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Surto de sarampo nos Estados Unidos acende alerta para vacinação de viajantes brasileiros

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  • O sarampo em adultos pode ser mais grave do que em crianças, com sintomas mais fortes e maior risco de complicações; e
  • Nos Estados Unidos, três estados já registraram mais de 250 casos.

O surto de sarampo nos Estados Unidos tem mobilizado autoridades sanitárias brasileiras, especialmente porque o país é um dos destinos mais frequentados por brasileiros. Apenas em 2023, mais de 1,9 milhão de brasileiros viajaram para aquele país, segundo o Escritório Nacional de Viagens e Turismo (NTTO).

O aumento de casos foi registrado nos estados do Texas, Novo México e Oklahoma, somando 258 infecções confirmadas até 12 de março, incluindo casos graves em recém-nascidos de mães não vacinadas.

Contaminação pelo ar

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida pelo ar por meio de gotículas respiratórias ao tossir, espirrar ou falar. Segundo a médica infectologista Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde, os sintomas iniciais podem ser confundidos com uma gripe, incluindo febre alta, tosse, coriza e conjuntivite.

O sinal característico é o surgimento de manchas vermelhas, que aparecem primeiro no rosto e depois se espalham pelo corpo. Em casos graves, pode levar a complicações como pneumonia, encefalite e até a morte, especialmente em crianças menores de cinco anos e imunossuprimidos.

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção. O Ministério da Saúde recomenda a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para crianças a partir de 12 meses. Pessoas de 1 a 29 anos devem receber duas doses, com intervalo de 30 dias.

Adultos de 30 a 59 anos precisam de pelo menos uma dose. Profissionais da saúde devem garantir duas doses, independentemente da idade. Em situações de surto, bebês de 6 a 12 meses também podem ser imunizados preventivamente.

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A doença é grave

A história do sarampo mostra sua gravidade. Antes da vacina, a doença causava epidemias a cada dois ou três anos, resultando na morte de cerca de 2,6 milhões de pessoas anualmente.

Mesmo hoje, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade ainda é alta em países subdesenvolvidos, variando entre 5% e 10% em crianças. Em 2023, mais de 300 mil casos foram registrados globalmente, com cobertura vacinal estimada em 83%, abaixo dos 95% recomendados para evitar surtos.

Os viajantes que retornam dos Estados Unidos ou de outros países com surtos, a recomendação é monitorar sintomas por 21 dias. Caso haja febre e manchas vermelhas, é fundamental evitar contato com outras pessoas e procurar atendimento médico imediatamente.

É essencial que viajantes mantenham seu cartão de vacinação atualizado antes de embarcar, prevenindo possíveis complicações pós-viagem. O Brasil disponibiliza gratuitamente a vacina tríplice viral e a tetraviral (que também protege contra catapora).

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O alerta do SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) reforça a necessidade de manter a imunização em dia para evitar surtos locais. Além disso, campanhas de conscientização são essenciais para combater a desinformação e garantir que a população esteja protegida contra essa doença grave.

Os pais devem estar atentos à imunização infantil, pois a falta da vacina pode expor as crianças a riscos severos. Gestantes não podem tomar a vacina e dependem da imunização da população para se proteger.

Com os casos aumentando em diversas regiões do mundo, a prevenção através da vacinação em massa é o caminho mais seguro para evitar novos surtos e proteger a saúde coletiva.


< Com apoio de informações/fonte: Maquina Cohn&Wolfe Ass.Imprensa/Sérgiio Duran>

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