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<< Artigo/Meio ambiente>> === por José Ramos de Carvalho (*)
São varias ações de reciclagem de materiais acolhidas pela população que recebem a devida valoração após os seus descartes, a exemplo: papelão, vidro, alumínio, óleo, aparelhos eletrônicos, ferro e outros.
E assim nos deparamos com as cooperativas de coletas seletivas, seus catadores, e a nobre função de recolher diariamente materiais que ainda podem ser classificados, valorizados nos “centros de triagem” e adequadamente enviados os setores produtivos.
A administração publica ainda tem que equacionar a pratica do “garimpo urbano” suas motivações: sociais, ambientais e de saúde publica. E que serão pautas futuras nas mesas dos deputados estaduais e dos governadores eleitos.
Temos a reciclagem dos resíduos inertes da construção civil, e que entre os processos de reutilização executa “moagem” destes resíduos.
Nas avaliações sobre reciclagem é um dos melhores princípios; transformando tijolos, areia, parte de concreto, solo e derivados. E ainda nas produções de tijolos estruturais, acabamentos básicos, blocados e inclusive substituindo o asfalto tradicional, e “paralelepípedos”.
Mas neste processo produtivo contamos com a “moagem” e seus “martelos” incansáveis gerados a motor em uma ação frenética de ruídos e exalam um “pó fino” agressivo a qualidade do ar.
O fato é que o processo produtivo precisa ser totalmente fechado, monitorado, área de transbordo protegida por barreiras de vegetação e arvores especificas, equipamentos de borrifaçao de água para conter níveis agressivos à saude publica.
Tudo isto deve ter obrigatoriamente o encaminhamento com o projeto apresentado e aprovado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e dos órgãos municipais para controle e fiscalização.
Sem controle, a poluição acontece
Mas no Parque Edu Chaves, na Zona Norte, mais precisamente à rua Baia de Santa Clara, acontece um cenário deste impacto ambiental, que é gerado por uma empresa sediada em Guarulhos, junto à margem do Rio Cabuçu de Cima (lado leste).
Desde 2013, com exposição ao pó e ruídos com a sua proximidade com as residências (lado de São Paulo) estão causando doenças respiratórias sobre vulneráveis: idosos, e crianças.
Segundo o Pastor Valdemir França, morador e estudioso da situação, “esse problema está contribuindo diariamente com idas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para consultas e inalações. Ou nas farmácias arcando custos de líquidos, máscaras, aparelhos de proteção respiratórias, além de cortinas e toalhas”. Mas como conter o pó nas roupas estendidas nos varais? E o pó acumulado nos móveis e nos carros, entre outros?
Uma visita e a constatação do problema
Os membros do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz (CADES) do Jaçanã/Tremembé e da Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçú de Cima convidaram o Subprefeito da região, Dário José Barreto, para uma visita aos locais, o que aconteceu no dia 01 de setembro passado.
E foi possível constatar os frenéticos “martelos” (o meio industrial com as máquinas) e as nuvens de pó exalados pelo processo produtivo da fábrica. Segundo os moradores, os trabalhos extrapolam os horários avançando sobre turnos com a produção intensa do pó e os ruídos que invadem as vezes a madrugada. Tudo isto envolvendo naturalmente a qualidade de vida da população e de trabalhadores.
Tendo conhecimento que o caso já tramita no Ministério Público de Guarulhos, o subprefeito do Jaçanã/Tremembé, Dario José Barreto, acompanhado do coordenadores do CADES-JT, Edson Novoa e Wellington Pereira, e da Secretária Janete Maria Correia Santana, que puderam observar “in loco” as extensões dos impactos socioambientais e a exposição diária da população, que ocorre nas 24 horas.
Eles resolveram produzir um oficio da Subprefeitura Jaçanã/Tremembé e do CADES Regional-JT apresentando “denúncia” ao Gabinete do Prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa (Guti). Junto à representação será anexado um abaixo-assinado dos moradores da região, que continuam nas expectativas de uma solução urgente para o caso para dormirem tranquilos e com respiração normal.
Leia mais:
* O inverno chegou e preocupa a frágil saúde dos moradores do Vale do Rio Cabuçu – 20/06/2022 – clique aqui
* Meio Ambiente: Trágicos “Moinhos de Ventos” da Bacia do Rio Cabuçu de Cima – 06/06/022 – Clique aqui
(*) José Ramos de Carvalho – Gestor Ambiental – Colaborador: Agenda 21 do Vale do Rio Cabuçu, Diretor – Associacão Paulista dos Gestores Ambientais (APGAM) – Conselheiro CADES Municipal – MACRO Norte II – Membro Colaborador OAB – CPMA – Seccional SP
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