da Redação DiárioZonaNorte
A chinesa Xiaomi (pronuncia-se “Tchaumi” e significa “grão de arroz” ) — quarta maior fabricante de smartphones do planeta — inaugurou sua segunda loja no Brasil. Com 206 metros quadrados, a nova loja está localizada no Shopping Center Norte. A ação aconteceu no último sábado (23/11/2019).
Cinquenta horas de fila
Centenas de Mi Fãs (nome dado aos apaixonados pela marca), passaram cerca de 50 horas na fila aguardando a abertura da loja. As longas filas que se formaram no lado externo do Center Norte, se mantiveram durante todo o final de semana e a loja chegou a receber cerca de 8 mil visitantes, todos na expectativa de encontrar produtos com até 50% de descontos, tal qual aconteceu em julho na abertura da primeira loja da Xiaomi no Shopping Ibirapuera.
Descontos de 10%
Henrique Libório e Rodrigo Matos, eram os primeiros da fila. Os dois também foram os primeiros a entrar na loja do Ibirapuera e foram convidados a cortar a fita inaugural da loja no Center Norte e também foram os primeiros a entrar na nova loja.
Um grupo de “animadores” fez uma espécie de “esquenta” e incentivava as pessoas que estavam na fila a cantar, bater palmas e participar de uma espécie de gincana, tudo para manter a animação dos fãs – com a fila organizada terminando bem na frente da loja da concorrente Samsung.
Para decepção dos fãs, apenas alguns produtos receberam descontos expressivos. A pulseira Mi Smart Band 3 e o projetor Mi Laser Projector 150 estavam com 50% de desconto. O restante da loja tinha descontos de 10% e preços próximos da realidade brasileira. As primeiras pessoas na fila foram contempladas com cupons de descontos de 20% a 30% em produtos.
Conversamos com Henrique Libório, depois de sua entrada na loja. “Fiquei na fila só para participar da história da marca no Brasil, porque nunca uma pessoa foi primeiro lugar por duas vezes em duas inaugurações.
Na minha opinião, não valeu o esforço. Os produtos são muito bons, mas os descontos eram pequenos, os preços não tinham nada de espetacular em relação ao que vi na loja do Ibirapuera. Eu penso que o maior concorrente da Xiaomi no Brasil, será ela mesma, via produtos adquiridos no mercado negro”, desabafou.
Libório certamente, estava se referindo ao processo de oficialização dos produtos como homologação na Anatel e também a carga tributária do Brasil, que chega a encarecer o produto em 49% do seu preço de venda.
Em canais online como a americana Amazon ou a paraguaia CellShop, os preços são em média 40 ou 50% mais baratos do que os comercializados oficialmente no Brasil.
Segunda investida no Brasil
É a segunda investida da Xiaomi no Brasil. A primeira tentativa foi em 2014 e durou dois anos. A empresa apostou como estratégia apenas em um modelo mais barato de smartphone, o Redmi 2, que custava na época cerca de R$ 500 no comércio online.
Passados quatros anos, a Xiaomi regressa ao Brasil em parceria com a DL Importadora, agora apostando em lojas físicas amplas, com mesas de madeira, cores neutras e produtos à disposição para testes e levando ao público cerca de 200 produtos de seu portfolio, entre smartphones, smartwatches, pulseiras inteligentes, escova de dentes elétrica, luminárias inteligentes de LED, câmeras 4k, câmeras de segurança, fones de ouvido, mochilas e malas de viagem, incluindo o badalado patinete elétrico Mi Electric Scooter.
Mi Mix Alpha
Um dos destaques da marca, o celular conceito Mi Mix Alpha, estava em exposição em um cubo de vidro logo na entrada da loja. Anunciado como um smartphone conceito e com um número limitado de unidades à venda, o aparelho será lançado oficialmente em dezembro de 2019 na China. No projeto desse celular foram investidos cerca de 70 milhões de dólares.
Composto quase que inteiramente de tela – tanto na frente quanto na parte traseira do aparelho, o Mi Mix Alpha pesa apenas 241 gramas e tem uma tela de 7,9 polegada, processador Qualcomm Snapdragon 855 Plus com modem 5G e 12 GB de memória RAM – que promete muita potência para esse smartphone.
O aparelho conta contará com 512 GB de armazenamento interno. Já a bateria será de 4050, com carregamento rápido de 40 watts. Terá leitor de biometria sob a tela, além de alto-falantes para chamadas e sensor de proximidade ultrassônico. A Xiaomi divulgou que o preço será de 19.99 iuanes. Numa conversão direta, seriam 2.850 dólares ou R$ 12.084,00 (com o dólar cotado a R$ 4, 240) aproximadamente.
É bom?
O sucesso da Xiaomi é decorrente de aparelhos com tecnologia e design, com valor abaixo dos concorrentes. Eles não investem em publicidade e têm um sistema de vendas e distribuição eficiente, fazendo com que consigam manter os seus smartphones a preços mais baixos que os concorrentes.
A Xiaomi utiliza o MIUI, uma versão otimizada do Android – sistema operacional desenvolvido pelo Google -, fazendo com que o hardware dos aparelhos funcione muito bem com o seu software, deixando o smartphone mais rápido e confiável.
Atualmente, a empresa comercializa no Brasil cerca de onze modelos de smarthpones e só introduzirá novos modelos, conforme a resposta do mercado. Uma coisa é certa, por enquanto, produtos “em evolução” como a linha Mi Mix não serão comercializados por aqui – oficialmente -.
Expansão
Para 2020, a previsão é que mais lojas sejam abertas e não somente em São Paulo, mas também em outras cidades e estados. Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília, já estão no radar. Além das lojas físicas, 400 pontos de venda de parceiros e operadoras de telefonia celular, irão comercializar os smartphones.
Serviço:
- Horário: 10h às 22h de 2ª a sábado e 14 às 20 horas aos domingos e feriados
- Onde: Shopping Center Norte – Travessa Casalbuono, nº 120 – Vila Guilherme, São Paulo/SP – Loja 907
Sobre o Center Norte
Inaugurado em 1984, o Shopping Center Norte está entre os mais completos e diversificados centros de compras do País. Com um mix de 331 lojas, o empreendimento ocupa uma área de 142 mil m² e recebe aproximadamente 80 mil pessoas por dia. Além da ampla variedade de lojas e serviços, o shopping conta com duas praças de alimentação, incluindo 66 restaurantes, fast-foods, lanchonetes e quiosques.
Cinemas e Playland completam a área de lazer do shopping, que investe constantemente em iniciativas inovadoras e ações diferenciadas. Nesses 35 anos de operação, o Shopping Center Norte segue acompanhando o crescimento e desenvolvimento do setor no Brasil. O negócio integra o complexo Cidade Center Norte, que conta também com o Shopping Lar Center, o Expo Center Norte e o Novotel Center Norte.