Mandaqui
da Redação do DiárioZonaNorte
- De maneira direta e eficiente, a Sabesp já colocou sua equipe no local
- A Prefeitura de São Paulo colocará nos próximos dias os serviços no local
- Na conclusão das obras da Prefeitura, a previsão é de maior tempo para o término
<< Exclusivo >> === O problema já persistia por um longo tempo. A Rua Maria José Pomar, no Lauzane Paulista/Mandaqui (Zona Norte) convivia com um solapamento que previa um grande desastre. O solo estava sendo rebaixado, mostrando de 25 a 30 centímetros fora do nível da calçada.
O DiárioZonaNorte recebeu as reclamações e o pedido de ajuda para o problema. A reportagem esteve no local para verificar “in loco”, com depoimentos, e o registro em fotos. No dia 22/03/2022, a reportagem foi editada e colocada no ar — veja os detalhes no link – clique aqui.
A obra já teve início
E surpreendentemente, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tomou conhecimento da reportagem e do pedido do DiárioZonaNorte e, de imediato, escalou a equipe nesta 4ª feira (23/03/2022), por volta das 9 horas da manhã. E sem mais e nem menos, deu início à obra. Uma escavadeira começou a rasgar o solo e os funcionários da empresa complementavam os serviços.
A Sabesp informou na manhã desta 5ª feira (24/03/2022), através de Unidade de Gerenciamento Regional (UGR) da Zona Norte/Santana: “Realizamos a reconstrução do poço de visitas. A recomposição do asfalto será ainda hoje. Estamos concluindo o recapeamento asfáltico“. Já às 19h02, a Assessoria de Imprensa enviou a confirmação: ” A Sabesp informa que foi realizada a reconstrução do poço de visitas na 4ª feira e a recomposição do asfalto foi executada nesta 5ª feira, solucionando o problema”.
Deixado de lado o empurra-empurra, que poderia ficar esquecido na burocracia de gavetas por muito tempo, a Sabesp cumpriu com rapidez e eficiência. E ficou no ar o lado da Subprefeitura Santana/Tucuruvi/Mandaqui, que também recebeu e-mail do DiárioZonaNorte solicitando explicações e a previsão do conserto das infiltrações pluviais — que até o fechamento desta reportagem, na 5ª feira à noite (24/03/2022), não retornou ao local, nem deu início nos serviços e uma tampa continua mostrando o afundamento do solo.
Nesta mesma 4ª feira (23/03/2022), a redação do jornal recebeu o e-mail da Secretaria Municipal das Subprefeituras e da Secretaria Especial de Comunicação-Secom/PMSP, que também traz a solução para o problema: ” A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Santana/Tucuruvi/Mandaqui, informa que a SABESP já foi acionada para realizar os devidos reparos na Rua Maria José Pomar. Sobre o poço de visita da galeria de águas pluviais, o conserto será providenciado para os próximos dias”.
No mesmo texto do e-mail, uma informação complementar: “Informamos que para esses tipos de serviços serão utilizadas máquinas de grande porte para realizar escavações profundas, o que demanda um prazo maior para conclusão dos reparos”. Com isto, os moradores farão o acompanhamento diário e informará os resultados e andamento da obras para o DiárioZonaNorte, que fará os registros necessários.
Os antecedentes
Os moradores estavam preocupados e várias ações foram realizadas junto ao SP-156 da Prefeitura de São Paulo (PMSP) e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) — até junto à Ouvidoria da empresa. Depois de uma inércia nas providências, as equipes da da PMSP e da Sabesp foram ao local.
A partir daí, começou outro capítulo da mininovela do “buraco”: o jogo de empurra-empurra entre os técnicos. O serviço da Sabesp somente seria realizado se a Prefeitura de São Paulo providenciasse os acertos técnicos das infiltrações de água pluvial. A Sabesp alegava que as águas de chuva estavam corroendo e aprofundando a erosão no solo.
Depois da vistoria do local, os técnicos da Sabesp classificaram a situação como preocupante e grave. E fizeram as marcações no solo com letras azuis. Segundo relatado, os técnicos detectaram que existem ao longo da rua va?rios pontos de infiltrac?a?o pluvial.
Por outro lado, os técnicos da Subprefeitura Santana/Tucuruvi/Mandaqui, que estiveram no local, não admitiam os acertos das infiltrações pluviais como sendo de sua responsabilidade. E, no empurra-empurra, transferiam o problema para a Sabesp.
O local do serviço
A Rua Maria José Pomar, junto à Av. do Guacá, não tem saída — somente uma pequena e bem estreita travessa é uma alternativa de emergência. O início da rua é um ponto alto, íngreme, onde os carros tem dificuldades para subir. O local da obra é logo em seguida à descida.
A população do local gira em torno de 1.400 pessoas, somando as 40 casas e sobrados, os dois condomínio residenciais e, no final da rua, as três torres de prédios com 18 andares cada, nos quatro apartamentos por piso. Com isto, o movimento de carros é bem grande, nos períodos da manhã e tarde, com saída para o trabalho ou com os alunos de escolas vizinhas.