da Redação DiárioZonaNorte
A partir de julho de 2025, a pista expressa da Rodovia Presidente Dutra passará a ter cobrança de pedágio nos dois sentidos, entre as cidades de Guarulhos e Arujá – região metropolitana de São Paulo.
Os veículos que trafegam pelas marginais da Rodovia (chamadas popularmente de pistas locais) não serão tarifados, porém terão a velocidade limitada em 60 KM por hora, enquanto a expressa terá os atuais limites mantidos.
Tarifa dinâmica
O Grupo CCR – que administra a rodovia, instalou 21 pórticos entre os KM 205 (Arujá) e 230 (São Paulo) que farão a cobrança pelo Sistema Free Flow. As informações de cobrança dos veículos são capturadas por meio de mil câmeras instaladas ao longo do percurso, sendo que cerca de 280 delas estarão na região de Guarulhos.
A tarifa será dinâmica, por faixa de horário e por trecho percorrido – contados da entrada até a saída da expressa. Quando a expressa apresentar mais trânsito o valor do pedágio aumenta, desencorajando os motoristas a fazerem uso da expressa e, na teoria evitando engarrafamentos.
Pagamento por trecho percorrido
Destinos diferentes terão valores diferentes, como o Shopping Internacional de Guarulhos, a Rodovia Hélio Smidt – SP 109 – que dá acesso ao Aeroporto – ou a Avenida Tiradentes – que continuam com o acesso pelas pistas locais sem cobrança alguma.
Carros de passeio pagarão uma tarifa, veículos comerciais de 2 e 3 eixos pagarão 2 tarifas, acima de 4 eixos pagarão 4 tarifas e motos pagarão meia tarifa na via expressa.
Sem cabines, com painéis
Painéis digitais informarão aos motoristas dos valores cobrados. Eles serão instalados sempre próximos as entradas da pista expressa, assim o motorista avalia se vale ou não a pena ingressar na via.
No sistema Free Flow, não existem cabines e o pagamento do pedágio é feito por meio de tags de passagem, pelo aplicativo da CCR ou pela identificação da placa do veículo – em até 30 dias.
Pedágio já estava previsto em 2022
A cobrança de pedágio na via expressa faz parte do contrato de concessão da via por 30 anos, assinado em 2022, entre o Governo Federal – na Gestão Jair Bolsonaro (PL) e quanto o atual governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas era Ministro da Infra Estrutura e o Grupo CCR – vencedor do certame e faz parte do pacote de remuneração pelos investimentos da concessionária na rodovia.
Investimentos ao longo de 30 anos
No contrato – que inclui ainda Concessão da Rio-Santos (BR 101/116/RJ/SP), nas próximas três décadas, a Concessionária CCR deve aplicar R$ 14,8 bilhões na modernização das duas rodovias, além de destinar R$ 10,8 bilhões para elevar os padrões dos serviços operacionais fornecidos aos usuários.
Estão previstas uma série de intervenções simultâneas, como a duplicação de 80 quilômetros da BR-101, entre a cidade do Rio de Janeiro e Angra dos Reis, 590 quilômetros de faixas adicionais, a transformação da região metropolitana de São Paulo, junto a Guarulhos, e uma nova Serra das Araras, beneficiando diretamente as populações de 33 municípios.
Estão previstas 128 passarelas; 144 quilômetros de vias marginais; 144 dispositivos e interseções (novos e remodelados); 535 pontos de ônibus; quatro áreas de descanso para caminhoneiros (três na Dutra e uma na Rio-Santos); e 59 corredores para passagens de animais. A projeção é que as obras ainda criem quase 220 mil vagas de emprego na região ao longo do contrato.
É a segunda vez que a CCR administra a Rodovia Presidente Dutra. O primeiro período foi de 25 anos, com início em março de de 1996.
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