O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, disse nesta 6a. feira (31/01/2025 que a pasta não foi pega de surpresa com os quase 100 mil casos prováveis de dengue registrados em São Paulo nas primeiras semanas deste ano, mas sim pelo total de mortes associadas à doença no estado – 29 já confirmadas e 138 em investigação.

“É muito para 100 mil casos prováveis”, disse Rivaldo, em conversa com jornalistas. “O aumento no número de casos prováveis de dengue não surpreende tanto porque já sabíamos da circulação, desde o final do ano passado, do sorotipo 3. O que surpreende é o elevado número de óbitos suspeitos por dengue”, completou.

O secretário destacou que mortes por dengue estão “essencialmente” associadas ao que ele chamou de organização precoce da rede assistencial de saúde. “Esse é o determinante. Claro que determinados organismos, determinadas pessoas, por terem algumas condições clínicas anteriores à dengue, quando contraem a dengue, podem apresentar quadros clínicos mais graves, seja pelo dengue 3, 2 ou 1”.

E complementou: “Mas é importante que tenhamos em mente, sobretudo, que, até que se prove o contrário, uma morte por dengue é uma morte evitável. Fica aqui o nosso apelo para que toda pessoa com suspeita clínica de dengue procure imediatamente uma unidade de saúde para ser submetida a uma avaliação clínica”.

O secretário diz que tem observado, em algumas localidades do Brasil, que as pessoas subestimam a gravidade da dengue. ‘Ah, isso é dengue, não é nada, é simplesmente dengue’. Quando essa pessoa fica muito grave, ela procura a unidade de saúde e, por vezes, o quadro clínico já é irreversível. Por isso o apelo para procurar rapidamente a unidade.”

Os cuidados com a dengue

Os cuidados com a dengue incluem a prevenção, o tratamento e a vacinação.

Prevenção

• Evitar a água parada
• Tampar lixeiras, caixas d’água, ralos e vasos sanitários
• Limpar calhas, pratos de plantas e bandejas de ar-condicionado
• Cobrir piscinas e cisternas
• Lavar vasilhas de animais com água e sabão
• Usar repelente à base de DEET, IR3535 ou icaridina
• Usar mosquiteiros e telas em portas e janelas
• Tomar a vacina Qdenga, disponível no SUS

Tratamento

• Beber bastante líquido para evitar a desidratação
• Repousar para aliviar os sintomas
• Não tomar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, como aspirina
• Procurar a unidade de saúde mais próxima se apresentar dois ou mais sintomas da dengue

Vacinação  

• A vacina Qdenga está disponível no SUS para pessoas de 4 a 60 anos de idade
• A vacina é contra-indicada para gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência ou sob algum tratamento imunossupressor

<< Com apoio de informações/fonte: Empresa Brasil de Comunicação / Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil  e Secretaria Municipal da Saúde SP>>