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Cansaço e desmotivação: sinais de burnout e caminhos para o tratamento.SUS dá suporte

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O início de um novo ano costuma ser um convite à reflexão sobre objetivos, desafios e escolhas para os próximos meses, incluindo a trajetória profissional. Em um mercado de trabalho que frequentemente exige alta performance, o esgotamento físico e emocional pode ser um sinal de alerta de que algo não está indo bem.

A exaustão extrema, estresse crônico e esgotamento físico relacionados ao trabalho é um fenômeno em ascensão. O que leva ao Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de burnout, ficando atrás apenas do Japão, segundo a International Stress Management Association no Brasil – (ISMA-BR). De acordo com a entidade, 72% dos brasileiros enfrentam estresse no ambiente profissional.

Avanços em diagnósticos

Desde 2023, a Classificação Internacional de Doenças (CID-11) reconhece oficialmente o burnout como uma doença ocupacional. Essa mudança trouxe avanços para diagnósticos e tratamentos mais específicos.

Entre os principais sintomas da síndrome estão cansaço excessivo, insônia, dores musculares, pressão alta, isolamento social, além de sinais emocionais como desmotivação e baixa produtividade.

Segundo especialistas do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), fatores como sobrecarga de tarefas, falta de suporte emocional e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional podem desencadear o transtorno.

Renata Correia da Fonseca, psicóloga do CEJAM, reforça que diferenciar o burnout de outros transtornos como ansiedade e depressão é essencial. Enquanto o burnout é resultado de sobrecarga e desequilíbrio no trabalho, ansiedade e depressão possuem origens diversas e requerem abordagens diferenciadas.

No caso do burnout, mudanças no ambiente de trabalho são indispensáveis, além de terapia, prática de exercícios e apoio medicamentoso quando necessário.

Os sinais da doença

Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que, em 2023, 421 pessoas foram afastadas por burnout, número recorde na última década no Brasil.

Para identificar sinais de que é hora de mudar de emprego, a psicóloga do CEJAM recomenda observar desmotivação, estagnação na carreira, estresse e frustração persistente.

O papel do psicólogo é crucial no enfrentamento do burnout, ajudando o indivíduo a identificar e desenvolver estratégias de enfrentamento. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte gratuito por meio de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Em casos graves, pacientes podem ser atendidos em unidades de urgência e emergência. Crises agudas, como pensamentos persistentes de morte e alterações significativas no sono e alimentação, requerem atenção imediata.

Além do suporte psicológico, estratégias como atividade física, escrita terapêutica, higiene do sono e busca por atividades prazerosas podem contribuir para o bem-estar. Redes de apoio também desempenham papel importante na recuperação.

Para quem enfrenta burnout, reconhecer os sinais e buscar ajuda profissional são passos fundamentais para retomar a qualidade de vida e o equilíbrio entre as dimensões pessoal e profissional.

 


<<Com apoio de informações/fonte: Máquina Cohn&Wolfe / Mayara Neri >>