Se você é daqueles que almoça ou janta com o saleiro na mesa, fica o alerta: o sódio também está presente em outros alimentos in natura e na água e, se consumido em excesso, pode fazer mal à saúde. Ou seja, o alimento no prato já possui sal em sua composição e no preparo. Ao salgar ainda mais a comida, está ingerindo também uma quantidade maior de sódio.
Mineral essencial para a manutenção do equilíbrio do volume de sangue e água no organismo, o sódio faz bem para a saúde. Ele ajuda na regulação da pressão arterial, batimentos cardíacos, condução dos impulsos nervosos e contração dos músculos. Porém, em excesso, é um fator de risco conhecido para desenvolver hipertensão arterial, a chamada pressão alta.
As quantidades de sódio na água e nos alimentos in natura são bastante equilibradas. O perigo está nos alimentos ultraprocessados, sejam salgados ou doces. Normalmente, a porção de sódio adicionada é bastante elevada, pois ele ajuda a melhorar o sabor e estender o tempo de prateleira desses produtos.
E o que são alimentos ultraprocessados? São aqueles que, normalmente, contêm as quantidades mais elevadas de sódio, como caldos e temperos prontos (sachês e tabletes), misturas em pó para sopas, macarrão instantâneo, embutidos e carnes ultraprocessadas (presunto, mortadela, salame, salsicha, linguiça, bacon, hambúrguer, nuggets, steak etc.), pratos prontos congelados (lasanha, pizza), molhos prontos (catchup, mostarda, shoyu, molho inglês, molhos prontos para saladas, molhos prontos de tomate etc.), salgadinhos de pacote e bolachas salgadas.
Pão francês, queijos tipo parmesão, prato e muçarela, entre outros, alimentos enlatados e em conserva (sardinha, atum, azeitona, picles, cogumelos, tomate seco etc.), carnes e peixes secos e salgados (carne seca, carne de sol, charque, bacalhau) são considerados alimentos processados e também levam sódio em sua composição. Por isso, pegue leve com o saleiro!
Quantidade ideal
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 2g de sódio por dia, equivalente a 5g de sal de cozinha (cinco colheres de café). No Brasil, as pessoas consomem, aproximadamente, 10g de sal por dia, o dobro do que é recomendado.
Além da pressão alta, o consumo excessivo de sal e, consequentemente, de sódio também predispõe a outros problemas de saúde, incluindo doenças nos rins, coração, derrame cerebral, retenção de líquidos no corpo (inchaço) e obesidade.
Hábitos que ajudam a reduzir o consumo de sódio
- Não utilizar o saleiro à mesa
- Reduzir o sal das preparações, gradualmente
- Utilizar diferentes ervas e temperos naturais como manjericão, alecrim, orégano, tomilho, sálvia, salsinha, coentro, cebolinha, hortelã, alho, cebola, pimentão, pimenta, páprica, cominho, gengibre, cúrcuma, canela, cravo, noz-moscada, limão, vinagre etc.
- Priorizar alimentos in natura e minimamente processados como frutas, verduras, legumes, cereais, feijões, raízes, castanhas, sementes, etc.
- Beber, pelo menos, 2 litros de água por dia
- Manter-se fisicamente ativo
- Não fumar
- Evitar o consumo excessivo de bebidas alcóolicas
Receita: Sal de ervas
Ingredientes
1 xícara (café) de sal
1 xícara (café) de manjericão desidratado
1 xícara (café) de orégano desidratado
1 xícara (café) de salsinha desidratada
Modo de preparo
Bater todos os ingredientes no modo “pulsar” do liquidificador, até obter um pó fino. Guardar em um pote limpo e seco e utilizar no lugar do sal na hora de temperar as preparações. Você pode variar as ervas conforme seu gosto.
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