enchentes
da redação DiárioZonaNorte
- Estudo teve início em 2014 e percorreu as gestões Haddad, Dória, Covas e Nunes
- Na Zona Norte, bacias do Cabuçu de Baixo e Mandaqui receberão intervenção
- Além de reservatórios serão construídos parques lineares
- Inicialmente, a cidade investirá R$ 4,6 bilhões
A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), lançou em 25 de agosto de 2022, as 56 ações prioritárias do Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo. A iniciativa conta com a colaboração da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo (USP) e terá investimento estimado de R$ 4,6 bilhões.
Na marra
O anúncio aconteceu depois da Prefeitura ser alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP), julgada em abril de 2022, onde juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi da 13ª Vara de Fazenda Pública, deu 90 dias para que a Prefeitura apresentasse os projetos de enfrentamento às enchentes realizados desde 2014, data de início do processo.
Cadernos de Bacias Hidrográficas
O Plano de Ações reúne 56 obras de drenagem propostas nos Cadernos de Bacias Hidrográficas (CBH) – um instrumento de planejamento e gestão que trata exclusivamente da questão da drenagem urbana, de autoria da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH).
Os estudos foram realizados entre os anos de 2016 e 2021 (Gestões Fernando Haddad – PT, João Dória – PSDB, Bruno Covas – PSDB e Ricardo Nunes – MDB).
O investimento estimado de R$ 4,6 bilhões, já inclui desapropriações, estudos e as compensações ambientais. As análises e projetos para início das obras elencadas começam a ser desenvolvidos já em 2022. A previsão para conclusão das intervenções é 2036.
As ações prioritárias representam uma redução de 4,6 km² na mancha de alagamento da cidade e uma capacidade de reservação de mais de 4 milhões de m³ de água. Estima-se que, com as obras selecionadas, a Prefeitura implante mais 13 mil metros de novas canalizações no município.
Zona Norte
Nesta primeira etapa, na Zona Norte serão contempladas as bacias hidrográficas do Córrego Cabuçu de Baixo e do Córrego Mandaqui. Já na segunda etapa, entra a bacia do Córrego do Tremembé – cujo o estudo está em andamento.
Tanto na região da bacia do Cabuçu de Baixo, como na do Rio Mandaqui, os estudos prevêem a construção de reservatórios (piscinões) e parques lineares.
No restante da cidade, receberão intervenções as seguintes bacias hidrográficas: Água Espraiada, Jacu, Jaguaré, Morro do S, Verde-Pinheiros, Uberaba, Pirajuçara, Aricanduva, Anhangabaú, Água Preta e Sumaré. Também foram contemplados os dados presentes nos cadernos que serão publicados este ano (Sapateiro, Tiquatira, Vila Leopoldina, Cordeiro e Itaquera).
Plano de Ações
De acordo com a Prefeitura, o Plano de Ações tem um sistema de hierarquização de projetos e propostas existentes para a drenagem de águas pluviais, que permite realocar os recursos disponíveis de forma mais eficiente, funcionando como uma ferramenta para programação e elaboração de um cronograma de obras, além de fornecer suporte à decisão de priorizar determinada intervenção, e postergar a execução de outras.
A hierarquização das obras é feita aplicando-se as ferramentas de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), com base em premissas técnicas diminuindo, assim, a aplicação de critérios subjetivos.
As 56 intervenções foram selecionadas a partir da análise dos seguintes aspectos: construtivo, econômico, social, ambiental, danos evitados, repercussão da intervenção, vulnerabilidade técnica e impactos na infraestrutura urbana. É importante destacar que, durante o desenvolvimento dos trabalhos, cada aspecto técnico recebeu um peso diferente, conforme seu grau de relevância.
Meio Ambiente
Além das obras convencionais de macrodrenagem como reservatórios, alteamento de pontes, canalizações e galerias, destacam-se as intervenções focadas no meio-ambiente.
Neste aspecto, o Plano de Ações contempla revitalizações e aberturas de córregos, bacia de sedimentações, lâmina de retenção, controle de poluição difusa com fitorremediação (controle de poluição por meio de plantas), biovaletas, terraceamento, poços de infiltração e canteiros pluviais.
2036
As 56 obras que fazem parte do Plano de Ações contam com um investimento estimado de R$ 4,6 bilhões, já incluídas as desapropriações, estudos e as compensações ambientais. As análises e projetos para início das obras elencadas começam a ser desenvolvidos já em 2022. A previsão para conclusão das intervenções é 2036.
As ações prioritárias representam uma redução de 4,6 km² na mancha de alagamento da cidade e uma capacidade de reservação de mais de 4 milhões de m³ de água. Estima-se que, com as obras selecionadas, a Prefeitura implante mais 13 mil metros de novas canalizações no município.
<com apoio de informações: Secom/Prefeitura de São Paulo>
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