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J.A. Dias Lopes e Carlos Inglesas lançam juntos obras que reverenciam a Espanha

J.A. Dias Lopes e Carlos Inglesas
Tempo de Leitura: 3 minutos

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No dia 27 de março, no restaurante A Figueira Rubaiyat, de São Paulo, SP, a partir das 19h30, serão autografados dois livros: Os Delírios de Dom Quixote – Andanças, Duelos e Comidas do Genial Cavaleiro Andante, 31ª obra do reconhecido jornalista  J. A. Dias Lopes; e Caminhos de Santiago – Pelas Trilhas de Sabor e Saber (relançamento), de Carlos Iglesias, do Grupo Rubaiyat.

Os dois autores decidiram lançar juntos os livros que têm passagens pela Espanha, com riqueza multicultural.

Os delírios de Dom Quixote 

Em  Os delírios de Dom Quixote – Andanças, Duelos e Comidas do Genial Cavaleiro Andante, o jornalista e escritor J. A. Dias Lopes refez o caminho percorrido em La Mancha, no centro da Espanha, pelo antológico cavaleiro andante criado no século XVII pelo genial escritor espanhol Miguel de Cervantes.

Viajou acompanhado do fotógrafo Luís Simione e, obviamente, a bordo de um automóvel – e não montado em um cavalo magro e desengonçado, como Dom Quixote

A expedição durou mais de uma semana por estradas asfaltadas e veredas empoeiradas das mesetas (planatos de pequenas conformações no centro da Espanha).

O personagem Dom Quixote, como se sabe, perdeu completamente o juízo de tanto ler velhos romances de cavalaria andante. Seu maior delírio foi justamente empreender uma desvairada andança por La Mancha, Aragón e Cataluña.

Além do cavalo tão desengonçado quanto ele, o Rocinante, Dom Quixote vestia armadura anacrônica, empunhava uma lança ameaçadora e tinha na cabeça o divertido bacielmo, misto de bacia de barbeiro e de elmo (reproduzido na capa do livro de J. A. Dias Lopes).

Ele só recuperou o juízo na véspera de deixar este mundo, confirmando a crença popular segundo a qual os loucos recobram a razão antes de morrer. Para completar, Dom Quixote fazia-se acompanhar do fiel escudeiro Sancho Pança, sempre no lombo de um burro.

Era um homem pobre e humilde, mas dotado de uma capacidade crítica não encontrada no patrão. Mostrava-se realista e sério, em contraste com o sonhador e fantasioso Dom Quixote. À medida em que o relato avança, porém, Sancho Pança vai aceitando os delírios do cavaleiro de quem é o fiel escudeiro.

Gastronomia Histórica

Voltado profissionalmente à gastronomia histórica, o objetivo de J. A. Dias Lopes, ao escrever Os delírios de Dom Quixote, era óbvio.

Misturar as andanças e os duelos, enfim, a aventura tresloucada do cavaleiro andante da ficção com e comidas da atual região de Castilla-La Mancha, uma cozinha que pouco mudou desde o lançamento do livro de Cervantes no século XVII.

Simples e boa, com evidente influência camponesa, fundamenta-se em produtos de qualidade internacional: açafrão, alho, azeite, berinjela, cordeiro, mel, perdiz e vinho, sem falar no espetacular queijo manchego, mencionado tantas vezes na obra clássica de Miguel de Cervantes.

O livro de J. A. Dias Lopes traz as receitas centenárias de quatro pratos da região, acompanhadas de fotografias. São estas: duelos y quebrantos, olla podrida, perdices estufadas a la toledana e cogumelos ao alho.  As receitas que ilustram o livro, foram executadas pelo chef Allan Vila Espejo.   Olé!

Caminhos de Santiago

É o segundo livro de Carlos Iglesias, médico, nutrólogo, fazendeiro e restaurateur, além de ser um apaixonado pela arte culinária.

Filho caçula do empresário galego Belarmino Fernández Iglesias, fundador do Grupo Rubaiyat (notabilizado pela excelência dos seus restaurantes), herdou do pai galego o gosto pela gastronomia, na qual especializou-se em Nova York.

Em 2007, Carlos Iglesias publicou com sucesso a obra Sabor & Saber: os Cinco Sentidos da Alimentação (Editora Singular, São Paulo/SP).

A reedição do livro Caminhos de Santiago – Pelas Trilhas de Sabor e Saber foi enriquecida esteticamente pelo talentoso designer paulistano Ken Tanaka com 208 páginas, 124 a mais do que a anterior.  É ilustrada com fotos lindíssimas e riquíssima iconografia.

Não seria preciso dizer que o background do livro mais recente de Carlos Iglesias foi uma peregrinação através dos Caminhos de Santiago, os percursos votivos que, desde o século IX, têm como destino final a cidade e município de Santiago de Compostela, no noroeste espanhol.

Os peregrinos afluem à capital da região autônoma da Galícia para venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior. Carlos Iglesias combina no texto a busca espiritual com uma imersão na cultura e na gastronomia da região. E, não por acaso, faz interessantes reflexões sobre nutrição e sustentabilidade. sabor e saber, como o amor e a poesia.

<com apoio de informações: Virou Notícia – Patrícia de Freitas>

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