da Redação DiárioZonaNorte
- Agora é oficial: sem Centro de Acolhida na Rua Magarinos e na Rua Zulmira
- Equipamentos receberiam pessoas atendidas no Centro de Acolhida da Zaki Narchi
- A SMADS está procurando locais alternativos e pede ajuda do moradores
- Abaixo-assinado com 10 mil assinaturas reflete a união dos moradores e entidades
<< Exclusivo – Em primeira mão >> Mais um passo para a vitória dos moradores da Vila Maria Baixa, contra a instalação de Centros de Acolhidas para Pessoas em Situação de Rua em áreas residências da região.
Uma grande mobilização da população resultou em um abaixo-assinado com cerca de 10 mil assinaturas, com o apoio da Distrital Nordeste da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e do Conselho Comunitário de Segurança-CONSEG Vila Maria/Jardim Japão que somados a participação marcante e ativa do vereador Bombeiro Major Palumbo (PP-Partido Progressista), verdadeiro morador da Zona Norte, que articulou junto a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SMADS), desde a semana passada uma reunião com a Chefe de Gabinete, Marcelina “Ciça” Conceição Santos, nesta 2ª feira (08/08/2022), às 15 horas.
A intenção do vereador foi cobrar uma Nota Oficial da SMADS colocando assim um ponto final nas dúvidas sobre o cancelamento da instalação dos equipamentos que seriam destinados a população em situação de rua e reverter o uso do imóvel já alugado da Rua Magarinos Torres, onde há uma grande concentração de pessoas com idade avançada, para a instalação de um Centro Dia para os Idosos – no estilo de uma creche para integração somente durante o dia. E assim confirmando o novo posicionamento tomado anteriormente pela SMADS em desfazer o uso dos imóveis em área residencial, com a procura de outros locais mais adequados.
O papel das entidades
Ao tomar conhecimento do abaixo-assinado, de última hora, o vereador convocou às pressas, na mesma reunião, o diretor-superintendente da Distrital Nordeste da ACSP, William Oliva da Silva, e o vice-presidente do CONSEG Vila Maria, Pastor Samuel Montino Farias. Estiveram presentes também os moradores e ativistas sociais Alê Diegues e o ex-assessor parlamentar e cidadão Junior Pinheiro.
Um dia importante na agenda
A conversa com a Chefe de Gabinete da SMADS — acompanhada da equipe técnica da pasta, do assistente Carlos Eduardo “Kadú” Souza e do Engenheiro Samuel Alessi — foi produtiva. A representante da SMADS recebeu e protocolou o abaixo-assinado, confirmando que a equipe está em busca de outro imóvel e desfazendo o que foi feito anteriormente sem a participação dos moradores.
Mais uma vez, foi ratificado pela SMADS o descarte da utilização do imóvel da Rua Magarinos Torres para a finalidade de albergue e abriu a possibilidade para estudos de aproveitamento para um futuro Centro Dia para Idosos ou Centro de Criança e Adolescente-CCA da região – que depende de um processo, com aprovação do prefeito, e acertos que não se faz de um dia para o outro.
A mesma situação deve ocorrer com o Centro de Acolhida que estaria sendo programado para a Rua Zulmira, na Vila Guilherme, que não foi fechado contrato com nenhum imóvel. A equipe da SMADS já está em busca de outro local, que não interfira na área residencial e comercial — e pede ajuda para indicações.
Foi somente definido e acertado a instalação do Centro de Acolhida na Av. Morvan Dias de Figueiredo – próximo da Av.Marginal -, com contrato já assinado e que passará por reformas e adequações.
Durante a reunião, os representantes de SMADS tomaram conhecimento — conforme foi antecipado pelo DiárioZonaNorte — sobre a possibilidade do local ser desapropriado pelo Metrô para a construção de um túnel de ventilação da Estação Vila Maria – Linha 19-Celeste (que ligará o Vale do Anhangabaú ao Parque Maia, em Guarulhos), fato divulgado durante a audiência pública realizada no auditório da UniNove da Vila Maria.
Na reunião, ficou claro que nenhum representante da SMADS, Prefeitura ou mesmo da Subprefeitura Vila Maria / Vila Guilherme / Vila Medeiros participou das apresentações do que está sendo planejado pelo Metrô para a região.
Ficou demonstrado que faltou comunicação interna com as várias secretarias e acompanhamento do que acontece na cidade. A SMADS vai agora buscar orientações da Companhia do Metrô de São Paulo para ver o que acontecerá com o imóvel no local. (Veja mais detalhes sobre a audiência pública – clique aqui)
Na conversa, a Chefe de Gabinete da SMADS deixou claro que é necessário a complementação das instalações dos dois Centros de Acolhidas no distrito da Vila Maria. A determinação oficial, em consonância com o Plano de Metas do Município, é que haja três locais para acolhimento de pessoas em situação de rua. Disto, a SMADS não abre mão. Mas reforçou o pedido para os moradores ajudarem nas indicações para que a equipe da SMADS possa analisar com urgência as condições dos imóveis, dos locais fora de zona residencial e as condições para os contratos. E ficou claro que qualquer decisão da SMADS terá consulta e conhecimento dos moradores.
O que aconteceu antes
Foram 15 dias de expectativas e ansiedade para resolver o problema dos Centros de Acolhidas que deveriam ser implantados na Vila Maria, conforme o DiárioZonaNorte informou com “exclusividade” no domingo 24 de julho passado.
O assunto também veio à tona durante a fiscalização do local por uma pessoa da SMADS e de engenheiros, que deixaram a informação e surpreendeu a empresária Mariana Lagoa, que tem sua empresa colada ao imóvel da Rua Magarinos Torres, 558.
Como o local é área residencial e de comércio houve uma enorme reação nas midias sociais. A Secretaria da Prefeitura escolheu o imóvel sem conhecimento ou audiência pública e unilateralmente até fechou contrato para abrigar o Pessoal em Situação de Rua – com a desativação do Centro de Acolhida da Zaki Narchi, na Vila Guilherme.
Desde daquele domingo (24/07/2022), toda a comunidade de moradores e comerciantes da Vila Maria se mobilizou e o assunto foi levado três dias após, por coincidência, à reunião mensal do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG), dirigido pelo vice-presidente Pastor Samuel. Moradores da região lotaram os 150 lugares do auditório da Paróquia Nossa Senhora da Candelária, ouvindo as explicações e justificativas do representante da SMADS, Wellington Vitorino. (Reveja matéria com detalhes – clique aqui).
O prefeito sabia do assunto
Os ativistas sociais Beto Freire e Alê Diegues — que estavam presentes ativamente na reunião do CONSEG Vila Maria/Jardim Japão, com indagações ao representante da SMADS – estiveram no dia 01 de agosto (2ª feira), durante o encontro do MDB no Jaçanã (Zona Norte) – e falaram em particular com.o prefeito Ricardo Nunes, que estava em agenda extra-oficial no local.
Durante este rápido encontro, já na saída com o prefeito, fizeram chegar o assunto da Vila Maria com os Centros de Acolhida. O prefeito aparentemente se mostrou assustado ao saber que eram três Centro de Acolhida, inclusive em locais residenciais com reações negativas dos moradores, e ficou de rever o assunto.
A insatisfação da população da Vila Maria mostrou união e com o objetivo de não aceitar os Centros de Acolhidas em locais residenciais e de comércio. Surgiu o abaixo assinado e o apoio das entidades, culminando na reunião na SMADS e a palavra oficial cancelando as instalações nos locais da Rua Magarinos Torres e da Rua Zulmira.
O DiárioZonaNorte em contato com a SMADS recebeu a informação que o Secretário Carlos Bezerra Júnior sacramentará com Nota Oficial, via Assessoria de Imprensa, sobre assunto e o cancelamento dos locais. Poderá haver até um video gravado.
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