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Cracolândia: uma população indignada com o vai-e-vem nas atitudes do poder público

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Cracolândia

por João Paulo Velloso (*) — < Cidadania >

A Prefeitura de São Paulo e o Governo Estadual estão pouco se lixando para onde levam e movimentam a Cracolândia e as pessoas em situação de rua. Não há nenhuma sensibilidade ou preocupação com o entorno onde essas movimentações são praticadas.

Não pensam nos moradores, habitantes e famílias de bem que já estão estabelecidas nessas regiões escolhidas por eles para alocar esses infelizes seres, muito menos nos comércios, escolas e outros existentes nos locais.

Tudo é feito sem critério, sem se aterem ou importarem com o que é a região local nem com os moradores e comerciantes do perímetro.

Espalham por interesses escusos, vis, torpes de vantagens ilícitas em proveito próprio, o caos, o terror, o medo, a insegurança, a imundice, a insalubridade e o inferno astral, no meio dos bairros. Sempre entre as pessoas de bem que o habitam, crendo estarem seguras quanto às justas e honestas conquistas que ao longo do tempo, que alcançaram  com muito suor, trabalho e honestidade.

Cracolândia

As qualidades escondidas

Então, esses algozes transformam cada local desses, numa grande pocilga contaminada e contaminante. Um antro de portas abertas a todo tipo de aberrações e criminalidade indiscriminada, dolosa e ruinosa. Vira uma terra de ninguém por conta da impunidade e desassistência desses mesmos poderes nefastos, anticristãos e egoístas. Acabam programando manobras dessas massas ao bel-prazer e interesses, desses infelizes  pessoas, que perambulam pelos locais.

Eles também são seres humanas e,  em grau ainda muito mais carente. Desta forma,  em vez de serem cruel e desalmadamente usados e sacrificados por esses poderes públicos, deveriam ser olhados e tratados com dignidade e eficácia. E não usando falácias, não como uma classe adjeta, desprezível e impotente servindo de descarte para aterros frouxos dos múltiplos buracos criados pela própria incompetência e desassistência pública.

O amor, a caridade e a sensibilidade cristã se mostram com atitudes, com fé, com lealdade, honestidade, perseverança, ações, desapego, sem discriminação e resultados concretos de eficácia perenes. As ações não podem ser por alguns dias ou meses, nem com rotulações e apologias falsas e baratas de “pseudos” defensores de direitos humanos, distribuição de “cobertorzinhos”, pratinhos de sopa e outras migalhas de curta e efêmeras durabilidade.

São úteis, claro que são, por uns poucos instantes, mas é a mesma coisa que colocar apenas um “bandaid” numa ferida infectada e sangrando.

Cracolandia

O princípio é a dignidade

Chega de pão e circo, se realmente o governo e, PRINCIPALMENTE, a PREFEITURA querem, e devem, fazer alguma coisa por esses seres carentes e infelizes, usem a lógica, a razão, e a autoridade com critério planejado e de bom senso, criando um local apropriado para onde possam serem levados para tratamento, reabilitação e reingresso à sociedade, até compulsoriamente se for o caso.

MAS, sem CONTUDO, PORÉM, TODAVIA, que não seja em bairros ou locais publicamente municipalizados com população e comércios ecléticos enraizados e constituídos na paz, na harmonia e na sua capacidade social laborativa caracterizada e conquistada dentro dos legítimos direitos civis e constitucionais.

Esse lado da sociedade vem gerando empregos, desenvolvimento, pagando impostos. Portanto, merecem o carinho, respeito e reconhecimento dos poderes públicos quanto suas garantias de uso, gozo e disponibilidades decentes, honradas, protegidas e de salubridade para morar e viver dignamente e em paz.


(*) JOÃO PAULO VELLOSO cidadão indignado é empresário da região da Armênia/Ponte Pequena há 60 anos.  Nestas seis décadas, é o proprietário da Imobiliária e Administração Velloso Ltda. Uma empresa de ascendência e caraterísticas familiar, fundada pelo ex-farmacêutico Edmundo Velloso, carinhosamente conhecido por ‘Vellosinho’.  Atualmente sucedida por seu filho,  que tem suas características próprias de profissional da área, sem, contudo, nunca deixar de observar, conservar e praticar, a mesma conduta ética e moral em todas as suas ações profissionais-negociais e particulares.


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