CPI
da Redação DiárioZonaNorte
Da série “seria cômico se não fosse trágico” ou ainda “piada pronta”. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo registra duas quedas de energia elétrica na manhã desta 3ª feira (14/10/2023), justamente quando ocorre uma sessão da CPI da ENEL.
Em nota, a ENEL nega “que a oscilação de energia na ALESP tenha relação com a rede externa” administrada pela empresa.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instituída no mês de maio e, pretende apurar supostas irregularidades e práticas abusivas cometidas pela empresa entre os anos de 2018 até 2023.
A CPI houve nesta sessão onde aconteceram as quedas de energia elétrica, Max Xavier – presidentes da Enel São Paulo e Nicola Cotugno, – presidente da Enel Brasil.
Recentemente, São Paulo foi vítima de um apagão que durou 120 horas e deixou mais de dois milhões de pessoas na grande São Paulo sem energia elétrica.
Pessoas perderam mantimentos e dias de trabalho. Restaurantes, padarias, lanchonetes, hospitais, escolas e o comércio em geral amargam prejuízos e não sabem de quem cobrar e, se vão receber algum reembolso de suas perdas.
Ah… junto com a falta de energia, veio a falta de água, já que as bombas não funcionavam em ela. Muitos paulistanos se sentiram desrespeitados pela empresa ao serem transformados em parte da “estatística” nas muitas e muitas entrevistas e comerciais que foram veiculados para, reafirmamos, explicar o inexplicável.
A título de curiosidade, um comercial de 30 segundos (a média do mercado) nos principais telejornais que veiculam na Grande São Paul tem custos entre R$ 78.500,00 e R$ 954.700,00 por anúncio veiculado.
Se a cobrança da conta de energia ocorre na velocidade da luz, o restabelecimento da mesma foi a “passos de formiga e sem vontade” – tal qual a letra da canção de Lulu Santos.
O apagão se transformou em um jogo de empurra: o governador do Estado de São Paulo – de olho na privatização da Sabesp – culpou as árvores e de forma indireta respingou no prefeito candidato que culpou a fiação dos postes e a ENEL que, por sua vez, culpou “o clima”.
O Ministério Público do Estado de São Paulo investiga se a ENEL foi omissa no restabelecimento da energia, a Defensoria Pública de São Paulo também pede explicações e a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL cobra explicações do governador e do prefeito candidato sobre a cota de responsabilidade deles na falta de energia elétrica.
Ainda sobre o prefeito candidato, ele anunciou durante entrevistas veiculadas em telejornais, a criação de uma taxa a ser cobrada dos paulistanos para o aterramento dos fios. A gritaria foi geral e ele recuou, disse que não era bem assim e na tentativa de explicar o inexplicável, classificou a suposta taxa como “espontânea”… Seria uma espécie de “vaquinha”?
E mais, seria o prefeito candidato a versão 2023 da “Martaxa”?
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