Terapêutica
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), entregou nesta 4ª feira (20/12/2023) a primeira unidade do Programa Casas Terapêuticas voltada para os públicos feminino e LGBTQIA+.
O serviço, localizado na Rua José Margarino nº 184, no bairro de Santana – Zona Norte da cidade de São Paulo, é considerado pela SEDS uma inovação no tratamento da dependência química para pessoas com longa vivência nas cenas abertas de uso e promove uma ótima interlocução entre o Plano Nacional para Pessoas em Situação de Rua e a Política Estadual sobre Drogas.
O investimento total do Governo do Estado de São Paulo no programa será de mais de R$ 2 milhões/ano.
Casas Terapêuticas
O novo programa de Casas Terapêuticas é a resposta do Governo do Estado de São Paulo para o enfrentamento da dependência química concebida sob medida para o tratamento de pessoas em situação de rua advindas de cenas abertas de uso – como a Cracolândia.
A Coordenadoria de Políticas sobre Drogas (COED), da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, estruturou o programa a partir de extensa pesquisa entre usuários.
Com base nos dados coletados, a equipe desenhou a nova metodologia, que endereça, ao mesmo tempo, dois grandes desafios: a dependência química e a situação de rua.
Nessa nova unidade, o serviço está preparado para enfrentar outras vulnerabilidades, como situações de violência, prostituição e exploração sexual. O programa visa superar estas vivências e construir um novo projeto de vida, por meio de um trabalho minucioso e individualizado.
Até dois anos de tratamento
O serviço foi estruturado em 04 fases distintas (Acolher, Despertar, Transformar, Caminhar), ofertado em um ecossistema de 03 residências denominadas casas terapêuticas. Ao todo, são 45 vagas rotativas.
Na fase inicial, os acolhidos reaprendem tarefas como tomar banho, construir uma comunicação não violenta, cuidar da casa, das roupas e objetos pessoais, aprendizagem de novas habilidades sociais, entre outras formas de autocuidado. Fazem atividades em grupo, terapia individuais, atividades socioeducativas, culturais e mentorias.
A fase intermediária trabalha as potencialidades de cada um, incentivando o retorno aos estudos e o ingresso no mercado de trabalho até a conquista da autonomia de renda e moradia. Após isso, continua sendo acompanhado por equipe técnica por, no mínimo, mais 06 meses para prevenção de recaídas. O tratamento total pode durar até dois anos.
Os encaminhamentos para a Casa Terapêutica feminina e LGBTQIA+ na capital paulista serão feitos através dos CRAS, CREAS, Centros Pop, CAPS, entre outros. O serviço é totalmente gratuito.
Essa é a quarta Casa Terapêutica entregue por esta gestão. As outras três são masculinas e funcionam nos seguintes municípios: capital, Guarulhos e Osasco.
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