carandiru
- Temporada: até 24 de novembro/finais de semana
- Dias/horários: sábados (9, 16 e 23) e domingos (10, 17 e 24)
- Horário: 16 horas
- Capacidade/local: 198 pessoas
- Informações/Telefone: (11) 2221-3657.
- Custo: Entrada gratuita
- Ingressos: retirada com uma hora antes do espetáculo
- Classificação indicativa:livre
- Duração: 60 minutos
<< Com apoio de informações/fonte: Arteplural Comunicação – Fernanda Teixeira / Macida Joachim e Mauricio Barreira >>