da Redação DiárioZonaNorte
Depois 55 anos de espera a rua Pedranópolis, altura do número 1205 da Rua Galatéia, no bairro do Carandiru – distrito de Vila Guilherme, recebeu o tão sonhado asfalto e calçadas.
Após o DiárioZonaNorte publicar matéria em 16 de junho de 2021, expondo o problema enfrentado pelos moradores desde 1969 e cobrar sistematicamente um posicionamento do poder municipal sobre o assunto, a rua foi incluída no Programa de Pavimentação da Prefeitura de São Paulo em junho de 2022.
O início
A primeira menção à Rua Pedranópolis foi na edição de 17 de agosto de 1969 do Diário Oficial da Cidade de São Paulo, quando a “rua 7 – Quadra 091” mudou de denominação na gestão de Paulo Maluf – “prefeito biônico” pela Aliança Renovadora Nacional – Arena, que chegou ao cargo por indicação do então presidente da República General Costa e Silva e com o apoio de Delfim Netto e contrariando o desejo do então governador Abreu Sodré.
A rua de poucas casas, uma metalúrgica e uma empresa de reciclagem, fica a poucos metros do Expo Center Norte, Lar Center e Center Norte, Parque da Juventude e Avenidas Zaki Narchi e Luiz Dumont Villares e bem em frente ao terreno onde funcionava a Transportadora Braspress e por um tempo, o Centro de Distribuição do Mercado Livre.
As vias secundárias no entorno eram asfaltadas. Os moradores não entendiam porque só a Pedranópolis não era pavimentada e tão pouco tinha calçadas, já que foi legalizada por decreto, os moradores sempre pagaram IPTU e tem Código de Endereçamento Postal – CEP, rede de esgoto oficial, iluminação pública, além de ser atendida pelas concessionárias de água, luz e telefonia.
No período de chuvas, a rua Pedranópolis alagava e enchia de lama. Quando fazia sol, a poeira dominava. E tome rinite, bronquite, alergias e pneumonias. A rua não tinha calçadas, guias, sarjetas e se transformou em um ponto viciado de descarte de lixo e entulho.
Tentativa de amenizar o problema
Só em 2018, no final da gestão de Dário José Barreto – a frente da Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme/Vila Medeiros, a rua passou a receber material fresado em 80 metros de sua extensão na tentativa de melhorar o trânsito local e reduzir os problemas com poeira do solo, que afeta a saúde dos moradores.
De acordo com engenheiros especializados em pavimentação, o material “fresado” é uma espécie de “resto de asfalto” o mesmo usado no tapa buraco – com aplicação a frio e pouco resistente – sobra de algum outro local e mais recentemente uma fina camada de entulho e betume, pouco resistente aos caminhões que trafegam pelo local.
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