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Reações com o fechamento da Casa de Cultura Casarão em busca de soluções

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da Redação DiárioZonaNorte (*)

  • A Cidade de São Paulo tem 20 Casas Municipais de Cultura;
  • Na região da V.Maria/V.Guilherme só a do Casarão;
  • Na Zona Norte, ainda tem a Casa de Cultura Tremembé; e
  • As da Brasilândia e Freguesia do Ó ficam na Zona Noroeste.

Por ironia, sem tempo e condições de comemorar a data dos 111 anos da Vila Guilherme, cerca de 50 pessoas estiveram nesta 3ª.feira (12/09/2023), em frente à Casa de Cultura, o conhecido Casarão, com os portôes fechados. O motivo era claro: o anúncio da Secretaria Municipal da Cultura, que determinou o fechamento temporário do equipamento por 60 ou 120 dias, pegando todos de surpresa. (Ver detalhes na matéria anterior – clique aqui )

Enquanto havia uma exibição de capoeira na Praça Oscar da Silva, em frente, a maioria do pessoal estava sentado nos degraus do Casarão, em frente aos portões. Postado em pé, senhor da Comissão Eleitoral do Conselho Gestor —  que lá foi para uma reunião dos preparativos para a eleição do próximo sábado, que está transferida para ser na rua –,  e até improvisou uma fala sobre o fechamento do local.

Nos esclarecimentos ficaram mais as dúvidas do que estava acontecendo, onde todos foram pegos de surpresa, sem comunicado oficial da Secretaria Municipal da Cultura, sem consultas e nem aviso prévio. Mas houve palavras de incentivos com reações para os protestos e a busca de todos as forma possíveis, até  de vereadores que possam ajudar no encaminhamento junto à Prefeitura de São Paulo.

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O que pode estar acontecendo

Segundo nas palavras do senhor, “o que está acontecendo é um total, completo e inequívoco desrespeito à comunidade do Casarão porque não foi falado oficialmente por ninguém, sem nenhum representante”. E afirmou que a intenção é a privatização com interesses financeiros. Citou várias situações fechadas nas áreas de saúde, cemitérios e “querem fazer privatização até embaixo de viadutos”.

Nesta questão levantada da possível privatização das Casas de Cultura da cidade, já houve em andamento de um projeto da Prefeitura, com o edital lançado em março passado. Só não foi adiante por causa de alguns itens exigidos pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), em maio, incluindo a composição do Conselho Gestor.

Os frequentadores e alguns oficineiros da Casa de Cultura mostravam-se indignados com a situação e querem soluções. Inclusive comentavam em conversas sobre a dificuldade de mobilidade para chegar nos endereços alternativos indicados nas bibliotecas, na Vila Maria e no Pari – com os possíveis espaços diferentes e pequenos que possam ser oferecidos.

No local, uma vereadora do PSOL, Jussara Basso, se prontificou em colocar o seu departamento jurídico para acompanhar o assunto. Segundo ela, acompanhando todo o processo de fechamento do equipamento cultural, com direito à Lei de Acesso à Informação (LAI) com vistorias aos laudos e documentos. Segundo ela, deve haver transparência total.

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As hipóteses de bastidores 

Uma fonte este jornal, envolvido na área cultural, informou que há muitas reclamações da vizinhança do Casarão, que chegaram na Secretaria Municipal de Cultura, focando principalmente o som alto de atividades musicais e do intenso movimento na frequência do local.

Com isto, segundo a fonte, a Secretaria Municipal de Cultura quer mudar o perfil do local para atividades mais leves, como exposições de pinturas ou fotos, lançamentos de livros, pequenos concertos, cursos artísticos e outros no gênero.

A mesma fonte informou que o prazo de fechamento também tem um efeito estratégico, dependendo do desenrolar dos acontecimentos, chegando às vésperas das festas de final de ano. Desta forma, haveria uma dispersão de comentários e tempo para uma nova programação no início do novo ano.

Enquanto isto, o local se mantém fechado e sem atividades. Aguarda-se definições oficiais da Secretaria Municipal da Saúde junto à população,  frequentadores e oficineiros.

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(*) colaboração e fotos do ativista social Beto Freire