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SP completa dois anos sem casos de sarampo e Brasil fica próximo de “país livre da doença”

Tempo de Leitura: 4 minutos

 

  • Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte; e
  • O marco histórico ajuda a colocar o Brasil mais próximo de recuperar sua certificação de ‘país livre de sarampo’

São Paulo celebrou, juntamente com todo o país, a marca histórica alcançada na 4ª feira (05/06/2024): dois anos sem casos autóctones (com transmissão em território nacional) de sarampo, marcando um importante passo na luta contra essa doença altamente infecciosa.

Segundo o Ministério da Saúde, esse período sem registros locais do vírus coloca o Brasil mais próximo de recuperar sua certificação como ‘país livre de sarampo’, título conquistado em 2016 e temporariamente perdido em 2018 devido a fatores como o intenso fluxo migratório de países vizinhos e a queda nas taxas de vacinação em diversas regiões.

Em 2022, o país reportou apenas 41 casos da doença, uma queda significativa em relação aos 20.901 registros em 2019. O último caso confirmado foi registrado no Amapá, em 5 de junho de 2022, quando foram identificados 30 casos.

O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação.

Sinais e sintomas
Os principais sinais e sintomas do sarampo são:
  • Exantema (manchas vermelhas) no corpo e febre alta (acima de 38,5°) acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas:
  • Tosse seca;
  • Irritação nos olhos (conjuntivite);
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Mal-estar intenso;

Em torno de 3 a 5 dias é comum aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo restante do corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade. Neste caso, um médico ou serviço de saúde deve ser procurado imediatamente.

Formas de transmissão
A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aéreaao tossirespirrarfalar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. 

A transmissão pode ocorrer entre 6 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.

sarampo

Prevenção

sarampo é uma doença prevenível por vacinação. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta: características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.

A prevenção do sarampo está disponível em apresentações diferentes. Todas previnem o sarampo e cabe ao profissional de saúde aplicar a vacina adequada para cada pessoa, de acordo com a idade ou situação epidemiológica.

Os tipos de vacinas são:

  • Dupla viral Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
  • Tríplice viral Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
  • Tetra viral Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).
As vacinas tríplices viral e tetraviral, em geral, causam pouca reação. Os eventos adversos mais observados são febre, dor e rubor no local da administração e exantema. As reações de hipersensibilidade são raras.

sarampo

Possíveis complicações

O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida ou até mesmo causar a morte. A vacina é a maneira mais efetiva de evitar que isso aconteça.  Algumas das complicações do sarampo são:

  • Pneumonia (infecção no pulmão) – Cerca de 1 em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas;
  • Otite média aguda (infecção no ouvido) – Ocorre em cerca de 1 em 10 crianças com sarampo e pode resultar em perda auditiva permanente;
  • Encefalite aguda (inflamação no cérebro) – 1 a 4 em cada 1.000 crianças podem desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer;
  • Morte – 1 a 3 a cada 1.000 crianças doentes podem morrer em decorrência de complicações da doença.
Diagnóstico

O diagnóstico pode ser clínico (pessoas que apresentam os sinais e sintomas da doença), no entanto, o ideal é que seja laboratorial, por sorologia (amostra de sangue), e também por biologia molecular (amostras de secreção de orofaringe, nasofaringe, urina).

Tratamento

Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. Não faça uso de nenhum medicamento sem orientação médica e procure o serviço de saúde mais próximo, caso apresente os sintomas descritos acima.


<< Com apoio de informações/fonte: Comuicação do Ministério da Saúde >>