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Celebrando o folclore brasileiro junto com o Halloween para valorizar o Saci Pererê

Halloween Saci Pererê
Ilustração: JAL
Tempo de Leitura: 4 minutos

Com a chegada do Halloween, celebrado em 31 de outubro, uma tradição brasileira também ganha destaque na mesma data: o Dia do Saci Pererê. Em um momento em que festas e fantasias importadas ganham cada vez mais espaço, é importante refletir sobre como manter vivas nossas raízes culturais, especialmente entre os mais jovens.

Para a escritora e pedagoga Paula Furtado, a coexistência entre ambas as celebrações é possível e necessária para reforçar a identidade cultural das crianças brasileiras.

“Comemorar o Saci não significa abandonar o Halloween, mas sim encontrar um equilíbrio onde nossas tradições também brilhem. O Saci representa a astúcia e a resistência, características profundamente associadas à nossa história e à diversidade cultural do Brasil”, explica a escritora.

Halloween e Saci: uma mistura saudável de tradições

Ela acredita que não há necessidade de escolher entre um ou outro. A escritora propõe que, em meio às fantasias e brincadeiras de “doces ou travessuras”, também se criem espaços para que figuras como o Saci Pererê ganhem destaque.

Ela sugere, por exemplo, que escolas e pais contem histórias do folclore brasileiro, promovendo atividades lúdicas que misturem o aprendizado e a diversão.

Livro da autoria de Maurício de Sousa com a pedagoga com Paula Furtado (*)

A obra de Paula, Folclore Brasileiro com a Turma da Mônica, é um exemplo prático desse movimento. Além de apresentar personagens do folclore, como o Saci, a obra inclui uma variedade de atividades interativas, como trava-línguas, adivinhas e parlendas.

O livro, adotado por cinco anos consecutivos pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), tem ajudado educadores e famílias a valorizar nossa cultura de forma envolvente.

“O importante é não deixar nossas tradições desaparecerem. Histórias e personagens folclóricos nos conectam às nossas raízes e fortalecem o senso de pertencimento das crianças. Assim, ao mesmo tempo em que se divertem com fantasias e doces, elas também aprendem sobre quem são e de onde vêm”, ressalta Paula.

Halloween  Saci Pererê
Ilustração: JAL
Papel das escolas na valorização do folclore

Segundo a autora, as escolas têm um papel crucial ao incorporar o folclore em suas práticas pedagógicas. Ao expor as crianças a figuras como o Saci, Iara e Curupira, o processo de ensino ganha um novo significado, ajudando a cultivar uma consciência cidadã e o respeito pela diversidade cultural do país.

“Essas histórias mostram que nosso folclore é rico o bastante para coexistir com influências estrangeiras, como o Halloween. Ao dar visibilidade a personagens nacionais, preservamos nossa cultura e reforçamos nossa identidade”, destaca.

Além disso, a escritora sugere que o 31 de outubro pode ser uma oportunidade ideal para pais e educadores unirem o melhor dos dois mundos: uma festa divertida que celebre tanto as bruxas quanto os personagens do folclore brasileiro.

A pedagoga incentiva atividades simples e envolventes, como contar histórias do Saci, promover gincanas e até criar fantasias que representem a diversidade cultural brasileira.

Halloween  Saci Pererê
Ilustração: JAL
Um convite para celebrar as tradições

Precisamos nos lembrar de que, além de fantasmas e monstros, temos o Saci, que é travesso e carregado de significado cultural. Misturar essas tradições é uma forma leve e divertida de mostrar às crianças que ser brasileiro é algo a ser celebrado”, afirma Paula.

A autora acredita que a convivência saudável entre tradições nacionais e estrangeiras pode fortalecer o senso de comunidade e enriquecer o aprendizado das crianças.

O mais importante, segundo ela, é que os pequenos cresçam conscientes da importância de suas raízes culturais e do valor de se abrir para o novo sem perder sua essência.


Paula Furtado  == É pedagoga formada pela PUC-SP, com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arteterapia e Leitura e Escrita.

Ela tem experiência como professora e assessora pedagógica em escolas públicas e privadas.

Paula também atua com crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado e oferece cursos de formação para educadores. Além disso, ministra palestras sobre a importância de contar histórias.

Como autora, já publicou cerca de 100 livros infantojuvenis e participou da coordenação de publicações com a Girassol Brasil e Mauricio de Sousa — (*) a pedagoga chegou a colaborar ou co-asutoria em mais de 50 livros com o pai da Mônica. Ela desenvolve artigos para revistas de educação e cria jogos pedagógicos inovadores.


<<Com apoio de informações: Way Comunicações / Elenice Costola e Jal – José Alberto Lovetro >>

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