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da Redação DiárioZonaNorte
- Cooperativismo financeiro completa 120 anos
- Para dar visibilidade ao movimento, a Sicredi realizou a 8ª Edição do Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião, em Porto Alegre
Ao longo dos dez anos de vida do DiárioZonaNorte, um de nossos propósitos é dar visibilidade a causa do cooperativismo financeiro, modelo de negócio mais antigo e ao mesmo tempo mais moderno do planeta e que, tem como objetivo, transformar o mundo em um lugar mais justo e feliz – corrigindo o social por meio do econômico. No Brasil, o cooperativismo completou 120 anos.
Cooperativismo no planeta
No mundo são mais de 393 milhões de pessoas são associadas às quase 90 mil cooperativas de crédito existentes no planeta. A média mundial de penetração do cooperativismo de crédito é de 12,69% e, na América Latina ultrapassa 16%. Os números são do relatório 2021 do Woccu (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito em português)
Força do Movimento no Brasil
No Brasil, de acordo com os dados do AnuárioCoop – Dados do Cooperativismo Brasileiro 2022, de autoria da Organização das Cooperativas Brasileiras – Sistema OCB, o número de associados às sociedades cooperativas chegou a 18,8 milhões. Os ativos delas atingem R$ 518,8 bilhões e as operações de crédito ultrapassam os R$ 258 bilhões.
Precisamos falar sobre cooperativismo
Citando o ex-Ministro da Agricultura do primeiro governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Engenheiro Agrônomo Roberto Rodrigues – um dos líderes do cooperativismo brasileiro: “somos bons em falar do cooperativismo entre nos mesmos, as temos dificuldades de falar sobre ele para quem ainda não nos conhece”.
Sim, o maior concorrente do cooperativismo financeiro não é o sistema bancário tradicional ou as várias fintechs que surgiram nos últimos anos, é a falta de informação.
Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião
Entre as diversas ações que a Sicredi – instituição financeira cooperativa, comprometida com seus mais de seis milhões de associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua – desenvolve para difundir informação de qualidade, tornar o cooperativismo conhecido e reconhecido -, está o Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião.
O DiárioZonaNorte participou da 8º edição do evento, que aconteceu nos dias 15 e 16 de dezembro de 2022 e que contou com a presença de 60 profissionais de mídia de várias regiões do país, onde a instituição financeira cooperativa atua.
Nossa participação foi motivo de orgulho, já que além de jornalistas somos associados da Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP. Com 35 anos de história, a Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP é uma das 105 cooperativas do Sicredi, mais de 203 mil associados e 96 espaços de atendimento. A área de atuação da cooperativa abrange 43 localidades no estado do Paraná e 8 cidades no estado de São Paulo, incluindo a capital paulista e cidades do grande ABCD.
Centro Administrativo Sicredi
O Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião aconteceu nas dependências do Centro Administrativo Sicredi (CAS).
Localizado em Porto Alegre (RS), o prédio onde o CAS se encontra conquistou em 2017, a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental em tradução livre) – concedida pelo United States Green Building Council, sendo o único do Brasil a atingir o nível platinum de sustentabilidade.
O Centro Administrativo Sicredi ocupa uma área de 28,6 mil metros quadrados, sendo mais de 8,7 mil deles de área verde, que privilegiam espécies nativas. Mais de três mil colaboradores do Sicredi estão alocados na sede, sendo que, em função do trabalho híbrido, cerca de 650 circulam diariamente.
Para receber a certificação, o CAS foi avaliado os seguintes aspectos: Processo Integrado, Localização e Transporte, Lotes Sustentáveis, Eficiência da Água, Energia e Atmosfera, Materiais e Recursos, Qualidade Interna dos Ambientes, Inovação e Prioridades Regionais.
120 anos do Cooperativismo de Crédito no Brasil
Durante dois dias, os profissionais tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pelo Sistema Sicredi, pela Fundação Sicredi e Cooperativismo Financeiro.
O primeiro dia do encontro foi aberto por Fernando Dallagnesi, presidente do Conselho de Administração do SicrediPar, que traçou um panorama do cooperativismo financeiro no Brasil.
Fernando Dallagnesi lembrou aos presentes que, no mês de dezembro de 2022, o Sicredi celebrou os 120 anos do cooperativismo de crédito no Brasil. A data é marcada pela constituição Caixa Rural da Linha Imperial – atual Sicredi Pioneira, na cidade de Nova Petrópolis, com influência direta do Padre Theodor Amstad e de lideranças comunitárias.
“Chegar à marca dos 120 anos de cooperativismo de crédito no Brasil nos enche de orgulho, pois mostra que estamos dando continuidade de forma consistente ao caminho que foi aberto pelo alemão Friedrich Wilhelm Raiffeisen há cerca de 150 anos do outro lado do oceano e trilhado no Brasil pelo Padre Amstad“, afirma Dallagnesi.
Presença Nacional e Atuação Local
O Diretor Presidente do Banco Cooperativo Sicredi e Confederação Sicredi, César Bochi, apresentou os números do Sistema Sicredi: São 6 milhões de associados, 35 mil colaboradores em 2,4 mil agências distribuídas em 1,6 mil cidades e mais de 100 cooperativas. Em dezembro de 2022, somava mais de R$ 250 bilhões de ativos totais e R$ 162 bilhões em carteira de crédito. A instituição disponibiliza mais de 300 produtos e serviços financeiros para associados.
“Nossos princípios e valores se baseiam na cooperação ente pessoas, com foco no desenvolvimento das regiões por meio da promoção de um ciclo virtuoso, no qual os recursos seguem circulando na área de atuação da cooperativa“, comenta César Bochi,
Segundo Bochi, em 2020, o Sicredi em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizou uma pesquisa inédita sobre os Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira.
O estudo, que avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito entre 1994 e 2017 e cruzou informações do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), chegou à conclusão que o cooperativismo incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando, portanto, o empreendedorismo local.
“Em mais de 200 municípios, somos a única instituição financeira presente. Para nós, o contato próximo com nossos associados é essencial para que conheçamos de perto as características e necessidades das pessoas, empresas e comunidade em geral. Com isso, conseguimos, além dos serviços financeiros, buscar viabilizar o apoio também por meio de programas sociais”, finaliza Bochi.
Inclusão no sistema financeiro
O encontro contou ainda com as participações por video-conferência de Manfred Dasenbrock – do presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ e Diretor do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU), de Elissa MacCarter LaBorde – CEO do WOCCU e Fabíola Motta – Gerente Geral da do Sistema OCB, que contextualizaram sobre o modelo de negócios cooperativista no mundo e em nosso país.
No Brasil, o cooperativismo de crédito é responsável pela inclusão financeira de milhares de brasileiros e lidera com 70% dos empréstimos direcionados ao microcrédito, abaixo dos R$ 5 mil. As cooperativas praticam menores tarifas e taxas de operação e cerca de 20%, se comparadas as dos bancos”
Lei Complementar 196/22
Fabíola Nader Motta abordou as atualizações das normas que regem o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), trazidas pela Lei Complementar 196/22 “uma evolução que veio para fortalecer as estruturas de gestão e governança e, ao mesmo tempo, permitir acesso para oferta de novos produtos e serviços”.
A Lei Complementar 196/22 foi construída conjuntamente com o Banco Central e com o Ministério da Economia, a proposta para atualizar o SNCC, e destacou alguns pontos da norma para os comunicadores aprofundarem os conhecimentos sob a óptica cooperativista.
“Na parte estrutural, os principais pontos são as áreas de atuação (abrangência), de ação (física) e de admissão (física + virtual). O cooperativismo de crédito está presente nos mais diversos aspectos. Trouxemos as melhores práticas do mundo como a governança dual, que conta com o Conselho de Administração e Diretoria Executiva, além da possibilidade de contratação de conselheiro independente. A possibilidade de realização de assembleias virtuais foi mais uma forma de aumentar a participação dos cooperados, inclusive em votações”, disse Fabíola
Na parte operacional, a gerente falou sobre o chamado empréstimo sindicalizado, que permite que uma ou mais cooperativas se unam para atender uma necessidade de crédito maior do cliente. Neste eixo, também está a ampliação de utilização de recursos do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates) de coops de crédito para maior participação na vida social das comunidades onde atuam.
Desafio BRC R$ 1 Tri de Prosperidade,
De acordo com Motta “temos para os próximos cinco anos o Desafio BRC R$ 1 Tri de Prosperidade, onde pretendemos gerar uma movimentação financeira anual de R$ 1 trilhão e, ao mesmo tempo, agregar 30 milhões de cooperados. As cooperativas de crédito são essenciais para o cumprimento desta meta”, considerou a gerente que, ao concluir, convidou os jornalistas a seguirem o Sistema OCB e o SomosCoop nos sites e redes sociais, bem como a assistir a websérie SomosCoop na Estrada.
Cidadania Financeira
A última participação foi de Ronaldo Vieira da Silva – chefe adjunto do Departamento de Promoção e Cidadania Financeira do Banco Central do Brasil. De acordo com ele, o cooperativismo é um instrumento de de cidadania financeira, ao promover inclusão, educação financeira, proteção ao consumidor e participação.
Fundação Sicredi
Na parta da tarde do dia 15/12, fomos recebidos no Espaço Fundação Sicredi, por Romeo Balzan – Head de Cooperativismo e Sustentabilidade/ESG, Programas de Impacto Social, de Inclusão, Educação Financeira, Diversidade e Equidade do Sicredi.
Com o objetivo de apoiar as pessoas, além da disponibilização de serviços financeiros, o Sicredi mantém ações e programas de benefício social.
Por meio do indicador Investimento Social Sicredi (ISS), foi calculado o valor total de recursos investidos em ações sociais, ambientais, culturais, educacionais e científicas no Sistema. Em 2021 foram investidos R$158,8 milhões em ações por meio do FATES, Fundo Social, doações e lei de incentivo.
A instituição realiza, por meio de suas cooperativas, programas sociais como o “Programa A União Faz a Vida”, que nos seus mais de 26 anos de existência, já impactou mais de 3,7 milhões de crianças e adolescentes em 520 municípios; o “Cooperação na Ponta do Lápis”, composto por ações planejadas para atender necessidades de jovens, crianças e adultos por meio de uma metodologia própria, o programa fornece subsídio para nortear a realização de ações de educação financeira em toda a nossa área de atuação; e o “Cooperativas Escolares”, presente em mais de 82 cidades, envolvendo mais de 4 mil estudantes, que se reúnem no contraturno escolar com finalidade educativa de realizar reuniões, oficinas e pesquisas.
Todas as cooperativas do Sicredi colaboram com o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES) por meio do depósito de 5% de seu resultado financeiro ao ano. A intenção é fortalecer os princípios do cooperativismo, com todos se apoiando.
O espaço Fundação Sicredi ocupa uma área do CAS, em Porto Alegre. Você pode conhecê-lo por meio de um tour virtual – acesse aqui.
Saiba mais
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