ancestrais
da Redação DiárioZonaNorte
- FamilySearch é o maior acervo histórico-genealógico do mundo
- Pela primeira vez na Bienal, o FamilySearch oferece palestras sobre ancestralidade, genealogia, processos de cidadania portuguesa e italiana
- Milhões de pessoas usam os registros, recursos e serviços gratuitos do FamilySearch para saber mais sobre sua história familiar.
- São mais de 15 bilhões de nomes e imagens pesquisáveis em registros históricos
- Com acesso totalmente gratuito, o FamilySearch é uma organização sem fins lucrativos e mantida por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Qual a sua origem? Quem são seus antepassados? Mesmo desconhecido, de que forma o seu passado influenciou no seu futuro? Tenho direito a requerer cidadania portuguesa ou italiana? Onde começar a busca por respostas a perguntas que você nem sabia que tinha?
Todos estes dilemas apontam para o FamilySearch – o maior acervo histórico-genealógico do mundo – que pela primeira vez participa da Bienal Internacional do Livro com um estande de mais de 180 m².
Antes de contar o porquê do FamilySearch ter se tornado a maior sensação do evento, vamos falar sobre a organização que é autoridade mundial em genealogia e presta um serviço inestimável na preservação de documentos, oferecendo acesso totalmente gratuito ao seu acervo.
127 anos de trabalho ininterrupto
Durante a Bienal do Livro, a equipe do DiárioZonaNorte conversou com Mário Silva – gerente de Relações Institucionais do FamilySearch desde 2006, tendo sido responsável pelas regiões do Caribe, Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. Com a expansão do FamilySearch no Brasil, Silva passou a se dedicar exclusivamente ao nosso país.
Fundada em 1894, como Sociedade Genealógica de Utah, o FamilySearch é uma organização global sem fim lucrativos, que mantém um acervo com mais mais de 4 bilhões de imagens digitalizadas, dirigida por voluntários e custeada integralmente pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
“Na doutrina mórmon, as relações familiares são eternas. Acreditamos que, no momento da ressurreição, todos nos reencontraremos com nossos antepassados. Então incentivamos as pessoas a saberem quem elas foram”, diz Mario Silva
Nestes 127 anos de trabalho, a serem completados novembro de 2022, o que era uma modesta coleção de 300 livros ganhou relevância, quando em 1938, a organização iniciou o processo de microfilmagem de registros — de nascimentos, casamentos, óbitos, sucessões, imigração, etc.
Em 24/maio/1999, a organização lançou seu site — https://www.familysearch.org, que em 2021 contabilizou mais de 200 milhões de visitas ao mês. Paulatinamente, o trabalho atingiu escala global e hoje, milhões de pessoas usam os recursos e serviços do FamilySearch para resgatar sua história familiar.
No ano de 2021, o FamilySearch concluiu o trabalho de digitalização de 2,4 milhões de rolos de microfilmes com bilhões de informações e documentos de pessoas de todo o mundo, tornando-os disponíveis para qualquer um tenha acesso a um computador ou smartphone.
Ação no Brasil
A parceria entre o FamilySearch e os órgãos públicos se dá da seguinte forma: a organização disponibiliza os recursos materiais e tecnológicos para a digitalização dos arquivos em posse destes órgãos em troca de abastecer a base de dados da FamilySearch, fornecendo ao final do trabalho um ou mais hds com todo o material digitalizado e garantindo o fornecimento de um novo backup – caso o primeiro tenha sido extraviado. Desta forma, realiza com excelência o trabalho que o poder público não teria “pernas” para realizar.
Sobre o resgate de informações digitalizadas, exemplifica Mário Silva: “havíamos microfilmado livros de um cartório de São Luís do Paraitinga, que se perderam na enchente de 2010. Recuperamos os registros em Salt Lake City e os devolvemos para o cartório.”
O primeiro acordo realizado no Brasil, foi com o Arquivo Eclesiático da Diocese de São Paulo, onde registros de batismo, casamento e óbito criados por várias paróquias e dioceses católicas do estado de São Paulo – emitidos no período de 1640 a 2012, foram catalogados.
Em 2016, o FamilySearch firmou um convênio com o Arquivo Público do Estado de São Paulo, localizado no bairro de Santana – Zona Norte da cidade de São Paulo. Com o custo de 20 milhões de reais, integralmente custeado pela organização, quarenta e dois técnicos foram contratados para limpar, digitalizar e indexar 199.664 livros de cartórios de dezenas de cidades paulistas.
O mesmo trabalho ocorre com o Arquivo Público Nacional – no Rio de Janeiro – com a digitalização de 5,1 milhões de documentos do acervo emitidos entre 1823 e 1980, que devem gerar aproximadamente 130 milhões de imagens digitalizadas.
Primeira biblioteca afiliada ao FamilySearch no Brasil
Bienal Internacional do Livro
A estreia do FamilySearch na Bienal foi em grande estilo. Com um conteúdo rico, dividido em 54 palestras (6 ao dia) – sobre processos de cidadania italiana e portuguesa, história migratória portuguesa, acesso a acervos lusitanos e a origem dos sobrenomes.
Os visitantes são ajudados pelos consultores do FamilySearch a criarem uma conta gratuita, terem acesso a documentos e arquivos históricos, por meio dos computadores e impressoras disponíveis para pesquisa de documentos, montagem e impressão de árvores genealógica, inclusive na versão artística – tudo gratuitamente.
Para as crianças, foi criado um espaço lúdico, sob uma árvore colorida, onde elas podem desenhar e colorir, com monitores para que os papais possam usufruir das demais experiências do estande, sem preocupação. Outro destaque é a participação da Vovó Lela – que fará apresentações, contando histórias de seus ancestrais e, desta forma, mostrar para as crianças o valor do conhecimento da história da família.
Serviço:
- Site de origem do sobrenome: clique aqui
- Site de busca por nome de antepassado: clique aqui
- Facebook: clique aqui.
- Instagram: clique aqui
Portifolio/Álbum — alguns momentos durante a Bienal do Livro – clique na imagem para expandí-la:
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